beatniks

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A Reidun, sogra do Gabriel, deixou um recado outro dia na secretária, que eu ouvi na correria entre uma atividade e outra com as meninas e realmente não entendi o que ela queria. Ouvi as palavras revista do Triple A, evento em Davis e Uriel….. Pensei, depois eu reescuto a mensagem. Como ela me liga do celular, os recados soam sempre abafados. O sotaquezão norueguês dela e a péssima qualidade da minha secretária eletrônica adicionam mais dificuldades. Decidi não reouvir nada e folhear a revista Via, que os membros do Triple A recebem de graça.
Lá nas últimas páginas da revista vi o que ela quis nos avisar: saímos numa foto tirada durante o vernissage da Beat Generation Conference que teve em Davis no ano passado e que vai ter de novo este ano! Estamos de pé, atrás do pessoal sentado no chão, olhando o artista beat todo de branco e cabelos longos pintar dois quadros ao mesmo tempo. Página 82, na seção Events da edição de novembro/dezembro da Via Magazine com o Presidio de San Francisco na capa. O Uriel de braços cruzados, eu ao lado de rabo de cavalo, a Marianne atrás de mim e a Reidun, mãe dela, atrás do Uriel. Tive a maior surpresa quando nos vi na foto. Ainda bem que não saí muito corcunda…….!

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halloween, já?

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Deixei minhas queridas no aeroporto na hora do almoço e rolei algumas lágrimas enquando dirigia de volta pra casa. Algumas despedidas são mais fáceis que outras. Almoçei sushi, dei uma geral na bagunça e no final da tarde resolvi dar uma passadinha na maravilhosa lojinha de lãs e linhas que tem aqui em downtown. Eu comprei alguns novelos de linha na Bélgica e dois deles, em tons de rosa e com uma textura super interessantes, não estão dando pra nada. Tudo o que eu faço com eles, eu não gosto e desmancho. Resolvi então comprar uma outra linha pra misturar com elas, dessas diferentonas, coloridas, salpicadinhas. Aproveitei e levei novelos e agulhas, pois queria que alguém lá me ensinasse um ponto que vi numa echarpe e queria aprender a fazer [e que aprendi, chama-se the drop stitch].
Downtown estava tomada por crianças de todas as idades fantasiadas e os adultos que as acompanhavam, fazendo trick or treat nas lojas. Essa é uma tradição da cidade que foi adiantada para a sexta-feira por causa do Halloween cair num domingo, quando uma parte do comércio estará fechado. Eu não me lembro de já ter visto uma quantidade tão grande de crianças como desta vez. Deve ter sido o horário, no finalzinho da tarde, quando muitos pais já tinham retornado do trabalho. Era uma verdadeira multidão de pequeninos! Fui caminhando pelas beiradas da calçada e tentando não atropelar ninguém. Toda vez que eu vejo essas crianças no Halloween, me dá um ataque de sorrisos! Eu acho tudo uma fofura, mas fico imaginando o estado de excitação que todas vão ficar depois de ingerir todo aquele açúcar!
Foi uma pena que a Ju e a Paula foram embora, pois tenho certeza que elas iriam curtir esse trick or treat em downtown e relembrar os Halloweens passados aqui na América! Elas me falaram que em Londres não tem nada disso de sair fantasiado nas ruas pedindo doces…. fiquei um tanto surpresa com essa informação, pois eu achava que o Halloween acontecia na Inglaterra, igual acontece aqui.

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azeda

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Mau humor, mau humor, mau humor!
Esse azedume matinal me cansa.. Mas dá pra tentar amenizar esse problema vivendo com alguém que chega às 4am do escritório, abre e fecha a porta da garagem e te acorda com esse barulhão e ainda acende a luz, deita te descobrindo e hoje pela manhã acorda todo pirilampo e vem dizer ‘bom dia’ e perguntar ‘vai nadar hoje?’ bem naquela horinha pós café com leite, quando o cérebro ainda está desligado, tudo pegando no tranco, um gosto ruim na boca?
Depois eu é que sou chata, mal humorada e intratável!

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no pumpkin patch

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[uma coelhinha no pumpkin patch!]

