tableless

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Algumas pessoas expressaram opiniões [e outras devem ter pensado mas não falaram nada] quando eu mudei o layout deste blog uns meses atrás. Troquei aquele layout classudo por esse cor-de-rosão estranho. Muita gente não gostou. Mas o que eu fiz neste layout novo foi tirar todas as tables do html. Fiz um design tableless, tentando usar layers e o mínimo de imagens [e só usei dois gifs]. E sempre usando e abusando das maravilhosas CSS, que eu acho o máximo da praticidade. Então se você olhar a source deste blog, vai ver o que está lá. Eu fiz isso porque queria mudar, não só o layout, mas o html [mudar por dentro e por fora… rãnrãn!].
Eu não sou profissional da Web. Mas devo estar fazendo algo muito certo, porque concordo e aplico a opinião do Cris Dias e a do Elcio. Acho que simplicidade é tudo! Mesmo que ninguém goste do seu layout cor-de-rosão, você pode tentar proporcionar aos seus visitantes uma viagem tranqüila, pois seu site não vai ser uma pain in the ass pra carregar ou navegar….

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look around

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Finalmente eu atualizei a versão do meu Movable Type e este blog ganhou o track back e um sistema de busca. Cada vez mais chiquerésimo!

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imagens

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Me arrependi de ter postado essas fotos minhas no espelho dois segundos depois de ter clicado no botão ‘save’ no MT……
Não sei por que faço dessas: me expôr, depois me arrepender e ficar me torturando. Eu não gosto de me ver em foto. Acho que minha cara é bolachuda, que não sou fotogênica. Mas por que então decido clicar umas poses na frente do espelho? Sei lá….
Ainda estou pra conhecer um indíviduo que goste de se ver em foto. O padrão é as pessoas reclamarem que sairam mal, que estão gordas, que tem bocão ou narizão, que não gostaram do resultado de fotografias. Eu não sou diferente.
E já repararam que o espelho nem sempre é tão cruel quanto uma fotografia? A gente se olha no espelho e até que gosta. Vira de lado, ri, faz pose. Mas quando entra uma câmera no meio, tudo desanda…. E os resultados são sempre alvos de duras críticas.
Mas o jeito é conviver com isso…. porque não vamos parar de tirar fotos, muito menos de nos olhar no espelho, né?

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vazio

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Você sabe que está numa crise de criatividade e inspiração quando começa a catar, editar e republicar histórias de anos atrás…..

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Stuck Outside the Mobile – Verão de 2000

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[*recontando uma experiência bizarra….]
……
Saí à tarde para ir à piscina e nadar um pouquinho. Nadei, encontrei a Ju, papeamos, voltamos pra casa lá pelas 6:30pm. Eu nem tirei o maiô nem tomei banho, porque sempre caminho com a Bia lá pelas 9pm. Fiquei de cloro mesmo…
Então fui caminhar e o Ursão ficou jantando. Eu nunca levo a chave da casa comigo, pois ela tem uma bolinha ying/yang de metal no chaveiro, que fica fazendo um bilingbilingbiling irritante. Mas sempre aviso o Ursão que ‘não tô levando a chave!’.
Mas ontem não sei por que cargas d’agua nao falei nada…
Caminhei com a Bia por uma hora, papeamos um pouquinho e lá pelas 10pm eu fui correndo pra casa, pra tomar um banho e relaxar. Encontrei a porta trancada e o Ursão sumido pro meio dos campos de tomate.
Ele está numa fase dura, que tem que estar nos testes com uma colheitadeira de tomates e às vezes tem que ficar rodando os campos à noite (que a colheita nao pára, é 24hs direto..). Muitas vezes ele fica por lá até 5am, outras vezes levanta às 4am e vai pro campo.E justo ontem ele tinha que estar no campo às 10:30pm pra fazer umas medidas.
Eu esmurrei a porta o quanto pude. O ar condicionado estava ligado e as luzes acesas. Me dá um nervoso, porque eu penso que ele pode estar lá dentro caído, desmaiado, sei lá… Corri pra casa da Bia, liguei pra minha casa, ninguém atendia. O marido da Bia foi bater na porta também. Nada. Eu toda suada, ensuvacada, de maiô por baixo da roupa de caminhar, uma bolha gigante doendo no calcanhar direito.. So queria um BANHO! Mas estava trancada pra fora da minha casa.
Ligamos pra outro amigo, que às vezes ajuda o Ursão nos campos. Ele disse que não sabia em qual campo o Ursão estava. Foram ele e o marido da Bia de campo em campo atrás do Ursão. Eu fiquei três horas sentada no sofá da casa da Bia… Acabei tomando um banho lá e vestindo umas roupas dela. Eu estava me sentindo podre. É até engracado, porque eu sou toda frescona com meus objetos pessoais, meus creminhos, meus óleozinhos, todos os detalhes da minha rotina e de repente, por causa de uma pequena chave, tudo isso ficou inacessível. Percebi que essa ‘normalidade’ em que vivemos com tanta naturalidade e que tomamos ‘for granted’ pode desmoronar em questão de segundos, por qualquer razão mínima. Sentada na casa da Bia eu imaginava a minha casa trancada, com tudo lá dentro, luz acesa, meu computer ligado, a aromaterapia queimando no abajour e eu lá fora, impossibilitada de entrar no meu mundinho.
Nem preciso dizer que os rapazes NãO acharam o Ursão (porque são muitos campos de tomates, e um é longe do outro) e que quando ele apareceu eu já estava de pijama, calcinha e pantufas da Bia, preparada pra dormir na caminha do filho dela. Voltei pra casa e fiquei me sentindo estranha. Ainda estou…. Nao pude parar de pensar na fragilidade de tudo… Um dia estamos aqui, no outro nao estamos mais e tudo mudou. Sei lá, mil coisas… Hoje é dia de ficar só morgando e pensando na vida (e fazer uma cópia extra da chave pra deixar num lugar secreto e seguro!).
……..

