quem viver, verá

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Passei muitos anos rindo zombeteiramente do desfile de adornos cafonérrimos que as festividades geravam no vestuário da mulherada por essas bandas do norte. Pra mim, a visão de alguém usando brincos em formato de pacotinhos de presente com laçarotes e um broche de árvore de Natal combinando, era um sinal claro para eu me afastar correndo. Nunca me imaginei amiga de uma criatura ostentando brincos em formato de abóbora ou um broche de boneco de neve. Mas os anos passam, a idade mais avançada aplaca nossas agitações e revoltas, traz uma maior capacidade de ponderação e de compreensão. Ou seria o caso de estar apenas se dobrando aos critérios do ordinário e se juntando ao grupo preponderante?
Pois eu me vi na festa de Natal do meu trabalho—evento que eu costumava detestar, não só me divertindo, repetindo meu prato de antepastos três vezes, fotografando a árvore decorada com ornamentos artesanais, babando de tanto rir das brincadeiras da troca de elefantes brancos, adorando o presente que escolhi e rezando para que ninguém roubasse ele de mim, mas também toda pimpona, ostentando na lapela do meu casaquinho de veludo um BROCHE em formato de um FLOCO DE NEVE!
O que mais posso dizer? Jingle-them-bells!

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o passado não condena