Eu não me importo de acordar cedo no final de semana. O dia fica mais longo, dá pra fazer mais coisas. Saio da cama e vou ao banheiro acmpanhada de dois gatos, um ronronando exageradamente e o outro fazendo estripulias, dando pinotes e botes. Preparo meu café com leite, croissant com geléia, dou comida para os esfomeados. Abro o mailbox e tem mensagem do Moa. Ôba! Abro as janelas e sinto o ar gelado entrando, uma coisa refrigerante. Enquanto tomo o meu café ouço e vejo, entre os ramos das roseiras, o movimento na minha rua. O vizinho saindo com as crianças, uma chora, ele diz chega, vamos nos atrasar. O movimento é de gente indo e vindo do Arboretum. Pessoas caminhando, com cachorros, com fones de ouvido, ouço os passinhos. Também bicicletas, lá no fundo passa o trem de passageiros indo para San Francisco. Minha rua é fechada, num círculo, não é uma rua comum, nem movimentada. Mas eu gosto de olhar o que acontece lá fora, de sentir o ar gelado da manhã, apartar o Roux perseguindo o Misty, ler mensagens de gente querida no meu inbox, pensar e planejar o meu dia, que mal começou, mas com certeza vai ser bem animado e ocupado.