thanks Google

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Uma coisa que me dá a maior raiva é quando você envia résumé e cover letter pra um emprego e não recebe nem uma palavra, um reply automático, uma satisfação, pelo menos dizendo obrigado pelo interesse, recebemos seus papéis, você não qualificou, a vaga já foi preeenchida, eteceterá…
Mas o HR do Google responde tão educadamente, que até alivia aquele sentimento horrível de rejeição, que todo mundo experiencia quando está procurando trabalho.

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We received your resume and would like to thank you for your interest in Google. After carefully reviewing your experience and qualifications, we have determined that we do not have a position available which is a strong match at this time.
Thanks again for considering Google. We wish you well in your endeavors and hope you might consider us again in the future.
Sincerely,
Google Staffing

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Eu que agradeço! É um “não”, mas pelo menos é uma resposta!

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perguntinha……

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Quando você toma banho antes de ir dormir, você passa desodorante?

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tosa

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Meu filho virou de costas para mostrar o cabelo, que recebera uma tosa de mais ou menos um palmo.
Coincidentemente, hoje eu vou cortar o meu. É apenas uma aparadinha, que eu faço duas vezes por ano. Não acho que seja necessário ficar cortando o meu cabelo toda hora. Eu já fiquei dois anos sem um corte, o que foi um baita exagero. Aprendi que dar uma aparada duas vezes por ano é importante, porque depois de um tempo é natural que a cabeleira vá ficando um tantinho sem graça e pesada.
Uma coisa incrível sobre o meu cabelo, é que mesmo sem cortes freqüentes e sendo lavado diáriamente com shampoos vagabundos, ele não perde o brilho, não fica com pontas duplas, nem ressecado. A única coisa que anda me incomodando é a aparição insistente de fios brancos no meio da juba castanha. Mas eu não me faço de rogada e – pluck, pluck, pluck – arranco um por um, mesmo ouvindo dizer que fazer isso só ajuda a piorar. Vou evitar as tintas até quando puder.
E hoje vou cortar. Quer dizer, aparar, em camadas, só pra dar formato e moldura.

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terra

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terra

terra

terra

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ignorance is bliss

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Infelizmente temos esse cacoete, não nos conformamos em apenas viver o hoje, cismamos em permanecer enroscado aos fatos do passado e adotamos uma atitude quase maníaca buscando adivinhar o futuro. E por isso temos que conviver com uma verdadeira corja de aproveitadores, que tenta de inúmeras maneiras nos vender a ilusão de que podemos prever nosso destino. Mas já pensou na angustia e sofrimento em que viveríamos se soubessemos o que vai nos acontecer amanhã? Seria insustentável. Eu sou do tipo que prefiro não saber de nada. Mas a minha curiosidade já me fez vivenciar algumas situações bizarras. Duas delas com ciganas.
Uma delas me pegou na praça – aquela onde era a antiga feira hippie em Campinas. Ela agarrou a minha mão e me convenceu a pagá-la para ouvir as previsões do meu futuro. Essas ciganas têm um plá que não é fácil. E na inocência dos meus vinte anos, deixei. Abri a palma e ouvi a mulher falar. Eu já era casada e já tinha meu filho. Papo de cigana é sempre o mesmo:

– você vai encontrar um rapaz moreno…
– mas eu já sou casada, com um ruivo!
– ah, mas as linhas não mentem…. então você vai divorciar do ruivo e casar com o moreno. e vai ter três filhos com ele!
– ahn? mas eu não quero ter outros filhos, não quero descasar do meu marido, não quero casar com outro, quero continuar assim, como é agora!
– minha filha, seu destino está escrito aqui, não tem como mudar!

Comecei a chorar na frente da cigana. Fiquei muito abalada. Ela percebeu, deve ter ficado com medo de perder a grana e se corrigiu rapidinho…

– ah, perái, não é bem assim. eu vi errado, olha aqui, você não vai encontrar ninguém e vai ficar a vida toda casada com o seu marido! se acalma! se acalma!

Grandíssima éfe da pê!
A outra cigana era cliente da minha mãe, que é advogada. Ela quis fazer um agrado, porque o caso dela era espinhudo [uma disputa de dinheiro entre irmãos e irmãs] e ela então ofereceu de ‘ler o futuro’ pra mim e pra minha irmã. Como de graça, aceitamos até injeção na testa, lá fomos nós na casa da tal cigana.
Eu fiquei assustadíssima logo que entrei na salinha de ‘trabalho’ da cigana, que era um verdeiro terreiro de macumba, com uma galinha preta morta jogada num canto e um quadro da pomba gira num outro canto, entre inúmeras figuras de santos e coisas esdruxúlas de religiões diferentes. Ela me sentou num banquinho e começou a jogar os búzios:

– hum, você vai conhecer um moço loiro….
– é mesmo? [ ih, entrei noutra fria….]
– sim, você vai conhecer ele no seu trabalho
– hum, que interessante! [eu não trabalho]
– e vai casar com ele depois de dois anos
– hehe [ e o que faço com o meu marido atual?]
– e vai ter dois filhos com ele….
– tá bom…. [que grande farsa!]