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[as bóbras]

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[as nossas bóbras]

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[tudo tem um preço

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[abóboras, beiges e verdes]

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outro dia cheio

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Ficamos exaustas ontem de tanto caminhar e comer! À noite tomamos uma sopa de ervilhas e a Paula dormiu sentada na mesa, com a cabeça encostada no prato cheio de arroz e frango. Caminhamos muito por downtown a tarde todinha. Fizemos o circuito livrarias, devoramos pratos de macarronada com molho vermelho e a Paula, como sempre, conquistou o garçon italiano com o seu charme galego de mal humoradinha, herança da tia, of course! Encerramos a comilança com sobremesas riquíssimas no Ciocolat e fomos nos encontrar com o Artur, Julia e Pedro. Foi adorável ver a enturmação dessas crianças, que nem se conheciam e brincaram como se fossem amigos há anos. Voltando pra casa, ouvi o Artur dizer bem alto ‘ah, eu queria muito que vocês morassem aqui!’. A lua estava coberta e nós paramos para olhar – é o eclipse lunar! O céu estava limpíssimo e pudemos ver a lua escurecida. Dormimos como pedras e acordamos um pouco mais tarde … Ainda não temos muitos planos para hoje.

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programação de hoje

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Eu acordei às 6:30am com uns barulhinhos das meninas tomando café da manhã lá embaixo. Fiquei feliz, pois hoje elas acordaram mais tarde. O duro é que quando elas estiverem quase ajustadas ao horário daqui, vão embora…..
A programação de hoje incluí livraria, caminhada, pumpkin patch e brincadeiras no parque. Elas queriam porque queriam que eu as levassem num lugar chamado Chuck E. Cheese’s…. Afê…. Eu inventei uma desculpa [não sei onde é – é em Sacramento, a Ju já viu na internet- mas Sacramento é enorme – mas tem o mapa – ah, mas pode ser que seja muito longe [não era]- melhor ficarmos por aqui mesmo!]. Elas querem ir lá porque tem uns fliperamos, joguinhos, whaterver! Eu já ouvi falar desse lugar, é o horror dos horrores, mas as crianças amam….
Acabei de ver a Paula pulando com um doce colorido enrolado no dedo e carimbando meleca açucarada no sofá…. arfggrogdhgf….. Deixa eu ir lá resolver essa parada…!!!!!!!

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visitas

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Minha cunhada e minhas sobrinhas estão aqui. Chegaram ontem vindas de Los Angeles, com caras amassadas, olheiras, jet lag, cansadas. Elas chegaram de Londres no sábado, vieram com meu irmão para ajustar o status de residência nos EUA. Meu irmão já voltou para a Inglaterra. Elas ficam aqui me visitando até sexta-feira. Elas têm acordado às três da manhã… Não é fácil viajar tantos fusos. Planejamos cinema, pumpkin patch, brincadeiras com amigos. Vamos ver. Mas elas estão adorando tudo, matando as saudades da Califórnia e se divertindo com o Roux, que não foge delas e aceita brincar [e adora brincar!]. So precisei avisar que ele é um animal e não um brinquedo, porque esse detalhe é fácil para uma criança esquecer…..

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serei eu uma estressadinha ou…

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Certas pessoas são mesmo muito barbeiras no trânsito? Jesus Cristo, tem dias que meu sangue ferve, que eu fico irritada até o centro da medula. Como pode numa four-way stop [onde quem chega primeiro, passa primeiro] uma imbecil fechar o cruzamento com sua jamanta-jeep simplesmente para esperar uma vaga para estacionar na frente do banco? Hellow, demência? Estamos em downtown, Davis, não em Tóquio, Japão! Podemos nos dar ao luxo de dar uma volta no quarteirão ou estacionar a meio metro de distância do nosso banco e CAMINHAR cinquenta passos! Fiquei tão puta com essa cena, que meti a mão na buzina e berrei “IDIOTA!”. Me estressei toda, mas não é pra menos? Uma pessoa bloquear todo o trânsito para esperar uma vaga miserável, sendo que há uma vaga a cada metro nesta cidade?
Fiquei tão irritada, que me pus a pensar em todos os energumenos que não dão sinal quando vão virar uma rua ou trocar de pista, que brecam derepente ou aparecem do nada na sua frente, fazendo com que você também tenha que brecar e quebre suas cerâmicas que estavam no banco da frente do seu carro, ou os bestas que dirigem abaixo do limite de velocidade, ou os que ficam na pista da esquerda numa velocidade ridícula e não dão passagem, obrigando você a ultrapassá-los pela direita, e aqueles tontos que dirigem no meio da pista, ou os que estacionam ocupando duas vagas, e por aí vamos, listando as barbaridades. Eu fico sempre bravíssima, buzino, berro e penso “com QUEM essa gente aprendeu a dirigir? com o POMBO?”

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o passado não condena