erros

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Depois de uns meses parado, devido à morte da minha câmera antiga, não consigo mais reativar o meu Fotolog. Estou tentando há dias e nada……
Mesmo depois de uma experiência chatérrima, eu continuo anexando rss de pessoas que eu não conheço no meu feedreader. Eu não aprendo.
E falo demais. Sempre esqueço que nem todo mundo quer ser personagem das minhas histórias.

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Ela é demais!

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O Preconceito e seu Defeito

Aquele cachorro é preto
E eu não gosto dele
Aquela menina usa óculos
E está de blusa amarela
E a outra não gosta dela
Aquele menino é preto
E ninguém gosta dele
Isso é o racismo
Ele é para quem?
Todo mundo tem defeito
E por causa disso
Ninguém é perfeito!
Agnes Rosa Grininger

Essa poesia foi escrita pela nossa sobrinha Agnes, filha da irmã do Uriel. Ela tem onze anos. Imagine só quando ela tiver uns vinte!!

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caRpinação

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Estou chegando à conclusão que entrei numa enrascada quando assumi a responsabilidade de cuidar do quintal. Tá certo que se eu não cuidar, vai ficar tudo um matagar. Mas a verdade é que meu quintal é muito “high-maintenance”. Você vira as costas e já está crescendo ervas daninhas, mato e caindo folhas secas por todo canto. É assim o tempo todo, sem férias. Até no inverno, quando as árvores ficam peladas, tem um tal eucalipto [aquele que já deveria ter virado lenha, pois está crescendo e ficando cada vez mais alto, tombando para o lado da casa quando venta] que proporciona bastante trabalho para o rake vermelho de plástico…..
Hoje, enquanto o gato me observava deitado na sombra, me esbafori podando jasmins, roseiras, heras, trepadeiras de todo tipo que se enroscam em tudo como doidas, dandelions espinhudos, matinhos finos e grossos, coisas que crescem avidamente e que eu não sei nem o que é. Fiz um monte de lixo verde de um metro de altura. De bofes para fora, mas sabendo que ainda tem muita coisa pra fazer.
Olho pro meu quintal e desejo secretamente jogar um cimentão em tudo……

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Interview with…..

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Uma das muitas revistas que eu assino é a Interview, idealizada e publicada pelo Andy Warhol nos anos 70 e que é até hoje uma publicação interessante [além de ser baratíssima – oito dólares por ano de assinatura!].
Todo mês a revista traz entrevistas com gente famosa, feita por gente famosa. Os textos não são longos, nem profundos, nem têm aquele tom profissional de um texto jornalistico, mas têm um charme irresistível.
Na edição de Julho, com a Natalie Portman na capa [que é entrevistada pelo ator Peter Sarsgaard], tem Jeff Bridges em fotos lindas, entrevistado pelo Philip Seymour Hoffman, a estonteante Carly Simon, entrevistada pelo estilista Michael Kors e Brian Wilson conversando com Elton John. Very colorful!
Na entrevista que o Elton John fez com o Brian Wilson, ele pergunta o que Wilson faz durante o dia. “I exercise – go to the park, run, walk, drive home and back. I pace myself throughout the day. Then I go to the piano and try to work on my writing a bit. Then I watch the news – I’m hung up on it. I like it, but it scares me.”
A foto da entrevista, com Wilson sentado no escorregador de um playground, foi feita por Karl Lagerfeld.

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Esganada

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Comigo é tudo aqui & agora. Eu não poupo, não economizo, não sou do tipo frugal. Se tem gostosuras, eu como tudo. Se tem bebidinhas, eu bebo todas. Sabonetes cheirosos e caros vão pro uso. Perfumes são espirrados aos montes, sem moderação. Roupas compradas hoje são usadas hoje mesmo, ou o mais tardar amanhã. Sapatos são gastos conforme a vontade e a necessidade. As frutas são devoradas, coisas novas e diferentes compradas, o dinheiro gasto, não consigo passar vontade.
Eu sou assim esganada, não guardo dinheiro, não guardo nada, todas as roupas que eu tenho são para serem usadas, não tenho nada especial reservado numa caixinha dourada, minhas bijous vagabundas são guardadas em latinhas de pastilhas, não tenho ouro, nem prata, nem roupas de seda. Como e bebo até passar a vontade, faço as coisas que quero fazer, mesmo quando uma vozinha me aconselha o contrário. Sou espontânea e impetuosa. Adoro comprar e dar presentes. Choro na hora que o choro borbulha, escandalosamente, não importa onde eu esteja. Rio na hora que o riso explode, posso estar onde for. Passo vergonhas monstruosas por causa disso, mas nem penso em tentar me controlar. Não dá.
Quando olho para a vida de outras pessoas, com tudo controlado, poupança no banco, vida organizada, tudo meticulosamente planejado, me sinto um ser selvagem, que só se preocupa em satisfazer as necessidades básicas, sem pensar muito no depois. Na verdade, nem é tanto assim, mas é quase.

