pavona

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Hoje é um dia incomum, com pequenos posts e links…….
Escrevi a noite toda em sonhos e não consigo lembrar de nada [estranho]. Ontem não consegui encontrar meu relógio de pulso no meio da bagunça do meu desk. Hoje abri a agenda e vi uma estrelinha dourada colada na página da terça-feira [o melhor dia da semana, segundo a Cabala e a minha amiga Gildoca]. Lá diz, October, 2001, Tuesday, 16, National Boss Day [US] e a estrela dourada….. Boiei total.
Essas pernas com as botas hippies fazendo passinhos de square dance são minhas! 🙂 Já ouvi um monte de comentários desaforentos por causa das botas, da saia, das meias, das fotos…. Mas eu não me importo! Quando eu acho uma coisa engraçada, eu vou em frente, mesmo correndo o risco de virar palhaça de circo! Uma vez alguém me falou ‘como você pode se considerar uma pessoa discreta, usando esse broche de pavão?!’. É, fica difícil mesmo………!!!
Queria tanto lembrar tudo o que eu escrevi durante a noite…….

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Sticky Fingers

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Sticky Fingers é uma banda com cinco músicos, três deles a cara do Keith Richards….. Realmente assustador!!!!!! [eles fazem cover dos Rolling Stones, nem precisa dizer, né?]

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right here, folks!

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Sunny and warm – Hi 91° F/32° C
Senhoras e senhores! Procurando fatos ordinários sobre o dia-a-dia de uma pessoa terrivelmente comum, vivendo no norte da Califórnia? É aqui mesmo!
Quinta-feira foi o dia que eu senti medo. Uma sensação de que algo vai acontecer, um pessimismo, um véu negro transparente cobrindo a visão, um nó nas tripas, angustia, paranóia. Pra completar o cenário, uma ventania barulhenta ajudou a desordenar os pensamentos e emaranhar os sentimentos. Foi ruim. Mas passou.
Ontem fomos ao Festival do Salmão no Natoma Lake. Um evento popular – onde se vê o povo – sem conotações intelectuais. Muita gente, muitas crianças. Shows de música, comida, famílias devorando pratos de salmão na brasa, com coleslaw e milho cozido. A hatchery estava aberta ao público, então pudemos ver a criação de salmões. Desde peixes pequenos, até os gigantescos. A instalação fica na beira de uma represa. No caminho de ida e volta, fui reparando [porque tava difícil não reparar..] na quantidade de bandeiras dos EUA nos carros. Em cada cinco carros, pelo menos três ostentavam bandeiras: em adesivo, de pano ou pintadas nas janelas com tinta guache. No festival eu também reparei inúmeras camisetas com a bandeira, ou roupas com as cores vermelho/azul/branco, bandanas com motivos cívicos, pinturas no corpo. A quantidade de motivos patrióticos exibidos estava batendo os normalmente vistos no 4th of July…
Um duo tocava violão e cantava, numa tenda agradável na beira do lago. Ouvimos uns acordes familiares enquanto a cantora pronunciava as palavras de ‘Manhã de Carnaval’ com um sotaque tão horrível, que tava na cara que ela era uma americana que apenas decorou as palavras em português. Mas depois ela cantou alguns números de jazz em inglês e estava bem melhor. Agradeceu a nossa participação na apresentação de ‘Jazz & Samba’ deles……. SAMBA???
Na hatchery também havia um palco, onde vimos passar uma banda mexicana, outra japonesa de tambores e quando já estávamos indo embora, paramos porque uma banda negra tocava um funk contagiante e ficamos ouvindo e dançando com a cabeça e pés – i live in americaaaa!

