bolinhas coloridas

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Estou tão cansada que meus olhos já não estão focalizando nada direito e as imagens estão chegando ao meu cérebro todas distorcidas e embaçadas.
Mas também peraí, né? Tem dias que eu vou de manhã à noite fazendo tanta coisinha, que parece até que sou a faz-tudo de um circo. Preparo o rango, dou um salto triplo no trapézio, lavo os trapos, dou banana pros macacos, equilibro um copo de vinho no nariz, treino os leões, esfrego o chão, faço um contorcionismo, engulo fogo, compro as provisões pra tropa, atiro facas num alvo, banco a palhaça, cuido dos ursos, descasco dez sacos de batata, ando no fio, danço com a girafa…..
Hoje foi um desses dias. Preciso de banho e cama. Agora!

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cinemania

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Filmes que eu assisti e não comentei:
* Metroland [Christian Bale de costeleta… humhum!];
* Gadjo Dilo [um filme francês sobre ciganos romenos]
* Rhapsody in Blue [bio de George Gershwin]
* The Test Pilot [Mirna Loy, Spencer Tracy e o orelhão Clark Gable]
* A Guy Named Joe [Spencer Tracy antes de Richard Dreyfuss]
* The Night Porter [escuro, obsessivo e belo]
* Pillow Book [um Peter Greenaway lindo e assistível]
* Philadelphia [Tom Hanks morre, Denzel Washington brilha]
* Flashdance [eu tive daquele scarpin vermelho….]
* Hudsucker Proxy [ o Brazil dos irmãos Coen; Jennifer Jason Leigh arrasa]
* The Wide Sargasso Sea [ pros fãs do Sidney Sheldon]
* Belle de Jour [Buñuel est trés chic]
* Jesus’ Son [êpa! esse eu comentei! ]

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música abstrata

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Já estou pegando o jeito da coisa lá no Mondavi Center, onde estou trabalhando como voluntária. Ontem o lugar estava num buxixo só, pois no teatro principal a egípcia Jehan Sadat [ viúva do líder Anwar Sadat, assassinado em 1981] iria fazer uma palestra. O público era bem formal, diferente do pessoal relax que chegava para ver o concerto do San Francisco Contemporary Music Players , no pequeno Studio onde eu estava trabalhando. A apresentação do grupo foi muito interessante. Eles devem estar classificados na categoria de música clássica, mas têm uma inclinação para o jazz. Eu lembrei muito do nosso [o MEU!] Arrigo Barnabé. Gostei bastante das peças regidas pelo maestro Olly Wilson, que as compôs inspirado pelo trabalho intrigante da artista plástica Mary Lovelace O’Neil. Super moderno e abstrato, um pouco compacto demais para o meu gosto down-to-earth de fã de Blues, mas nem por isso menos apreciável.

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puff….

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Estou numa fase de falta total de assunto. Estou mais preocupada em ler meus textos, estudar pros meus exames, me organizar em todos os sentidos, porque não quero surtar em pânico quando as deadlines se aproximarem.
O finde foi um tédio. No sábado me molhei na chuva, pois fui à minha aula de gardening que tinha sido adiada para o dia dezenove. A cabeça está distraída! Rodei pelo EC Garden – que na verdade é um matagal bem organizado – e mesmo estando de galochas e parkas de plástico, fiquei molhada. Me xinguei muito! E por causa do Picnic Day na UCDavis, todas as ruas de downtown estavam fechadas e eu não conseguia voltar pra casa! Fiquei trinta minutos num trânsito ridículamente truncado, numa cidade minúscula, porque a prefeitura fechou as ruas numa estratégia digna de ganhar o prêmio ‘Orelhas de Burro de Ouro’. Pedi para um policial me deixar passar, porque senão iria ficar rodando como barata tonta por horas…..
No domingo não aconteceu nada, só li todos os readings da semana passada e ajudei o Ursão com a cortação da grama do jardim. Rimos muito, porque o Gabriel influenciou na compra do cortador de grama – que é ecológico, isto é, funciona no muque. Levamos duas horas pra fazer o serviço que os nossos vizinhos fazem em meia hora com suas máquinas poluídoras…. Tem horas que ser ‘verde’ requer mais músculos do que cérebro!

