Carlos, vem comigo

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Carlos, vem comigo. Sente o calor desse sol. Não está surreal? Vê que lindas essas flores. Elas estão resistindo.

Carlos, vem comigo! Olha essa casa linda, com a grama e a cerquinha. Ali mora um gato. E naquela ali tem uma cachorra muito mansinha. Eu sou a caminhante amiga de todos os gatos e cachorros da vizinhança.

Carlos, olha que bonito que está o céu. Aqui é sempre azul, o verão todo.
Carlos, vem comigo e olha essa casa com as roseiras. E o gazebo. Você está sentindo o calor vindo do chão? Carlos, aqui é onde eu moro, a minha vizinhança cheia de casas antigas, vem comigo que vou te mostrar.

Carlos, vem comigo ver a casa azul com o cachorro branco. Ele sempre late quando eu passo, que bobo! E olha as sycamores, os maples e os carvalhos. Essas árvores são centenários. Você está sentindo a brisa? Ela ajuda bastante nesse calor. Carlos, olha quantos gatos, nessa casa são sete e às vezes nove!

Carlos, vem comigo! Mergulha no azul, olha o céu e a água. Carlos olha o prateado das bolhas, e o dourado dos reflexos. Carlos olha como é bonito todo esse azul. E a água fria refrescando o corpo, sente Carlos. Sente também as ondas massageando as pernas e os braços. Vem, Carlos, desliza comigo, nessa luz da manhã, tudo azul, em cima e em baixo.

Carlos, sente comigo, vê o que eu vejo, anda comigo, nada comigo, vem comigo passar esses últimos dias nessa vida, pois um lugar muito mais bonito e perfeito te aguarda. E quero te mostrar só dessa vez como vivemos por aqui.

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