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books

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Bright and sunny – Hi 91° F/32° C
Ontem me deu um ‘cinco minutos’ e eu fiz o que já deveria ter feito há meses: cancelei meu membership no 24 hour Fitness! Maigudiness! Desde maio pagando sem freqüentar! Que BURRICE! Pior é que o mês vence dia 10, então eu tinha acabado de pagar outubro/novembro….. Então ainda posso ir lá fazer ginástica, se quiser, até o dia 10 de novembro. Mas alguém acredita que eu vou??? Eu sou um caso de sedentarismo crônico, sem possibilidades de recuperação….. não tem jeito!
Também me deu uma vontade de passar na biblioteca pública e quando cheguei lá vi que eles estavam tendo uma booksale. Não tinha nem lugar pra estacionar!! Que sorte! Fui dar uma olhada nos livros. Esse povo lê pra caramba e não guarda os livros, então fica aquela reciclagem. Essas booksales são interessantes, porque você encontra de tudo! E por 50 centavos a unidade!! Eu olhei rapidamente e achei duas preciosidades na parte de livros de culinária [eu tenho uma fraqueza por receitas e livros de receitas, apesar de nunca usa-los para cozinhar!]. Um deles, de receitas naturebas, publicado por uma pequena editora em Concord [aqui pertinho] e impresso em papel grosseiro reciclado, com ilustrações interessantes. A edição é de 1972 e tem uma dedicatória, escrita em letrinha miúda “Happy ‘16th’, Susan! From Mom, 1975”. Que fofinho! A mãe deu um livro de receitas naturebas pra filha de 16 anos, que obviamente não apreciou o presente, porque o livro estava à venda. Eu comprei!! O legal dos livros usados é a história que eles contém. Eu fico sempre pensando quanto tempo esse livro ficou com o dono original, porque foi colocado à venda [será que a Susan, que hoje teria 41 anos, morreu??], quantas pessoas já compraram e passaram pra frente. Quantos aproveitaram as receitas e realmente usaram o livro. É pra se deixar perder em pensamentos emaranhados!
O outro livro eu NUNCA vou usar, mas eu tinha que comprar! É um manual para cozinhar ‘out-of-doors’, publicado em 1960 pelo Girl Scouts of the USA. É o manual do escoteiro, versão feminina! Elas ensinam a preparar uma refeição em qualquer tipo de situação – com panela, na fogueira, usando latas ou os raios de sol….. um verdadeiro manual de sobrevivência!!! Nunca se sabe quando vamos precisar cozinhar batatas e outras raízes num espeto de pau, no meio da floresta, né?

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searching for…….

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De vez em quando eu tenho que fazer isso, porque é muito engraçado!! A lista do Webtrends deste blog com as frases dos mecanismos de busca [Google, Yahoo, Terra/ZAZ, Miner, Todobr, Lycos , All The Web]. Eu queria saber o que essa tal de S-a-n-d-y tem, que trocentos mil weirdos procuram por fotos dela p-e-l-a-d-a!! E vejam de quantas maneiras diferentes eles digitam o pedido…. Não encontraram ninguém p-e-l-a-d-a por aqui, com certeza!! Essa é a lista dessa semana! Enjoy it!
s-a-n-d-y p-e-l-a-d-a [*]
laundry pile
foto da s-a-n-d-y p-e-l-a-d-a [*]
blurbs
burrito pics
rubin carter
s-a-n-d-y fotos p-e-l-a-d-a [*]
hippie
jeniffer conelly
hurricane carter
s-a-n-d-y p-e-l-a-d-a fotos [*]
all that matters is to be at one with the living god
p/o/p/o/z/u/d/as brasileiras
brincadeiras para chá de panela
vik muniz pics
filme entrada pés caminhando
washing laundry
fotos de lombrigas [argh!!!]
sylvester stallone sem roupas
macdonalds burguer
s-a-n-d-y p-e-l-a-d-a [*]
labor day
n/u/d/i/s/m/o fotos
rubin carter
fotos s-a-n-d-y p-e-l-a-d-a [*]
tatuagem britney spears
bebida energizante red bull
woman on top
sonia braga nude
foto s-a-n-d-y p-e-l-a-d-a [*]
gata marombeira
rubin hurricane carter
imagens palestinos comemorando
hot sexo women fotos
receita de salmao
chuck palahniuk survivor
misty
sunny fotos
spongebob squarepants
boobs
cassia eller
neil young
n/u/d/i/s/m/o
fotos de mulheres no n/u/d/i/s/m/o
peitos fotos
demonio
go go dolls
rubin carter
pablo nerruda
bloggies
teena brandon
john steinbeck
outside providence
cocota 10
jazz guitarrista
fotos clonagem
stephen king
sexy cheerleaders
history cats
iahoo [?]
demonio

