it’s almost friday

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Tô cansada!!
Trabalhar com esse calor não é bolinho… precisa ter preparo físico, pois ficamos muitas horas com as crianças no playground. É verão, elas trabalham menos e brincam mais, e nós sentamos embaixo das árvores e conversamos. Mas chega uma hora que começa a dar um treco… Eu tô até barriguda, de tanto beber água!!
E pra completar, fui esquentar pizza no microondas na hora do almoço e queimei dois dedos da mão direita [a mão das cicatrizes]. Uma burrice que eu não me conformo! Esquentei a pizza dentro de um ziplock plástico [porque fica melhor pra requentar] e abri com os dedos sem pensar… me queimei no vapor que, obviamente, se formou dentro do saco. Owch! As outras professoras ficaram me olhando e rindo, porque só uma anta faz uma antice dessa, né? Daí passei o resto do dia com pomada nos dedos e fazendo tudo com o polegar…

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like hell

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Hoje foi o primeiro dia que eu realmente senti o calor. Chegamos a 102F [39C]. Com aquela secura que não deixa a gente nem suar. E como aqui é um deserto, variamos de uma mínima de 57F [14C] até chegar à máxima de 102F [39C]. Eu bebi tanta água…. Senão a gente desidrata num minuto. E enchi umas garrafinhas com água de torneira e congelei, pra usar de ‘alivio’ quando ficamos no playground. Eu ponho no pescoço, na cabeça, nos pulsos. Eu também aprendi a usar uma bandana molhada no pescoço, mas essa técnica não funciona bem aqui, pois o pano seca rápido. As crianças passam o dia brincando na água. Nós não podemos fazer o mesmo…

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rainha das gafes

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Nem sei por que eu me lembrei dessa história, mas eu tenho incontáveis gafes catalogadas na minha memória. Gafes brasileiras, canadenses e americanas [eu sou uma gafenta internacional, sweet darling!]
Essa foi uma gafe canadense, que aconteceu no meu primeiro ano vivendo lá [aliás, no meu primeiro ano canadense eu bati o recorde mundial das gafes…].
Eu estava com uma amiga no Shopping Mall de Downtown. Era inverno e quando saímos do bate-pernas pelas lojas já estava escuro. Fomos pegar o carro que estava estacionado num parking lot atrás do shopping e de um centro de convenções. Quando passamos pelo centro, vimos um montão de gente agrupada no que parecia um protesto. Eu logo vi uma canadense hiponga que eu conhecia e fui lá perguntar pra ela que buxixo era aquele. Eles estavam fazendo um protesto na entrada da convenção de um partido político [não lembro qual agora] que tinha uma plataforma bem agressiva contra os imigrantes, os gays, etc. Eu já tinha lido horrorizada sobre as idéias desse partido e quando vi todo mundo lá protestando, gritando palavras de ordem e erguendo os punhos enquanto os babacas do partido entravam no prédio, nem pisquei para me juntar toda saltitante ao grupo. Protestar – contra qualquer coisa – era comigo mesma, que nasci e cresci numa ditadura e achava que poder gritar contra algo publicamente era super legal. Eu e a minha amiga nos juntamos ao povo, gritamos palavras de ordem, agitamos os punhos e fomos embora contentonas.
No outro dia, na primeira página do jornal mais importante da cidade, saiu uma reportagem sobre o protesto com uma foto bem grande do evento. Na imagem granulada em preto & branco no papel do jornal, minha carona gritando no meio do grupo estava bem visível……
Recortei a foto do jornal e escondi. O Ursão estudando na universidade com bolsa de estudos, nós, estrangeiros com visto de estudante nos passaportes e eu já engajada num protesto político, com direito a foto em destaque no jornal e tudo… Que gafe!

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father zim

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Father Zim
[Bob & Anna – 1970 – by Elliott Landy]
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Insomnia

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Insomnia de Chistopher Nolan [Memento], com Al Pacino e Robin Williams, no Cinefilia.

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cinefilia

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Nem preciso dizer que o Moa é um dos meus amigos mais queridos nesse mundo, né? Depois de um tempão sem modem e afastado da Internet, ele está de volta – pilotando um IMac novinho – e me deu esse presente : Cinefilia.
Sim, é um blog! Um lugar pras nossas conversas sobre cinema. O meu papinho vocês já conhecem. Mas vocês não podem deixar de ler os textos e as opiniões do Moa! Bookmarkem aí: Cinefilia!

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Mercedes Benz

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Oh Lord, won’t you buy me a Mercedes Benz?
My friends all drive Porsches, I must make amends.
Worked hard all my lifetime, no help from my friends,
So Lord, won’t you buy me a Mercedes Benz?
Oh Lord, won’t you buy me a color TV?
Dialing For Dollars is trying to find me.
I wait for delivery each day until three,
So oh Lord, won’t you buy me a color TV?
Oh Lord, won’t you buy me a night on the town?
I’m counting on you, Lord, please don’t let me down.
Prove that you love me and buy the next round,
Oh Lord, won’t you buy me a night on the town?

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he is cool

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Fiquei encantada quando vi ele tocando uma bateria imaginária com os pequenos dedinhos. Não consegui parar de sorrir e repassar a cena na minha cabeça. Estávamos ouvindo uma estória de dinossauros com música de fundo. Ele não estava nem prestando atenção em nada – como é o seu normal – mas quando a música começava ele acompanhava o ritmo tocando uma bateria com os dedos, mexendo a cabeça e até dando o toque extra de uma batida aqui e ali nos pratos. Parecia um profissional! Ele tem apenas três anos. Seu nome é Bishop, um menino negro [african-american, como é mais chic dizer] , sempre vestido com as roupas e sapatos das marcas mais bacanas e um bonézinho estratégicamente colocado na cabeça, com a aba de lado. He’s got rhythm.. Fiquei tão impressionada que fui falar com a mãe dele. Ela confirmou sorrindo os talentos musicais do filho e disse que ele tem uma bateria – onde ele treina – em casa! Tinha que ser! Depois começei a reparar que ele também tocava quando não tinha música. Na hora de comer – o almoço ou o snack – ele batia com os dedinhos na lancheira, no container de comida, no copo de suco, sempre mexendo a cabeça para seguir o ritmo da música que deve estar sempre tocando na sua cabecinha. Uma coisa impressionante e eu fiquei apaixonada!

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o passado não condena