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teimosia

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Sábado o dia estava tão lindo e tão agradável que eu até pensei como seria legal se fizéssemos um churrasco no quintal. Mas como já tínhamos outro compromisso decidi que se o dia estivesse bonito no domingo, eu iria fazer um churrasco familiar.
E hoje o dia estava maravilhoso…. só que com uma ventania irritante. Mas eu fiquei com a idéia fixa do churrasco e preparei tudo e avisei a Marianne. Ela até tinha umas lingüiças e eu descongelei duas peças de picanha. E fui em frente, com vento e tudo! Teimosia igual a minha não existe…..

mesa

Arrumei a mesa no quintal e o Ursão acendeu a churrasqueira. O vento levantando tudo, o sininho tilintando no galho do limoeiro. Fiz salada de batata, arroz e queijo com tomate seco. O Gabriel nem se incomodou de acordar e então sentamos no quintal para almoçar somente eu, o Ursão e a Marianne. Um frio, um vento….. A Marianne de cachecol! Mas o dia estava tão lindooooo…….
Comemos, conversamos, fazia tempo que não víamos a Marianne. No final eu ofereci sorvete de pistachio para sobremesa. Depois que vi a gargalhada na cara da Marianne e o comentário de que sorvete de pistachio não poderia ser a sobremesa ‘mais apropriada’ para o nosso churrasco de inverno, que me toquei que precisávamos mesmo era de um chocolate quente e cobertores. Ou melhor, debandarmos para dentro da casa! Brrr!

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primeira aula

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O professor chegou atrasado e pedindo desculpas. Disse pra classe lotada que aquele tinha sido ‘the worst fucking day’ de toda a sua vida….. Foi buscar uma boombox para tocar os cds que ele espalhou pela mesa. A classe, de umas sessenta pessoas, esperou sem reclamar.
Eu cheguei dez minutos antes do horário e a classe ainda estava razoavelmente vazia. Foi enchendo….enchendo. Nem o professor esperava tantos alunos e não preparou material pra todo mundo. Tivemos que dividir os folhetos com as letras das músicas.
O professor é novo, não deve ter nem trinta anos. Cabelos encaracolados e loiros, alto, magrelo. Chegou de camisa social, gravata e colete. Enquanto falava com a classe foi tirando tudo e afrouxando a roupa. Abriu o botão do colarinho e pudemos ver uma corrente grossa que ele usava no pescoço. Ele explicou sorrindo que tem um emprego que exige que ele trabalhe de gravata. Todo mundo riu, porque sabemos como isso funciona. Pelo menos eu sei!
Duas horas passaram voando, enquanto ouvíamos o professor falar dos pre-punks, dos problemas sociais que os EUA e UK viviam na época e ouvindo trechos de Iggy Pop, New York Dolls, Ramones, Richard Hell, The Clash, Sex Pistols, Crass, X-Ray Spex, Siouxsie & The Banshees e Joy Division. Depois assistimos alguns trechos do filme de Julian TempleThe Filthy and The Fury.
A classe é composta de gente de todo tipo e idade. Mesmo o professor, com suas correntes e botas pesadas, não se encaixa em nenhum um perfil estereotipado de ‘punk’ [como o carinha fantasiado que passou na calçada da minha casa]. O legal é que numa classe sobre punk rock, o professor pode falar palavras como ‘fuck’ e ‘shit’ naturalmente, mesmo estando numa sala na UCDavis! Próxima aula teremos hard core, straight-edge, skin heads e anarquistas.

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o passado não condena