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the show

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Quando eu tinha uns 16 anos, eu ganhei do meu pai o disco Hard Rain, gravado ao vivo num show do Bob Dylan. Eu ouvi aquele disco, como os outros tantos que eu tinha dele, até não poder mais. Eu tenho vários discos favoritos do Dylan, cada um por um motivo específico. Hard Rain é um dos mais querido porque nele eu ouvia a platéia vibrar com ele e me transportava de olhos fechados para o show, sonhando que um dia eu estaria lá também, de verdade. Esse sonho já se realizou duas vezes. Em 1999, na tour Time out of Mind e ontem, num show perfeito e precioso, num teatro lindo, cheio de história.
Tempos de guerra, ouvindo Dylan cantar Masters of Wars. Fiquei até na dúvida se não tinha embarcado numa viagem no tempo. Mas o cabelo desgrenhado grisalho e a cara do senhor de sessenta anos me certificaram que estou mesmo no século vinte e um. Ele, o mestre trovador, é que nunca sai de moda, nunca perde a força de sua música e sua poesia.
Chegamos no Memorial Auditorium em Downtown, Sacramento às 7pm e as portas do teatro tinham acabado de abrir. A fila estava quilométrica. Eu fui correndo pegar nossos tickets no will call e tive que caminhar três quarteirões e atravessar a rua duas vezes para chegar no final da fila. Gente de todas as idades andava pra frente e eu andava pra trás, e olhava pra cara das pessoas, todas elas estampando um sorrisão no rosto e uma atitude de excitação. Eu também estava assim. O rádio já tinha anunciado que ‘sorte de quem tinha um ingresso, porque esse seria um grande show’.
Na porta do teatro guardas faziam revistas em todas as pessoas entrando, como em estádio de futebol, mas isso não parecia estar incomodando ninguém. Lá dentro nós poderíamos sentar onde quiséssemos. Podíamos ficar de pé na frente do palco também. Resolvemos sentar no primeiro balcão, ao lado do palco. Estávamos tão perto de onde Dylan iria estar…. Sorriamos uns pros outros. Nunca vi tanta gente tão feliz reunida!
Às 7:30pm em ponto uma música dramática anunciou a entrada da banda no palco. Apagaram-se as luzes e já pudemos ver a figura pequena e grisalha entrando junto com a banda, sem a menor cerimônia, sem ser introduzido, sem pedir aplausos, sem absolutamente nada, porque isso tudo não combina com a sua personalidade blasé. Pequeno, magro e com aquele cabelo desgrenhado marca registrada, botas de cowboy pontudas de duas cores, um terno cinza com fios negros nas laterais das pernas e um desenho rococó nas costas do paletó comprido. A banda toda vestia terninhos de cowboy, como Dylan e era a mesma do show de 99, quando ele dividiu o palco do Arco Arena com o Paul Simon [que perda de tempo, ficar ouvindo aquele cara!]. Guitarras acústicas, guitarras elétricas [que eram trocadas a cada dois números], baixo, bateria, um bandolim, e um violoncelo – além da tradicional gaita, que foi soprada por Dylan em duas músicas.
O show começou com as tradicionais Wait For The Light To Shine e Song to Woody. A banda que acompanha Bob Dylan é jovem e cheia de energia. Está com ele na atitude blasé também. Não fazem peripécias no palco, mal saem do lugar. Tocam e cantam formando um conjunto equilibrado. O show foi perfeito. Dylan misturou músicas do seu novo disco Love and Theft com clássicos que todo mundo cantou junto. Ele tocou Things Have Changed, a música que lhe deu um Oscar, e Love Sick, de Time out of Mind. Das clássicas, com mudanças na maneira de interpreta-las como Dylan sempre faz, ouvimos I Want You, Masters of War, Boots of Spanish Leather, Don’t Think Twice, It’s All Right [ a simanca-desgruda-sitoca- baby, que Dylan fez pra Joan Baez], Highway 61 [que fez o teatro vibrar] e Leopard-Skin Pill-Box. No encore, que incluiu cinco músicas, Dylan lascou Like a Rolling Stone [com as luzes na platéia] e, of couse, Blowin’in the Wind, que foi cantada como um hino. Os números de Love and Theft estavam deliciosos, como o disco, que é realmente uma preciosidade. Um cara como ele, que já fez o que ele fez, passou por tantas décadas, passando todo tipo de mensagens, chega aos sessenta anos beirando a perfeição [eu nunca duvidei que ele já era perfeito, desde quando tinha aquela cara bochechuda e atitude temperamental].
Dylan parecia estar de bom-humor e presenteou a platéia com inúmeros sorrisos cheios de dentes. Bom, eu acho que os sorrisos eram para nós. Mas podiam ser só sorrisos de auto-satisfação e prazer. Dylan toca como se ali não estivesse viva alma. Toca suas guitarras meio de lado, mexe as pernas, dobrando os joelhos e pisando na bitoca de cigarro imaginária no chão. É uma dança. Dylan dança, sorri e no final do encore se curva e chega até a beira do palco, faz umas caras e mostra os dentes, como que dizendo obrigado. Ele é adorado, mesmo sendo essa figura esquisita. Eu prefiro que ele seja assim!
Saímos do teatro com cara de bestas. No rádio, um especial sobre Bob Dylan. Ouvindo e falando sobre ele, em tempos de guerra, com o refrão ecoando na nossa cabeça, que dizia “Come mothers and fathers throughout the land and don’t criticize what you can’t understand your sons and your daughters are beyond your command your old road is rapidly agin’. please get out of the new one if you can’t lend your hand for the times they are a-changin’.”

