Because something is happening here

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Não é muito o meu estilo ficar fazendo retrospectiva, pois o que foi, foi, o que conteceu, aconteceu. Mas este ano de 2005 foi muito interessante. Foi um ano em que trabalhei muito, com muitas coisas diferentes. Um dos meus trabalhos me possibilitou conhecer muita gente legal, que tornaram-se meus amigos rapidamente. Eu digo que neste ano eu abri uma porta para um mundo completamente novo. Posso até arriscar dizer que neste ano eu conheci mais gente do que nos meus quase oito anos anteriores vivendo aqui.
No mais, disse muitos hellos e goodbyes como já é de praxe, bati o pé firme nas minhas convicções e decisões, fiz muitas mudanças na minha casa, nadei com gosto, comi muito bem e bebi muita água, ri muito com os gatos, recebi hóspedes, viajei, ganhei muitos beijos e abraços, falei mais ao telefone com a minha família e amigos, mantive todo mundo atualizado de fotos e notícias, revi meu filho de cabelo curto mais lindo do que nunca, me esquivei de chatices, ajudei pessoas, pedalei pela cidade, tirei fotos, enfeitei o quintal com lanternas, colhi muitos tomates, conheci a Sunny e finalmente, graças à minha insistência e determinação, desatei os dois últimos nós que eu precisava desatar na minha vida.
2005 foi um ano muito bom e 2006 será diferente, mas tenho certeza que será ótimo. Uma boa entrada no Ano Novo para todos os que param sempre ou de vez em quando por aqui. Muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender!

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não há receita para nada perfeito

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Ando pensando numa coisa que anda me incomodando: como posso escrever aqui, meio às cegas com relação à quem me lê, e agradar todo mundo? Missão impossível, com certeza. Eu conheço algumas pessoas que me lêem e dizem que me lêem. Outras sei que lêem porque deixam comentários. Mas a grande maioria das pessoas que vêem aqui eu não sei quem são, ou se gostam do que encontram, ou se voltam. É mais ou menos um tiro no escuro. Estou ficando cada vez mais incrívelmente limitada na variedade de assuntos que quero ou posso abordar aqui. Não quero que isso vire um relatório da minha vida, onde as pessoas vêem saber o que está acontecendo comigo. Pra isso, eu acredito, existe o telefone, o e-mail e o endereço da minha casa [estacione na driveway pra não levar multa!]. Mas a dúvida é, como posso ter certeza de que os meus textos, minhas opiniões particulares, minhas palavras inventadas não vão chatear ou ofender alguém? Tá difícil… Sei lá. Sei que muitas vezes isso pode acontecer e acontece. Mas ainda não encontrei a solução que combine ter um blog público e não escorregar no tomate de vez em quando.

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my name is Fernanda, but you can call me Susan

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Conversando com a Reidun, Marianne e Kendra no café da manhã mencionei o nome do meu marido. A Kendra perguntou, de quem você está falando? Como assim, retruquei surpresa. É que a maneira que eu pronuncio os nossos nomes – com a entonação ORIGINAL em português, soa diferente, bem diferente, da maneira como os americanos pronunciam. Sorry periferia, mas não vou mudar. Disse para elas que sinto muito, mas casei com o Uriel, não com o Iurriél e tive um filho que batizei de Gabriel, não Gaibriél.

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foi bom pra você?

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“pra mim foi ótimo! ganhei até um presentinho com penas! e participei de tudo, o tempo todo, não perdi um minuto dos agitos. adorei!” Roux

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o ano acabando

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Hoje deve ter sido um dos dias mais estranhos da minha vida. Ainda estou achando que entendi errado, que estou dopada, que não pode ser. Tomamos uma mini garrafinha de Cava espanhola em copos de vinho. Demos muita risada. Escrevi alguns e-mails. Ouvi Nina Simone e chorei, chorei, chorei….

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o próximo filme

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No ano passado tive um torcicolo no Natal porque fiquei tensa matusquelando se meus presentes, quase todos handmade, iriam agradar, vejam só que boba. Hoje me contorci de dores e logo pensei ih, outra vez. Sou assim mesmo, sempre querendo agradar mais do que é possível. Quando paro pra pensar, percebo a realidade bruta que me mostra tipo tapa na cara que o outro lado não está muito preocupado. Devo ter mesmo um gene recessivo, o gene que me marcou na testa como gado marcado no lombo – boba – be-ó-be-á.
Relaxei.
Estou vendo o final de um filme que já vi mil vezes. Uma história improvável com Harry Fonda e Lucille Ball e totalmente impossível na refilmagem, com Denis Quaid e Rene Russo – Yours, Mine, Ours. Quero mesmo ver o próximo filme, The Little Shop Around The Corner. Um filme fofo, bom pra se ver nessa época massacrante, causadora de torcicolos. Mesmo eu me irritando com a voz do James Stewart, o filme é imperdível.
Coloquei o pé no chão e senti uma patinha se enroscando na minha meia. Esse gatonildinho! Ele está embaixo da minha cama. Primeiro lugar favorito dele nesta casa. Com esse frio, até o Misty achou um lugarzinho mais quentinho. Se enfiou embaixo da mesa do computador e quando fui ler e-mails, esticava a perna e batia num pom-pom gigante ronronando [e roncando]. Ele me deu duas patadas, como quem diz, não me enche, não vê que estou aqui? Humanos são um disturbio mesmo.
Estou me acostumando com um novo teclado, uma nova tela, um novio formato. Portátil, mons amis….

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coisas estúpidas que eu às vezes faço

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esquecer de mudar o botão de macro para paisagem na digital e acabar tirando um montão de fotos embaçadas. sair de cabelo molhado no frio. esquecer o forno ligado. perceber depois de meses que não respondeu aquele e-mail. dar ouvido à matildes. mudar quantidade dos ingredientes nas receitas. pegar a estrada sem antes olhar o ponteiro do tanque de gasolina. deixar meus escassos e parcos comentários justo num blog panelinha. achar que vou conseguir fazer em casa uma camiseta bordada igualzinha a que vi na loja. esquecer de virar a página da agenda e perder um compromisso. escrever no blog listas de coisas estúpidas que eu às vezes faço.

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o passado não condena