pra ler com todas as letras

*

Desde os tempos em que eu escrevia em lista de discussão que eu percebo esse exasperante fenômeno—cada um que lê um texto faz uma interpretação diferente, infere, concluí baseado na sua visão de mundo particular e experiência própria. A leitura é sempre parcial e altera o significado original. Pra quem escreve isso é uma faca de dois legumes e uma fonte constante de irritação e de mal entendidos tendo que ser contínuamente re-explicados. Pior do que essa mutação pública do seu pensamento é a fragmentação do tal, feita por pessoas que nem se dão ao trabalho de ler o texto inteiro com atenção. Leitura dinâmica sempre dá xabú e ocorre no sujeito fazendo uma pergunta cuja resposta está completamente óbvia e evidentemente escancarada nas linhas do texto.

  • Share on:
Previous
let yourself go — relax!
Next
uma rosa amarela
  • Fer, e como não ser? A doação da palavra é exclusivamente sua, o momento de reflexão é exclusivamente meu. E sempre será a minha experiência que coordenará o meu ponto de vista.Caso contrário nós seríamos a repetição perfeita de “Deus”. Expor, se expor, sempre foi complicado. Ser gentil no dizer só pra agradar, bhá é triste. Nada de re-explicar, a minha expressão só refletiu o meu sentimento naquele momento. Não somos amigas de infância, porém identifico na sua expressão um espaço para as minhas viagens, seja lá na maionese ou na batatinha. Nunca será uma critica a pessoa Fer, mas uma forma de colocar pra fora tristezas, pensamentos, emoções, tudo isso, engatilhado nas tuas palavras. Como se você abrisse uma caixinha e lá temos espaço pra falar nossas bobagens. Só isso!

Deixe uma resposta para SandraCancelar resposta

o passado não condena