I see jack rabbits
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Igualzinho nos desenhos animados. Eles puxam as cenouras da horta e se escondem no buraco. São pragas. Como todo gato em desenho é vilão, todo coelho é praga!
Igualzinho nos desenhos animados. Eles puxam as cenouras da horta e se escondem no buraco. São pragas. Como todo gato em desenho é vilão, todo coelho é praga!
Parece que a gente só escuta o que realmente quer ouvir. O dramalhão do meu dedão cortado me deixou meio atordoada mesmo, porque eu posso jurar que ouvi o médico dizer que os pontos iriam se desmanchar em dez dias. Como eles continuavam firmes e fortes – três fiozinhos transparentes parecendo fios de capim plantados na minha carne – depois de quase um mês, eu resolvi ligar no médico e perguntar. Quando eu descrevi o tipo de corte a enfremeira disse que em superfícies como as de um dedo, os pontos geralmente não são do tipo que vão ser absorvidos [melt in]. Depois deu uma risada e falou “honey… next time you know better…”. Me senti uma ANTA! Fui tirar os pontos hoje. O médico disse que está cicatrizando bem, apesar de estar vermelho e inchado. Perguntei por que eu sinto uma formigação, como se a área estivesse anestesiada, na parte de cima do dedo e ele respondeu que com certeza eu cortei um nervo e posso não sentir essa parte do dedo nunca mais. As simple as that! Bom, pelo menos agora eu posso até pensar em roer a unha até o toco e ainda despelar toda a pele do dedo, nos meus ataques de ansiedade, que vai ser completamente indolor. Não é uma sorte??
Recebi um pacote da Carla na terça-feira. Uma surpresona! Dentro duas fitas de vídeo contendo seis episódios da série Os Normais. Eu ADOREI! Eu não conhecia esse programa com a Fernanda Torres e o Luis Fernando Guimarães. Passei a tarde vendo tv e rindo [que luxo!]. Adorei o texto [da Fer Young e seu husband – essas Fernandas são mesmo uma coisaaaa de lokooo!!]. Vi tanta gente que eu conheço refletida naqueles personagens. Se fizessem uma série como essa aqui nos EUA iria ser super interessante, porque a variedade de gente ‘normal’ por essas terras é muito, mas muito mais ampla!!! Ha Ha! Carlita, você me deu um presente delicioso! Thanks a Bunch!!
Uma semana sem escrever pra uma junky como eu é um tempão! E com tanta coisa acontecendo por aqui, eu perdi o fio da meada dos assuntos. Vou tentar dar uma costurada:
* Ursão e eu fomos à uma Job Fair. Meu resumé foi analisado e considerado muito bom [bem escrito];
* Paulo, Mami e Paula vieram de LA para o final de semana;
* Comemoramos os VINTE ANOS do Gabriel no sábado, com uma festa super gostosa na casa dele. Mami, Reidun, Paulo, Paula, Ursão, Justin, Mari e eu de convidados! A Marianne fez um bolo de chocolate simplesmente divino! Não acendemos a velinha [um toco de vela roxa] porque não tinha como – eles não tinham acendedor nenhum na casa e o fogão é elétrico]. Eu tirei fotos comuns e assim que revelar minha família [viu, Le?] vai receber cópias. Pra quem esqueceu de dar parabéns pra ele, ainda dá tempo de se redimir, tá?
* Compramos um carro novo!! [breathless……………..!]
Estou demorando pra reiniciar meus escritos, mas é que eu tô cheia de dedos, com medo de fazer coisas por aqui, desde a última ‘tragédia’… Que trauma! Não vou perder o meu e o seu tempo contando tudo o que aconteceu, também porque eu teria que escrever uns palavrões e xingar uns e outros [meu web host, claro!] e eu não estou afim de reviver o estresse. Se bem que eu não estressei tanto quanto pensava que estressaria enquanto enfrentava aquela situação caótica. Simplesmente deu vontade de me soltar no fluxo dos acontecimentos e deixar tudo ir embora com a correnteza. Mas eu resolvi pescar e remontar tudo, porque eu sou pentelha. E aqui estou de volta! Pra quem está pensando que o Gabriel teve algo a ver com toda essa confusão, preciso esclarecer: Não teve não, viu?? !! Muito pelo contrário! É graças ao meu filho, que me deu uma ajudona, que eu estou aqui escrevendo outra vez!!!
Uma gripe me pegou. Ontem eu dormi sentada, aqui na cama do loft. Eu não tinha Vick Vaporube….
Estou com um sentimento de que alguém está mentindo pra mim. Eu já passei por essa situação outras vezes e a sensação é estranhíssima. A pessoa diz que isso e aquilo, mas você vê ou fica sabendo de outra história. Como uma vez, uma fulana me disse ao telefone que estava sumida porque estava trabalhando tanto, que mal tinha tempo de nada. Nem ao cinema ela ia mais, fazia meses. Eu ouvi isso com um aperto no coração porque eu estava sabendo que ela e outras conhecidas tinham o ‘dia de ir ao cinema’ toda quinta-feira e eu ficava sabendo até que filme elas tinham ido assistir… Pra que mentir, não?
Amanhã eu e o Ursão vamos à uma Job Fair em Sacramento! Eu vou levar meu resumé pra ver se estou fazendo tudo certo. Eu estava começando a achar que o problema era comigo, mas sábado conversei com uma pessoa que me disse que é assim mesmo: as empresas não respondem, a UCDavis é uma panelinha e eu preciso ser mais agressiva. E escrever uma cover letter, mesmo que o anúncio não peça uma. Eu vou começar a mexer os pauzinhos hoje mesmo.
Uma coisa boa é a sensação de ‘renovação’ que eu estou sentindo. Estou trocando as coisas velhas por novas e quero que isso se estenda das pequenas às grandes coisas na minha vida!
Saímos finalmente do jejum de cinema e fomos ver Changing Lanes, com o Samuel L. Jackson e o Ben Affleck [e Toni Collette, William Hurt e Sydney Pollack]. Eu gostei muito!
O bananinha do Affleck é um advogado de uma firma famosa em Wall Street, que bate no carro do atendente de uma empresa de seguros [Jackson] numa freeway em New York. A culpa é do Affleck, mas ele está com pressa para chegar numa audiência e deixa o Jackson na mão, sem carro, sem nada, no meio da rua. Por causa dessa atitude egoísta e impensada, ele e o outro têm a vida toda desarranjada. O advogado deixa cair no local do acidente uma pasta com um documento importantissímo e o outro perde uma audiência com a ex-esposa na vara de família, onde eles iriam decidir a guarda partilhada dos filhos. Daí em diante a vida dos dois vai rolando pro buraco e eles travam uma pequena guerra pessoal, com resultados desastrosos.
O filme é todo diferente, com muitos closes e takes inusitados e não cansou nem por um minuto. Foi gostoso de ver. Valeu a matineé!
Eu chorei de saudades da Eli.
A gente se esticava como lagartixas na grama da Rec Pool e conversávamos sobre nós, nossos filhos, nossos maridos, nossas vidas.
Eu nunca fiquei sabendo que carro a Eli tinha na Noruega, nem como era o apartamento dela, nem que tipo de móveis ela tinha. Eu só fiquei sabendo como ela era e de como erámos alma-gêmeas separadas por um oceano.
Eu chorei de saudades dela, porque estou exausta de ouvir papo de gente que só fala de coisas materiais. Que só falam de possessões de casas e apartamentos, carros, geladeiras e fogões modernos, amigos importantes, status….
Eu quero falar e ouvir um pouco sobre livros, música, gente realmente interessante, paisagens bonitas, vida.