Eu fui concordando com tudo e saí da salinha puta da cara! Outra grandíssima éfe da pê, embromadora, cambalacheira, sem vergonha!
Eu não tenho nada contra o povo cigano, acho a cultura deles bonita e tal, mas desses ciganos que lêem o futuro eu fujo como o diabo foge da cruz…. Eles dão má fama para toda a comunidade. E nem se dão ao trabalho de tentar contar uma história mais convincente. É sempre a mesma pataquada – moço loiro, moço moreno, casamento, filhos…. Como se o futuro fosse só isso!

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The Chieftains

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Ontem trabalhei no show do grupo irlandês The Chieftains . Eu estava meio desanimada, porque não curto muito esse tipo de música folclórica e imaginei que o show fosse estar com lotação esgotada [e estava], o que significa que nós, voluntários, temos que assistir o show em pé [e tivemos]. Felizmente eu sempre me engano nas minhas pré-concepções de coisas que não conheço direito e curti muito o show! Os quatro irlandeses estavam acompanhados de outra irlandesa na harpa, um americano no violão e um canadense no violino. Esse canadense, não só arrasava no violino [e me fez sentir saudades do Ashley MacIsaac], como dançava maravilhosamente, sozinho e acompanhado do irmão, que também dividiu o palco com outros dois bailarinos de sapateado e um grupo lindinho de meninas vestidas com roupas folclóricas.
O show foi divertido e energético. Só fiquei irritada de ter que ficar de pé e com centenas de chatonildos no teatro lotado, que insistiam em acompanhar a música com palmas e batidas de pés… já viu, né?

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misconceptions

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Acontece com todo mundo: brasileiros, ingleses, americanos, franceses, canadenses. A conclusão é que não existe um povo que esteja livre dos estereótipos…..

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you got it

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Toda vez que eu vejo uma propaganda de tevê chata e que me irrita, uma frase vem automaticamente à minha mente: “odeio essa propaganda…”. Não é sempre que eu realmente curto um comercial, mas às vezes acontece.
Adorei as novas propagandas para televisão da Target. Elas brincam com o branco e vermelho [as cores do logo da loja] e têm trilha sonora de Roy Orbison cantando You Got It.
Anything you want You got it Anything you need You got it Anything at all You got it
A propaganda é tão boa quanto fazer compras na loja, que é outra coisa que eu também adoro!

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é o Misty!

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Eu tenho uma amiga queridíssima que morou aqui em Davis por uns meses. Ela me telefonava e quando eu atendia, ela perguntava:
– quem fala?
Eu sempre ria muito ouvindo isso, porque era óbvio que quem falava era eu, pois só eu e o Uriel vivemos aqui. Se uma voz de mulher atendesse, era eu. Se uma voz de homem atendesse, era o Uriel. Ah, mas tem o Misty, né?
Então um dia, quando ela perguntou:
– quem fala?
Eu respondi:
– é o Misty!
E gargalhamos às lágrimas! Depois disso, toda vez que ela ligava, rolava a mesma cena: “quem fala? é o Misty! HaHaHaHaHaHa!”
Esta história me fez lembrar de outra, também envolvendo o Misty ao telefone.
Um dia, sei lá por que, eu resolvi gravar uma mensagem besta na secretrária eletrônica. Fiz voz de gato e falei com irritação algo como “alô, aqui é o Misty, eu estava feliz tirando uma soneca e voce me acordou. a Fer e o Uriel não estão em casa, mas pode deixar um recado se quiser”. Todos os recados deixados na nossa máquina a partir dali ecoavam risadas ou soavam confusos. O Uriel não gostou nada daquilo, achou ridículo, uma idéia de girico se fazer passar por um gato. Mas eu devia estar vivendo alguma fase de espírito de porco, achando tudo divertido, e o recado ficou como estava.
Um dia, o chefe do departamento de engenharia agrícola da Universidade de Urbana-Champagne ligou para falar urgentemente com o Uriel um assunto de trabalho. A voz do cara soava realmente confusa e hesitante, mas mesmo assim ele deixou o recado. “Eu não tenho certeza se liguei pro lugar certo, mas em todo caso, esta mensagem é para o Doutor Rosa…..”.
Depois disso a mensagem do Misty foi sumariamente deletada e outra, das normais “alô, você ligou para o número tal, deixe o seu recado”, foi gravada.

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o passado não condena