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Acordei cansada e confusa e ainda não sei que dia é hoje. É quarta? É quinta?
Está parecendo segunda-feira…… E eu vou escrever sobre o quê? Filmes, tv, bobeiras filosóficas [nesse item eu sou fraca], a gata que entrou em outra casa de vizinho, os fireworks que vimos da janela do loft, o milho que o Ursão plantou que tá crescendo, os tomates frescos que vieram do campo do Toni e que eu fiz salada com vinagre balsâmico, o dilema de ir ou não ir pra Los Angeles, por que faz dias que eu quero ligar pros meus pais e não ligo, a saudades que eu já sinto da amiga que ainda não partiu, o calor que melhorou, as folhas de outono que eu quero fotografar, do medo, das contas pagas e dos cartões de crédito, por que eu não planejo o futuro, livros, música, links interessantes, blogueiros que escreveram isso ou aquilo, o ronco do estomago avisando que é hora de comer, cotidianidades, ou o quê?
Eu comentei com o Binho sobre o fato intrigante dos restaurantes chineses aqui nos EUA não oferecerem sobremesa no cardápio [pelo menos os que eu freqüento não têm]. E lembrei daquelas bananas carameladas que eu devorava nos chineses brazucas! Pois ontem nós estreamos num restaurante tailandês que já foi altamente recomendado, mas nós nunca lembrávamos de ir. Fica no basement de um pequeno shopping aberto em downtown. No Canadá nós éramos assíduos de um vietnamita e quando abriu um tailandês na esquina de casa, nós fomos lá com uma amiga fanática pela cozinha thai umas três vezes. Mas em nenhuma vez eu lembro de ter comido a tal banana. Desta vez eu vi no cardápio: fried banana e coconut ice cream. Resolvi tentar a banana e não é que era quase a mesma coisa da banana caramelada que eu tanto amava? Só que essa banana tailandesa é frita numa massinha, sem o caramelo. Mas tava boa!!! A comida também estava ótima. O perigo são as pimentas, mas nós tivemos sorte [pedimos tudo ‘mild’’!!].
Fizemos um pequeno passeio pelo campo experimental da UCDavis , onde o Ursão testa uns projetos. Ele quis me mostrar onde era o lugar, porque eu nunca sei onde ele está quando me diz que está no campo da Hutchinson. E também eu queria ir pegar uns figos, numa árvore lá no meio de uma das estações, que ninguém nem sabe que existe. Os figos são deliciosos e ficam lá apodrecendo se a gente não for colher. Os figos ainda estavam verdes. Fomos olhar a plantação de milho, que estava atrás das uvas e lá eu senti uma paz inexplicável. Caminhamos um pouco pelo campo, às nove horas da noite, com o sol ainda se pondo. O Ursão TEVE que descer do carro e ir olhar o milho. Eu não vi nada de especial ali, mas ele me explicou que o milho foi plantado em solos tratados de maneiras diferentes. O negócio não é bem o milho, mas sim o solo. Não sei porque eu reclamo tanto do verão, porque é nessa época que eu me divirto com os tomates fresquinhos, os figos docinhos, e este ano terei também pistachios! Se eu soubesse como processar as azeitonas, poderia aproveitar também as inúmeras oliveiras que estão por todo canto, lotadas de azeitonas roxas-carnudas. Alguém aí tem uma receita? 😉