sai da frente!

*

Todo ano é a mesma lenga-lenga: desânimo, desânimo, desânimo monstro. Me arrasto pelo mês de dezembro, procrastinando o máximo que puder, me recusando a enfrentar o desafio de frente. Detesto fazer compras de Natal e me embrenhar em todos os preparativos pro Natal e Ano Novo. Considero essa minha reação apática à um período completamente histérico e delirante, uma evidência de que o espírito de porco natalino existe e é dotado de fortes poderes.
Mas dois mil e cinco vai entrar pra história da minha vida como o ano em que eu passei uma rasteira nessa entidade que toma conta de mim no último mês do ano. Vejam se não é extraordinário, já encerrei minhas compras de Natal! Enfrentei as lojas cheias de crianças chorando e dando escândalo – sem brincadeira, no dia que eu saí às compras, parecia que estava acontecendo uma invasão de seres chorões e birrões em todas as lojas que adentrei. Aturei as musiquinhas deprimentes que tocavam dentro e fora das lojas. Superei a angustia de pensar e repensar no presente perfeito para cada um, que vai ter mais probabilidades de agradar do que de acabar na seção de trocas no dia vinte e seis de dezembro. Lord have mercy! Nessas horas eu realmente invejo uma pessoa que eu conheço que se diz pagã e que não celebra o Natal.

  • Share on:
Previous
eu também leio…
Next
um déjà vu musical
  • Menina, que coisa mais engracada. Eu sou a pessoa mais anti-natal que pode existir, e nao porque seja pagã, mas nao creio no espirito natalino. Esse ano, como por milagre, comprei VINTE cartoes de “Boas festas e feliz ano novo”, que ainda nao consegui dizer feliz natal, e vou mandar todos. Depois de uns cinco anos, vou passar natal em casa e to levando presente pra TODO MUNDO! Eu to pasma comigo mesma. Sera que tem um anjinho por ai convertendo a nos todas? Ai, ai, ai…

  • Oi Fer!
    Menina, eu sou assim tbém. Eu já tô amaldiçoando cada compromisso meu, mas infelizmente acho que vou adentrar dezembro, janeiro , trabalhando. Pelo menos a facul vou ter um descanso!
    Mas trabalho, nunca!

Deixe uma resposta para claudio boczonCancelar resposta

o passado não condena