o fabuloso e heróico resgate dos pés de pêssego

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Chorar pelo gato, cachorro, cavalo, elefante, macaco, passarinho, foca, tartaruga, é coisa normalíssima pra mim. Não posso nem ver show de culinária onde os cozinheiros degolam o peixe ou cozinham o crustáceo vivo. É um mar de lagrimotas. Mas chorar por causa de uma planta ainda era coisa que eu não tinha experienciado. Foi um choque emocional que me partiu o coração ficar sabendo que os dois pessegueiros estavam morrendo, enfiados cada um num tambor de plástico, sem água e sem o menor cuidado, no estacionamento poeirento do Western Center. Eles tinham servido para um propósito de pesquisa e desde então estavam lá ao deus dará, resistindo e insistindo em continuarem verdes e vivos.
Ontem os pessegueiros foram bravamente resgatados, pra minha alegria e alivio. Joguei tanta água neles, que quase afoguei os pobres pés de prantas. Eles agora vão poder verdejar, florir e frutificar a vontade, um em cada canto do meu quintal.

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