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summer

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map
[sem rumo, porém prevenidos]

grocery
[com o essencial, é claro!]

summersky
[sob o céu de verão]

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[you’re not good] but you look good

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Meus biquinis cariocas estão fazendo o maior sucesso na piscina do Davis Aquatic Masters. Todo dia alguém faz um comentário elogioso, dizendo que os biquinis são “cute” e tal. Só assim mesmo pra eu conseguir chamar a atenção por lá – a outra opção seria me afogando, o que muitas vezes passa perto de acontecer. Meus dotes atléticos não chegam pra tanto, então só posso contar com o charme e a graça dos meus biquinões pra receber elogios assim de graça.
Desde que eu retomei meus treinos diários que me fixei na raia um, pois acho que dei uma regredida no meu desempenho e nem cogitei dar meus pulinhos pela raia dois ainda. Mas se você não vai à raia dois, a raia dois vem até você. Não é que a famigerada Filombeta está nadando comigo agora na raia um? Ah, mas tem um bom motivo pra essa situação bizarra: é que ela se machucou. Deslocou o ombro jogando golfe e está em processo de recuperação. Então nada com pés-de-pato e faz um gênero atleta-machucada-em-fisioterapia-intensiva, além de ter ficado minha amiguinha! Quem te viu, quem te vê, hein?
Mas essa situação da Filombeta me fez refletir como essa gente que nada comigo é metida a ser atleta. Eles não só nadam avidamente, mas praticam outros esportes, também com veemência e dedicação. Eles pedalam bicicletas nos finais de semana, correm pelas estradas, jogam golfe, tênis, vôlei, basquete, baseball, fazem ioga, pulam corda, levantam peso, dançam a macarena. Por isso, volta e meia eles estão estrupiados, com o ombro deslocado, com o pé quebrado, com dor nas costas e até andando de muleta e todos enfaixados, como aconteceu com o meu atleta vizinho Dave, quando ele caiu de uma montanha na Itália.
Esses acidentes esportivos NUNCA vão acontecer comigo. Podem revirar os arquivos de todos os anos em que eu escrevo neste blog e garanto que vocês não vão achar nenhuma história minha em acidentes relacionados à esportes. Comigo só acontecem acidentes bizarros na cozinha, envolvendo facas, pratos, copos, tropeçadas em tapetes, caramelo quente, etc.
A explicação para essa total ausência de acidentes esportivos no meu currículo é simples: eu normalmente não pratico esportes e quando pratico é por um motivo alheio à competição ou ao desafio físico. Eu nado porque é gostoso, relaxante, quase uma meditação. E só dou o meu “médio” quando nado. Nunca me esforço mais do que o necessário [só se o coach estiver olhando…..] ou além da minha capacidade – que já tem um limite medíocre. Eu não ligo de ser a última, a mais lenta, a pior. Contanto que eu esteja todo dia lá na piscina, tire a bunda da cadeira, me mexa, faça algo.
Eu nado com duas mulheres bem mais velhas do que eu e que são muito mais rápidas, resistentes e antenadas. Hoje, no final do último set, uma delas comentou que mesmo nadando devagar ela já estava “downhill”. Eu retruquei rindo que eu já tinha começado o set “downhill” e que pelo jeito iria instalar residência permanente na raia um. Elas gargalharam e uma delas disse:
– “but at least you LOOK good!”

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click!

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cookusa

kniting

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trust

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Na Swanton Berry Organic Farm em Davenport, nos deliciamos com os morangos orgânicos colhidos na hora, mergulhados no chocolate, transformados em sorvete cremoso, cheese cakes e tortas, acompanhados de bolo e chantily. A fazenda de morangos não usa mão de obra barata [imigrantes ilegais] e tem um sistema de pagamento self serve na sua lojinha de comilanças: você pega o que quer e deixa o dinheiro numa caixinha. Pega o troco se precisar, ninguém vem conferir.
Confiança é uma palavra em desuso, mas não completamente obsoleta!

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o passado não condena