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thst’s god’s words

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Partly sunny – Hi 84° F/28° C
É HOJE!!!!
7:30 pm no Memorial Auditorium
em Sacramento.
While preachers preach of evil fates
Teachers teach that knowledge waits
Can lead to hundred-dollar plates
Goodness hides behind its gates
But even the president of the United States
Sometimes must have
To stand naked.
An’ though the rules of the road have been lodged It’s only people’s games that you got to dodge And it’s alright, Ma, I can make it.
A letra inteira de It’s Alright, Ma [I’m Only Bleeding] – música de 1965, que poderia ter sido escrita ontem.

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pessoas……

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Ventania – Hi 82° F/27° C
Tudo vira mercadoria……. Agora o comércio é de templates para weblogs !
Eu tive uma noite de sonhos estranhos. Num deles, minha amiga grávida estava em trabalho de parto e o marido a estava levando para o hospital. Hoje de manhã recebo a notícia que ela teve mesmo o bebê! Será que sou uma ‘vidente’ e não saquei ainda? 😉 Mas que notícia boa! Uma linda menina, para trazer muita alegria para essa família!!!
Tive esse desfile de amigos e amigas que passaram pela minha vida, pipocando na minha mente por um longo tempo. Quanta gente passou, marcou, fez uma diferença e desapareceu. Muitas vezes eu queria poder reencontrar pessoas, que não sei nem como retomar contato. Tantos amigos perdidos pelo mundo.
Por outro lado, com a popularização da Internet, multiplicou-se por mil a quantidade de gente entrando e saindo da sua vida, sem deixar impressão nenhuma. É a banalização das relações sociais. Num minuto todos são amigos, no outro todos já se esqueceram. Se você freqüenta um grupo, tem par pra dançar com você. No momento que você deixa de participar de um grupo, fecham-se as portas, de uma maneira seca e fria. Tudo é imediato e depende de você estar ativamente presente. Parece que na Internet ninguém tem ‘long term memory’…… Outro dia, procurando um password de uma conta na Geocities, achei um caderninho com toneladas de e-mails de pessoas que eu conheci em salas de chat. Além de eu não ter contato com mais nenhum deles, a maioria eu nem lembrava quem eles eram, o que faziam, onde moravam, que apito tocavam…… é muito estranho.
O senhor Misty Gray está aqui do meu lado, com uma cara de coitado que eu não to agüentando nem olhar…… Melhor eu descer e dar comida pra esse morto de fome!!!!

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rádio e tv

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Sunshine; pleasant – Hi 78° F/25° C
Nada na minha mailbox real…….
Dreadful feeling.
Acordei às seis da manhã e um pensamento estúpido não me deixou voltar a dormir. Pensei que só falta acontecer um terremoto. Fiz uma nota mental de que preciso preparar uma ficha de emergência, com os telefones de todo mundo, do Ursão, do Gabriel, do Paulo, Iri, escolas da Júlia e Paula….. E um esquema básico. Parece coisa de gente exagerada, mas não custa nada se preparar. Mas vê se pode perder minutos de sono com isso??
Ouça notícias pelo Rádio.
A c-span é uma outra boa opção para notícias. Eles têm tv e rádio. Nós temos assistido as retransmissões da CBC News – o jornal nacional da rede estatal de tv do Canadá. Eu gosto da maneira com que a CBC apresenta e analisa as notícias. Gosto do anchorman careca, Peter Mansbridge, e gosto de ver notícias sob uma outra perspectiva. A canadense sempre me pareceu bem equilibrada.

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o passado não condena