call letter blues
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Primeiro dia de volta ao trabalho, fiquei ouvindo rádio–notícias e música. Usando agora o meu Bose Zen, porque minha meta para este ano é ficar ZEN. Todas as conversas ficam abafadas. Queria mesmo não ouvir nada, mas. Tudo bem.
E hoje foi o último “bom dia” do ano que dei pro grosso que ainda recebeu um “feliz ano novo” de extra e retribuiu com um grunido. Não estou mais pra essa gente. Ponto final.
Se eu dizer que é janeiro de 2017 e estou ouvindo Dylan, capaz de ninguém acreditar. Estou ouvindo Dylan desde a década de 70. Acho que até lembro a primeira vez que ouvi Dylan, era Lay Lady Lay.
Tenho cinco minutos e queria dizer que meu dia foi calmo, choveu muito, não caminhei e até passei frio. Estou vestindo minha blusona listrada favorita e um lenço de flores que comprei numa thrift store [se morasse no BR iria ter que dizer “brechó”]. Estou de calça skinny e botas de cano alto, porque está chovendo. Esse é o uniforme dos dias chuvosos, todo mundo veste calça com bota. Detesto ser como todo mundo, mas hoje estou. Com exceção do lenço, que ninguém, ninguém, ninguém consegue me imitar.
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