Ronnie Von D’Alessandro

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“Além da música, também a capa fez diferença, apresentando o cândido ex-Príncipe da Jovem Guarda em foto com um ousado e erótico peito à mostra, como uma espécie de Joe D’Alessandro (dos filmes de Andy Wharol ) tropical.
Um dos mais raros álbuns da história do rock brasileiro, a obra sintetiza um período da carreira de Ronnie Von, até 1971, marcada pela ousadia e pelo experimentalismo, incluindo antecipar o progressivo, que chegou apenas em 1972, com o Módulo 1000 e outros grupos. A obra, que continua inédita em cd, tornou-se um dos mais valorizados objetos do desejo de colecionadores do Brasil e do exterior.”

Fantástico!!!! Li aqui – uma série que comenta discos raros de rock ‘n ‘ roll brasileiro e que faz parte da interessantíssima revista Senhor F . A página tem uma foto bem pequena do disco, com o Ronnie Von posando como o Little Joe na capa. Para mais detalhes, use uma lupa ou a sua imaginação… hehe!

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invasion

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Nós vimos os caminhões gigantes chegando hoje pela manhã, quando eu estava indo pra aula e o Ursão indo trabalhar. Confabulamos por um minuto o que seria aquele comboio no meio do campus da universidade. Agora à tarde fui devolver um livro na biblioteca e vi o que era: a turnê Campus Invasion da MTV.
Fui lá xeretar.
Me senti dentro de um daqueles programas cheios de college students frenéticos, tipo MTV Spring Break. Tinha um monte de barracas e um palco relativamente grande – onde, não-sei-que-horas, algumas bandas vão se apresentar. Não deu pra ver o que rolava em algumas barracas, porque tinha muita gente aboletada e eu não tive saco de me espremer no meio pra olhar. Mas vi que numa delas um grupo de garotas negras cantava em karaokê o hit das Destiny’s Child – Survivor. E em outra barraca duas meninas segurando microfones gravavam algo – acho que era um contest pra ser DJ por um dia na MTV. Na barraca do centro, tinha umas oito bancadas com monitores flat gigantes da Apple, onde se podia browsear e ouvir música. Muita gente carregava uns sacões [goodie bags, com certeza!].
A MTV invadiu o campus da UCDavis e muita cara conhecida vai aparecer dando tchauzinho na tevê por esses dias!

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será?

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Ontem foi o primeiro dia do ano em que eu consegui sair de camiseta de manga curta na rua. E que suei, sem ser de nervoso. O dia estava lindo! Eu abri algumas das janelas da casa e testamos o ar condicionado central, que funcionou competentemente – esfriou a casa toda em dez minutos!
À noite dormi de janela aberta, deixei a cortina levantada e o gato adorou observar a movimentação noturna das alturas.
Fomos ao quintal muitas vezes durante o dia e é engraçado como o gato aproveita, mas não abusa. Ele até se dá ao luxo de dar uma deitadinha na grama pra relaxar e aproveitar o sol e o ar puro, mas logo volta pra dentro da casa, onde agora ele se sente muito mais seguro [e lá dentro não tem cachorrão preto berrão e babão, tentando enfiar o focinho nas frestas da cerca!].
Como tudo muda – até o astral da gente – quando muda o clima. Início e final de estação é sempre uma época excitante e animada. Até a gente se acostumar e começar o inevitável período de reclamações: ‘está muito frio’, ‘está muito quente’, ‘não agüento mais isso ‘ e bláblábás similares.

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pestes

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Estamos tentando controlar a praga de lesmas e caramujos usando duas técnicas biológicas: a armadilha de cerveja e a remoção manual [que o Ursão faz com as mãos e eu com uma colher velha…]. Mas ontem fiquei tão puta da cara de ver as folhas do pé de berinjela japonesa cheias de furos que resolvi apelar pras armas químicas e espalhei veneno para snails e slugs por todos os cantos do quintal! Ah, tô revoltada com esses bichos!
Cavoquei toda a terra, porque outro dia achei um ovos sei lá do que no meio de um dos canteiros…. uma nojeira indescritível. Eu sempre vejo um bichinho minúsculo, comprido, magrinho, cheio de pernas, cor da terra, que eu pensei que eram earwigs, mas fui pesquisar e não eram. Achei que eram centipedes, mas essas são um pouco maiores. Será que são symphylids? Fiquei um tempão pesquisando, pondo a língua pra fora e fazendo cara de nojo a cada foto de inseto que eu olhava. Mas pelo que eu li, esses merdinhas não são tão prejuidiciais para as plantas, como os asqueirosos snails e slugs. Tenho que me concentrar em dizimar esses daí.
Minha mãe que me deu um ótimo conselho: deixa os bichos comerem todos os legumes e verduras e planta flores na horta! Tô pensando nessa idéia…..

