um dia como outro qualquer

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Mais uma vez eu vou dizer que não tenho nada a dizer. Passo meu dia olhando códigos na tela gigante de um Mac cheio de post-it colados, e quando viro a cabeça para o lado vejo bicicletas, bicicletas e mais bicicletas. Alunos apressados perdendo hora pra aula, mudando de sala, de prédio. Quando acordo ainda está escuro. Isso tem me dado um desânimo. Correm os gatos na minha frente, um vai checar a comida, o outro pára no tapetinho vermelho e dá um bote – de leve – na minha perna. Eu rio. Já estou bebendo algumas xícaras de chá durante o dia, alternando com a água. Já preciso de sueters, um casaquinho outonal. À tarde alguém sempre diz – It’s really nice out there! Leio livros, folheio revistas, cozinho e escrevo, ou só escrevo, ouço jazz antigo, vejo filmes na tevê. Hoje vou ao cinema.

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oi!
  • É, Fer, a vida é um negócio que às vezes desanima, e nem precisa de nenhuma tragédia pra tanto. Mas às vezes não desanima e daí é bacana, certo? Mal vejo a hora de liberar minha bike na alfândega de Santos pra dar uns rolês por São Paulo. Beijos PS Putz… aqui as estacoes passam e a gente nem nota muito… Sentirei falta do outono novaiorquino cheio de folhas coloridas e românticas.

  • fer, receba um beijo meu, querida, que esses dias de tragédia não tão mesmo fáceis. perdi uma colega de trabalho no vôo da gol, estamos todos ainda meio passados.
    em compensação, resgatei uma receita que publiquei pra você no meu blog em fevereiro de 2001, acredita? mousse de chocolate (deliciosa, modestamente :D). publiquei de novo e tive muita saudade de você.
    beijão!

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o passado não condena