apenas dois dias

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Pelo menos o sábado rendeu, porque o domingo…pufff.. O negócio é que dois dias de final de semana não dá pra nada. Me dá uma ansiedade, uma falta de ar, um desespero, pois quero fazer tanta coisa e simplesmente não dá tempo. Agora arrumei de falar com minha família do celular, enquando faço coisas. Eu preciso nadar e quero ir ao Farmers Market, tenho que fazer as compras básicas e as superfluas de supermercado, quero passar na lojinha dos bichinhos e arrumar coisas em casa, lavar roupa, dobrar roupa, guardar roupa. Quero ler uma pilha de livros. E ver uma pilha de filmes. Depois escrever sobre a pilha de livros e filmes. Quero também cozinhar e fotografar a comida bem sucedida e fotografar outras coisas legais também, depois publicar. Conversar com amigos, responder e-mails, visitar blogs, planejar a semana, pensar na vida, cuidar das plantas no quintal, sair pra olhar lojas de roupas ou loja de qualquer coisa em downtown, jantar fora, beber vinho, dormir muito, combinar coisas, aproveitar meus dois dias—dois dias inteiros! Isso se conseguir não cair numa furada de algum festival Pop local.

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verde — vermelho

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Como foi que eu fiquei com um guarda-roupa cheio de peças verdes? Nunca fui fã dessa cor. Mas desde o inverno passado que musguei total, numa invasão verdolenta que vai dos sapatos ao chapéu. Acabei de me olhar, dos pés até onde pude me enxergar sem ajuda de um espelho, e vi botas verdes, calça cargo verde, casaquinho de lã verde, cachecol verde. How did that happen?
Como foi que a minha casa acabou toda decorada com peças vermelhas? Nunca fui fã dessa cor. Mas aos pouquinhos e sem planejar ou nem mesmo perceber, fui colocando pinceladas e mais pinceladas de vermelho por todos os cantos. Seja nas panelas e utilitários na cozinha ou nas cadeiras da sala de jantar e enfeites, molduras pelo resto da casa. Quando finalmente me dei conta, abismei. How did that happen?

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não se entende, muito menos eu

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Para tentar voltar a dormir eu pensei em neve, porque por mais que eu diga que não sinto falta, quando nevava o céu ficava vermelho e eu ficava zen.
Minha defesa para não ser surpreendida é sempre esperar o pior. Então eu esperei, mas o pior não chegou.
Meu asco pela violência generalizada e pela falta de moral e carater das pessoas só encontra um paralelo no o meu espanto com o rumo que a natureza humana está tomando. O meu sentimento é de incredulidade e desalento.
Surpresa! Dez anos se passaram e você nem percebeu.

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hoje

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escrevinha, escrevinha, nega

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Teve um tempo em que eu sentava em frente ao meu desktop toda manhã e escrevia alguma coisa, qualquer coisa. Hoje, tanta coisa mudou. Primeiro que meu desktop anda um pouco empoeirado, pois minhas escrevinhações se mudaram para um pequeno laptop que fica na cozinha. Tudo mudou-se para a cozinha, até os gatos passam mais tempo na cozinha do que eu outro lugar da casa.
O que não mudou foi minhas ganas de escrever. Dei uma girada nos assuntos e não tenho há tempos aquela rotina de escrever sempre na mesma hora. A produção agora é espaçada, mas é abundante. Escrevo quando tenho inspiração e pros assuntos de cozinha eu ando parecendo uma fonte. A vida é muito interessante. Tudo tem seu tempo, seu propósito. E por isso escrevo. Sempre.

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o passado não condena