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radar

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Mais uma revista nas bancas, como se já fosse fácil escolher entre os zilhões de outras. A novidade é a Radar Magazine. Eu comprei, é claro! Não só porque ela me fez lembrar um pouco extinta Talk, que eu assinava, mas também porque ela tem um estilão meio copiado da Wired, com cores chocantes e fluorescentes e uma diagramação moderninha.
O conteúdo é inovador, tentando misturar TUDO o que for possível num só balaio. Radar tem fofoca, política, cinema, literatura, música, pop art e pop culture, moda, crime, culinária, alta sociedade e colaboradores que já passaram por Vanity Fair, Interview, Rolling Stones, Face, eteceterá. Até o escritor Bret Easton tem uma coluna.
O premiere issue está em testes. Ninguém ainda sabe se a revista vai colar. Eu achei legal, porque tem um apelo visual interessante e muita coisa diferente pra ler. E pelo jeito a Radar vai ser uma fonte riquíssima de assunto, aqui pro blog!

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terra do sanduba

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Adorei um documentário que vi na tevê, no canal PBS. O filme é uma viagem gastronômica pelos EUA, mostrando lugares que vendem os sandubas mais famosos e típicos do país. Uau, meu estômago até roncou! Curti ver Sandwiches That You Will Like porque eu adoro tudo que tenha a ver com o tema comida! Eu não tinha idéia da variedade de sandubas existentes neste país. Fiquei com vontade de provar o Lobster Roll do Maine, o Chipped Ham “Slammer”, da Pennsylvania e o Banh Mi, o sub vietnamita que foi importado para a Califórnia e é vendido em San Jose e Sacramento [ preciso desesperadamente descobrir ONDE em Sacramento!!].
Alguns deles me deu um argh, como os sandubas de Snoots, Ears & RibTips do Missouri, o Hot Brown do Kentucky e os barbecues da Thelma no Texas, que vêm imersos naquele molho enjoativo e têm até ossos no meio do pão…. Muito exótico pro meu gosto!

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cover

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Para um dos episódios da série da NBC, American Dreams, a interessante India.Arie encarnou a maravilhosa Nina Simone. Eu não vi. Culpa do meu bom-hábito de não assistir aos canais regulares da tevê.
A mesma NBC está produzindo a adaptação do livro Martha Inc., onde a bonitona Cybill Shepherd vai encarnar a rainha das donas-de-casa-perfeitas da América – a horrorilda e venerada Martha Stewart. Esse eu até quero ver, só pra depois contar todos os micro-detalhes pro Moa.

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the two most insane hours

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Voltando do Mondavi Center no domingo à noite, fui para casa à pé, atravessando o campus da UCDavis como de costume. No caminho, duas meninas pedalando suas bicicletas à toda passaram por mim gargalhando excitadas. Elas também vinham do show da Margaret Cho e uma berrava para a outra “thank you, thank you, thank you! that was the most insane two hours of my entire life!!”.
Eu estava com dor de cabeça, olhos ardendo, maxilar e dentes doendo, uma fraqueza total, depois de tanto chorar e torcer a cara com risadas. Concordei com a menina na bike – aquelas foram realmente duas horas insanas – no meu caso, não as mais insanas de toda a minha vida, mas certamente uma das mais desopilantes.
A comediante Margaret Cho é uma das mais engraçadas que eu conheço. Ela é inteligente, espirituosa e usa e abusa de expressão corporal e facial para complementar seus textos e tiradas fenomenais. Ela é totalmente o meu estilo! Polêmica e espontânea, desencadeou gargalhadas histéricas incessantes na platéia que lotou o Mondavi Center. Seus pratos prediletos: sexualidade, política, família, sociedade, etnicidade, racismo…..
Num dos sketches onde ela critica a ditadura da magreza e das dietas, ela conta a diarréia que uma dessas dietas malucas causou nela – enquanto dirigia em plena freeway em Los Angeles. Noutro sketch ela mostra como era o sexo entre ela e o ex-namorado, com quem ela disse nunca ter tido nenhuma atração física. Nada escapa da língua mordaz da comediante. Ela deixa clara a sua opinião com relação à mídia, estereótipos de beleza e de etnicidade, homossexualidade, crianças, família. Mas a política – que eu entendi que seria o foco principal desse show, batizado de Revolution e que divulga uma Cho vestida de Che Guevara em logo vermelho e preto – veio em pequenas doses. Eu, pessoalmente, gosto mais de piadas não-políticas. E ri como uma louca por quase duas horas, com pequenos intervalos pra assoar o nariz, respirar e desembaçar os olhos cheios de lágrimas com um lencinho de papel todo amarfanhado, que quase não conseguiu dar conta do recado.

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o passado não condena