Police Briefs

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A vida perigosa de Davis, CA, compilada e reportada no jornalzinho da UCDavis, The California Aggie. Vale a pena ler as atividades dos meliantes e da bandidagem local. E pensar que tem gente que reclama que aqui não acontece nada…. ora, ora!
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Flushed out, burned out
A Davis Police Departament officer was called on the 3000 block of Ascada Place on Wednesday morning when a suspicious fire was reported. After making contact with the reporting party, the officer discovered that the inside of a portable toilet had been burned.
[claquete] risadas e aplausos [/claquete]
One man’s treasure, another man’s trash
A reporting party called the DPD on Wednesday to report that an unknown suspect had stolen a laptop computer and a briefcase from his vehicle that was parked on the 1000 block of Raphael Place. The suspect also rummaged through the glove box and removed several papers, which were later found by the victim on a greenbelt approximately 250 feet from his residence. Police were not able to find any collectable evidence at the scene. This case has been suspended.
[claquete] aplausos [/claquete]
Unlucky lush
On Wednesday, a suspect took an alcoholic beverage from a store located on the 800 block of Russell Boulevard and fled without paying. A store employee detained him outside and forced the suspect to return the merchandise. The suspect was escorted to the store’s office to wait until police arrived. The suspect then ran out the back of the store and was chased down by an employee who tackled him in the parking lot. The employee held the suspect there until officers arrived. The suspected was then booked at the DPD and lodged at the Yolo County Jail.
[claquete] risadas, assobios e aplausos [/claquete]
Stampede!
A victim called the DPD on Wednesday to report that an unknown suspect had cut the fence on her propriety located on the 3000 block of Covell Boulevard. Because the suspect did this, the victim’s horses were let out. There are no witnesses or suspects at this time. The victim requested extra patrol from the DPD.
[claquete] aplausos [/claquete]
Next time, lock your bike!
On Wednesday afternoon a victim observed a suspect walk to the front porch of her residence on the 1000 block of Yukon Street and ride away on her bicicle, which was parked unlocked on the front porch. The victim last saw the suspect riding down the street. The estimate loss is $250. Police checked the area for the suspects, with negative results. This case is suspended pending further information on the suspect.
[claquete] risadas e aplausos [/claquete]
Threatening phone calls
A victim called the DPD on Wednesday to report that she had received a threatening phone call. The man on the other end of the line said “I’ll kill you if you did what you said” and hung up. The victim has no idea who the caller was. This has not happened to the victim in the past. She asked the DPD to make a report for documentation.
[claquete] aplausos [/claquete]
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Parece que o movimento criminal aqui em Davis se agiliza nas quartas-feiras, hein? Que meda!!! hehe!

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unbreakable

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Fazendo meus malabarismos matinais, quebrei um prato ‘inquebrável’. Considero isso um feito e tanto, pois tenho esses pratos há anos e já derrubei alguns deles de alturas perigosas, mas nunca quebrei nenhum. Pois hoje ‘quebrei’ o mito dos ‘inquebráveis’…. Eu mereço uma salva de palmas!
Outro dia duas meninas bateram na minha porta, querendo saber se a minha guest house estava para alugar. Já é a segunda vez que isto acontece, desde que mudamos em dezembro. Essas casinhas são um chamativo…
Estou vendo uma dupla de mormons batendo na porta do vizinho da frente. Me acorcundo na cadeira. Não adiantou, eles agora estão tocando a campainha da minha casa! Mas eu NÃO estou aqui!

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desgosto….

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Ler todo o jornal e ver noticiário de tevê já não faz parte da minha rotina há muito tempo. Mas eu sempre olho a primeira página do SacBee, antes de pular pro suplemento de diversão e artes e ir ler os quadrinhos.
E eu também vejo o The Daily Show with Jon Stewart – o melhor programa de sátira política e entrevistas da televisão americana [no Comedy Center] – então estou sabendo que estamos em high alert para ataques de terrorismo, que supostamente intencionam acabar com a raça dos norte-americanos e judeus. O governo alerta a população para ficar preparada, comprando água e alimentos para manter a família por pelo menos três dias. Até agora não vi ninguém correndo para os supermercados. Eu vejo todo mundo na mesma rotina de sempre. É que essa gente já viveu muitas guerras. Eu não! Mas eu não saí correndo comprar água. Só fiquei um pouco perturbada….
E também sei que estamos na beirinha de uma guerra. No carro, ouvindo rádio, o locutor fez a propaganda da emissora – à postos nesta eminência de guerra e pronta para dar toda e qualquer notícia para seus ouvintes. Veremos…….
E por causa de toda essa palhaçada com o Iraque, a gasolina já subiu $0,20 o galão…… goddammit!