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o futuro é blog

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Os weblogs serão o email do futuro. Todos que quiserem, poderão ter um. As universidades que tiverem visão, em breve irão oferecer a seus alunos e professores weblogs no pacote que hoje incluí email e espaço para uma webpage. Embora os blogs não se adaptem às necessidades de todos, eles têm infinitas utilidades que podem ser fácilmente flexionadas e acomodadas.
O painel na Graduate School de Journalism da UC Berkeley ontem à noite discutiu muitos temas interessantes associados aos weblogs. Os participantes – feras do jornalismo e da internet – não tiveram tempo de responder todas as perguntas e esmiuçar todos os pormenores dessa nova mídia [que mesmo dentro do meio acadêmico, muita gente ainda desconhece].
O professor John Battelle – co-fundador da revista Wired e um dos responsáveis pela classe sobre blogs que a escola ofereceu no último semestre – mediou o debate , que incluiu o grupo presente na biblioteca da Grad school e dois debatentes via web na costa leste: Donna Wentworth em Harvard e Ed Felten em Princeton. Os presentes eram: Dan Gillmor, colunista de tecnologia do jornal San Jose Mercury; Scott Rosenberg, editor da Salon Magazine; Ernest Miller, jornalista especialista em leis da Yale School of Law e Ross Mayfield, que é CEO do provedor Socialtext.
O debate ficou mais centralizado na visão dos acadêmicos e jornalistas e nas possibilidades que os weblogs oferecerão futuramente para professores, cientistas e estudantes. O jornalista Dan Gillmor colocou sua experiência escrevendo sobre tecnologia no meio do Silicon Valley e como o contato que ele tem com o público, através do blog, o tem ajudado a melhorar a qualidade da sua coluna no jornal. “Se você quer escrever sobre tecnologia para um público como o do Silicon Valley, você precisa admitir que eles sabem muito mais do que você e tirar proveito disso.” Gillmor agora está escrevendo um livro e os leitores do seu blog já estão participando ativamente do processo.

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nem tudo é verdade

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“Só porque uma informação é publicada repetidamente em inúmeros weblogs, isso não quer dizer que ela seja verdadeira.” [Mary Hodder – bIPlog community]

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sopa de caracol

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A Kendra me deu uma dica caseira para acabar com as snails e slugs no meu quintal. Invés de usar veneno, ela me ensinou a colocar uns potinhos com cerveja em pontos estratégicos. Ela disse que os bichos gosmentos iriam ser atraídos pelo cheiro da cerveja e se afogariam no líquido dos potes.
Eu até fui ao ACE e comprei um pózinho para matar snails e slugs – um que fosse inofensivo para os animais domésticos, porque o Senhor Misty agora passeia pelo quintal. Mas não quis aplicar sem a ajuda do Ursão, porque eu sou uma desajeitada e não quero provocar nenhum acidente – tipo espirrar veneno em mim mesma.
Mas não tava agüentando ver aqueles caracóis enormes escondidos no meio dos arbustos de irís e de ver os rastros prateados que eles deixam nas folhas dos gerânios.
Resolvi usar a técnica da cerveja da Kendra. Coloquei dois potinhos de plástico perto dos lugares onde sempre vejo as melecas e fui embora.
No dia seguinte…….. ARGH! Surpresa! Os dois potes com cerveja estavam CHEIOS de snails e slugs mortas! Uma verdadeira sopa de caracol e lesma! Nojento até não poder mais. Mas sem dúvida alguma muito eficiente. A história da cerveja é verdadeira e funciona. Blergh……

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a elite

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Vi com os meus olhos de brasileira estrangeira uma pequena reportagem no Fashion File sobre uma boutique chique brasileira chamada Daslu. Vi um bando de mulheres ricas gastando milhares de reais em roupas importadas [pagando o triplo, com certeza], falando inglês, fazendo pose para a câmera, tomando chá [ou seria café], exibindo riqueza. Me deu um enjôo estranho ver aquilo……. sei lá, mil coisas, tá sabendo?

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o passado não condena