trinta e cinco minutos

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Não acontece nada por aqui que possa ser liberado para a apreciação do respeitável público. A vida vai a contento, comendo-se, bebendo-se, socializando-se, abraçando-se, despedindo-se, comprando-se, dirigindo-se, chorando-se, rindo-se, banhando-se, brincando-se, amando-se, dormindo-se.
Como o papo enche liguiça oficial é sempre aquele do clima, vou dizer que esfriou um pouquinho, mas o suficiente para se ver muitos casaquinhos e moletons passeando pela cidade. Eu, como sempre, já me empolguei em agasalhar o pescoço.
É a monotonia da rotina: quando chega as quatro e doze, eu já estou contando os minutos, não quero começar nada, não quero terminar nada, estou pronta. Quero ir!

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o passado não condena