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como descrever você?

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Eu tive que responder um pequeno questionário pelo telefone, para poder voluntariar no centro de artes da UCDavis. Todas as perguntas eram daquele tipo que você tem que responder com tato e cuidado, porque não é qualquer resposta informal que eles querem ouvir. Uma delas gerou o seguinte diálogo:
[W] – how would your friends describe you?
[F] – ahnn… It would depend on the friend… hehe… hum, but I guess they would say I’m a quiet person…
[W] – what else..?
[F] – well, I’m sure they would all say that I am a music enthusiastic…

Isso foi o que me ocorreu responder na hora, mas na realidade eu não tenho a mínima idéia de como meus amigos me descreveriam….
Você tem? Como seus amigos te descreveriam?

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Sônia, a pata

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Meu pedaço favorito no Arboretum da UCDavis é o Redwood Grove – um pequeno bosque de árvores típicas, com seus troncos altos e vermelhos cercando o caminho. Passando por ali, num dia desses, vi e ouvi um clarinetista praticando a sua música. Me senti dentro da história do Pedro e o Lobo.

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Dame Edna distribui insultos

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Na coluna de conselhos do artista performático australiano Dame Edna na edição de fevereiro da revista Vanity Fair, uma leitora pergunta se deveria ou não aprender o espanhol. Dame Edna respondeu:
“Forget Spanish….Who speaks it that you are desperate to talk to? The help? Your leaf blower?”
Nem preciso dizer que a comunidade latina fez um escarcéu!
A revista pediu desculpas aos españo hablantes, mas acrescentou que os comentários da ficcional Dame Edna [ na realidade o ator Barry Humphries] intencionam somente a comédia.
“Edna’s comments were offered in the spirit of outrageous comedy and never intended to be taken to heart. Edna is an equal-opportunity distributor of insults.”
Ha ha ha!
Isso me lembrou um pouco aquela história dos Simpson’s satirizando o Brasil…

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Rancho California (Por Favor)

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Quinta-feira passada eu caí de pára-quedas numa sala de Cultural Studies, na UCDavis onde um professor de Filme e Televisão da UCLA estava mostrando seu documentário entitulado Rancho California (Por Favor). A sala estava lotada de intelectuais e eu sentei quietinha lá num cantinho e quis ver o que iria ser mostrado e discutido.
Cada vez mais eu acho que sou uma alienada, pois levei um choque com o que vi. Só durante o debate é que compreendi que minha reação foi normal e similar a de muitas outras pessoas. Foi difícil de acreditar que aquilo que eu via na tela fosse uma realidade no estado mais rico dos EUA, a quinta maior economia do mundo.
Rancho California (Por Favor) foi o resultado de cinco anos de filmagens e trabalhos comunitários com os migrantes indígenas no sul da Califórnia [San Diego – Rancho de Los Diablos, Kelly Camp, Porteville, McGonigle Canyon e Loma Bonita].
Esses índios vivem em total pobreza, em favelas sem água potável nem esgoto, escondidos nas florestas dos morros da região. Trabalham na agricultura, num regime de total exploração – que me lembrou cenas do filme brasileiro Gaijin , dos filmes sobre os negros americanos e os sobre a grande depressão. É tão chocante, que muita gente não acredita e chama o professor John T. Caldwell de mentiroso. Ele costumava ir com seus filhos ou alunos nos campos e filmar e fotografar para provar que as favelas realmente existiam, que não eram montadas somente para as filmagens.
Muitos desses indígenas nem falam o espanhol, o que os coloca numa situação mais grave ainda. Se eles dão o azar de ir parar na cadeia, por não terem um documento ou estarem vagando pelas ruas, ficam lá mofando, porque ninguém entende o que eles falam e não acham um tradutor para ajudar, pois não sabem nem que língua é aquela [que é na verdade um dialeto].
O documentário é para ser um soco no estômago. Coloca legendas acadêmicas que são a abstração da realidade grotesca que vemos em imagens na tela. Caldwell tem participado de inúmeros festivais e abocanhou um prêmio num deles. Nos disse que a HBO se interessou pelo filme, mas quer que ele edite as legendas. Realmente, para o público comum, fora do ambiente intelectual das universidades, a irônia dos títulos e sub-títulos é um pouco demais. Para passar na tevê, só as imagens bastam…..
Rancho California (Por Favor) é um filme chocante! Migrantes indígenas sendo explorados da maneira mais primitiva, no centro de uma área extremamente rica e desenvolvida. Eles são chamados de ‘população invisível’, pois estão lá, mas ninguém parece ver. Uma das favelas fica ao lado de um parque infantil chamado Legoland…. É irônico, absurdo e inacreditável.

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o passado não condena