cottage circle

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“Our house, is a very, very, very fine house
with two cats in the yard”
   Graham Nash
Minha casa é o melhor lugar do mundo. Tenho sempre uma leve sensação de melancolia quando saio dela, pra trabalhar, pra passear ou pra viajar. Gosto de chegar em casa, de permanecer ali. Quando chego do trabalho—a melhor hora do dia. Quando chego de viagens, ou do supermercado e compras e começo a arrumar tudo no lugar. Gosto de ficar no quintal ou na cadeira de balanço do meu quarto, ou na poltrona cor de chocolate que fica num canto sossegado da sala. Gosto da cozinha, onde passo a maior parte do tempo. Adoro a minha cama, onde deito encostada em montes de almofadas e vejo e revejo meus filmes favoritos e leio meus livros, que me enchem de idéias e ajudam a alimentar meu estômago e minha alma. Numa viagem, saindo de casa de madrugada, olhei para a casa enquanto o carro se afastava e pensei que ali era o meu lugar no mundo, do qual eu iria sentir falta. Naquela hora a luz da lua colocou a casa numa moldura de tranquilidade que eu sei que não poderei encontrar em nenhum outro lugar. Minha casa não é só paredes, teto, portas, janelas e todas as coisas materiais que ela hospeda. Minha casa é minha segurança, meu chão, minha serenidade. Hoje vi meu vizinho, que é um professor super ocupado que vive ausente viajando pelo mundo, fazendo coisas na garagem enquanto eu pedalava de volta para o trabalho. Invejei poder ficar também, gastando a tarde pra fazer coisas, pra casa, na casa, em casa.

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  • Fer,
    também uma relação parecida com minha casa. Estou em São Paulo há quase um ano, moro de aluguel e estou nesse nvoo apartamento há menos de 2 meses. Minha casa então continuo sendo meu apartamento em Goiânia, onde vivi 7 anos seguidos, desde que o comprei. Tudo nele tem a minha cara, meus livros, meus filmes, meus cds, meus quadros, meus souvenirs de viagem, meus copos, pratos e panelas… Tenho voltado a Goiânia todos meses desde que estou aqui e é uma felicidade quando abro a porta do meu apê. Aos poucos, estou trazendo as coisas para cá. Enquanto isso, lá segue sendo minha referência de lar.
    Abração

  • Oi.Fer é a 1º vez que venho a este blog,pois ao chucrute sou seguidora assidua.
    Vivo no interior de portugal á 9 anos passo a vida a reclamar que queria ir para a minha cidade a capital, mas quando saio, sinto sempre uma vontade enorme de voltar para a minha casa.O ser humano é horrivel,como diz a letra de AntoniVariações um cantor português que j´não está entre nós “ESTOU BEM ONDE NÂO EsTOU E SÒ QUERO IR PARA ONDE NÂO VOU”.
    Beijos grandes

  • Eu tambem troco qualquer coisa para ficar na minha casa. Amo, amo, amo e a chegar em casa do trabalho tambem e uma das minhas horas preferidas (acordar e tomar o cafe-da-manha e a preferida). So sei que nao e minha casa definitiva porque eu quero morar numa casa com grama de novo. para quem foi criada solta, com rede pendurada em arvores frutiferas, cachorros e gatos em profusao, um apartamento sem nem mesmo uma varanda, por mais ensolarado que seja, não supre as necessidades de ar livre. Um dia eu sei que vou voltar a ter uma grama para chamar de minha! Eu tenho nostalgia da grama! =) Um beijo

  • nossa Fer… fiquei até emocionada… eu também me sinto tããão bem em casa… Como é bom ter o nosso cantinho,né?
    um abraço bem brasileiro pra vc…

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