e tem também os patos

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Esquilinhos saltitantes, patinhos quaqualantes na linda cidade de Davis. Os esquilos eu já disse—são uma praguinha, apesar de bonitinhos. Todo santo dia eu quase atropelo um com a minha bicicleta. Ou ele quase me faz ter um acidente. Outro dia ficamos, eu e o esquilo, naquele impasse, vai não vai, pra onde mesmo, páro ou viro, sigo ou retorno? Até que eu pedalei em frente e fiz o xingamento oficial: praga dresgranhenta!
Os patos também são dignos de nota. Já sairam até no jornal O Globo! Eles residem na cidade onde os carros param para eles atravessarem a rua. Mas pérai, o que os patos estão fazendo atravessando a rua? Pois é, vejam se não é uma praga. Eles pertecem ao Arboretum da UC Davis, onde eles têm riachinho, comidinha, morrinhos, arbustos a vontade. Mas eles estão felizes lá? Claro que não. Uns patos rebeldes resolveram explorar outros territórios, então eles andam pela cidade, atravessam a rua, a avenida, vêem dormir na grama do meu jardim, fazer seus totôs e infernizar a vida da gente com seus quacks. Vejam bem, esses patos são mimados, eles são metidos, eles quackam pra você, de maneira agressiva quando você passa por eles. Se bobear eles te bicam. Mas o pior é o caos que eles causam no tránsito da cidade. Toda hora tem lá um micro engarrafamento, porque um casal de patolinos resolveu atravessar a rua da maneira mais tranquila, e às vezes indecisa, do mundo. Todo dia eu vivêncio ou observo uma cena dessas, que é uma fonte de angustia para os motoristas, que precisam tomar o máximo de cuidado para não acabar fazendo um splosh-splash numa dessas criaturas.
Não é realmente bucólico?

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o passado não condena