passa mês, passa manada

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É claro que a moça da ótica lembrou de mim. Quem mais aparece lá vestida num mega colete de fake fur de lobo das montanhas? Sentada no banquinho embaixo de uma árvore vejo o esquilo comendo flores pendurado na pontinha de um galho bem finiho lá no alto—prevendo um tombo. Bebo suco verde feito com folhas de beterraba influenciada pela minha mãe. No restaurante indiano vazio em Woodland pedi um monte de comida sem nem saber o que era o que. E estava acordada. Vi que o cozinheiro no restaurante indiano vazio fritando as somosas estava usando um toque, aquele chapelão branco de chef frances. E eu estava mesmo acordada. Nervoso imenso de gente que acredita em tudo que lê/vê na internet e divulga lendas urbanas como verdade. Vamos pintar a casa. E consertar uma goteira no telhado. Qualquer coisinha que precise de conserto numa casa velha vai custar no mínimo mil patacas americanas. Sinto que deveria ter plantado uma árvore de dinheiro no quintal, ao invés daquele limoeiro.
make it snappy, would you?

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o passado não condena