Paul em Sac

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Encontrei com a Fran na rua e ela rápidamente me contou que foi ao Show do Paul McCartney em Sacramento, na terca-feira. Segundo ela foi uma super produção com três horas de duração. Eu comentei que pelo menos ele fez valer os precinhos extremamente salgados dos ingressos. Ela contou que uma trupe vestida à carater, com roupas de época, desceu pela platéia e entrou no palco. Paul cantou todos os sucessos memoráveis dos Beatles e do Wings. Pra quem gosta foi um prato cheio. Eu sou mais pagar baratinho e dançar com o Dylan. Mas invejo a Fran, que vai ver os Rolling Stones dia 9 de novembro em San Francisco. Se eu fosse ganhar o ingresso e tivesse que escolher entre Paul McCartney e Rolling Stones, nem iria piscar – iria de Stones!

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lembra?

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Eu morei na Rua 24 de Outubro. Por causa disso lembro que aprendi o que foi esse dia na História do Brasil, mas já esqueci! Eu morei na Rua 15 de Novembro também, mas a Rua 24 de Outubro tinha mais significado pra mim, pois era o dia seguinte do aniversário do meu pai.
Outra lembrança é a desse carro da foto com o meu pai. Eu era muito pequena, mas lembro de estar no banco de trás, com um casal de amigos dos meus pais e o filho deles da minha idade, e minha mãe [grávida] no banco da frente. E o carro capotou…. Meu pai que conta – espero estar recontando certo – que estávamos indo à um daqueles churrascos típicos de Itararé, numa fazenda, por uma estradinha de terra. Eu lembro do carro tombado e eu lá dentro, de pernas pra cima. Lembro de me tirarem pela janela e da minha mãe ter que me levar no matinho, porque me deu uma dor de barriga…. Ha Ha! Até hoje eu sou assim: qualquer estresse e eu preciso fazer coco!! Ha Ha! Em 87 eu tive um acidente de carro, que foi minha culpa. O Gabriel estava dentro do carro. Foi uma história digna de uma novela mexicana, nem gosto de relembrar. Mas enquanto esperávamos a polícia para fazer a ocorrência, eu tive que pedir pra usar o banheiro de uma casa, em frente do acidente, pois o nervoso todo me deu dor de barriga ……
Hoje eu sonhei que relembrava uma festa, onde algo não muito bom aconteceu no final [tipo todo mundo bebeu muito e deu confusão]. No sonho era tudo muito real, mas eu acordei e tive que pensar e repensar pra ter certeza que o que eu sonhei era só sonho e não tinha realmente acontecido. Muitas vezes eu tenho essa sensação de que um sonho foi real e leva um tempo até eu confirmar que não era. É a tal estória do monge que sonhou que era uma borboleta e quando acordou não sabia se era um monge sonhando que era uma borboleta ou uma borboleta sonhando que era um monge sonhando que era uma borboleta….
UF!!

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Hoje é dia de festa!

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Feliz aniversário, papi!!!!!!!
papi e fer
[ Papai, Fer & o FORDão 46 – 1963 ]

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Junkie

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Eu tenho uma personalidade obsessiva. Tudo o que eu faço tem que ter uma dedicação passional e tem que ser em excesso. Por isso eu nunca me arrisquei fumar, beber ou me drogar, porque sei que se eu começar vou acabar no fundo do buraco. Uma junkie. Talvez seja por isso que eu tenha tanta simpatia por pessoas que se dedicam de corpo e alma a uma atividade compulsiva.
Se alguém puder passar um dia comigo e observar como eu escuto música, por exemplo, vai sacar o lance da obsessão rapidinho. Mas me acompanhar não será uma tarefa muito agradável. Se eu estou ouvindo um determinado CD, eu vou rodar o tal pelo menos umas quarenta vezes seguidas….. E tenho que ouvir com o volume bem alto. E fico dias ouvindo aquilo. Se mudo pra rádio, vai ser numa determinada estação, que toca um determinado estilo. A quebra da rotina vai ser sempre brusca. E posso ficar anos sem escutar aquele CD que eu ouvi neuróticamente por dias e dias [ou meses e meses].
O mesmo acontece com livros e filmes. Se eu gosto de um autor tenho que ler TUDO o que ele escreveu. Se eu gosto de um ator, vou procurar TODOS os filmes que ele fez. Vou passar horas lendo e pesquisando…. E vou comprar tudo que puder achar [e meu budget permitir].
Hoje estou ouvindo obsessivamente o mesmo CD de ontem. Vamos ver quanto tempo vai durar essa onda. Eu nem ouso convidar ninguém pra me acompanhar nessa viagem….. Seria injusto!

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outra vez

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Não sei o que eu faço mais com essa Pac Bell….. vira e mexe dá pepino com o meu e-mail. Toda vez eu reclamo e recebo um pedido de desculpas padrão. Mas minhas mensagens ficam sumidas…. Tô louca da cara!!
Sumiram mensagens domingo. Sumiram outras hoje. Alías, hoje não chegou nada no fezoca@pacbell.net. Se alguém me mandou alguma coisa, melhor reenviar. Pior é que eu estou sempre na espera de mensagens de trabalho. O que eu faço? Mudo de e-mail? Vou lá na Pac Bell tacar pedras nas janelas? Tenho um major nervous breakdown???? Argh!!!!!

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A história de Clara Crocodilo

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Nome: Durango . Profissão: Office-boy
Trabalhava que nem um desgraçado a semana inteira. No sábado, porém, estava duro. Era sábado e ele ali, sozinho sem nem um tostão. Pensava naquela vedete morena que tirava a roupa no Áurea Strip Show. Pensava nela dançando coquette discoteque. Ele estava duro e resolveu ligar a TV, a TV ,a TV, a TV. Ele viu uma chacrete linda mascando chiclete, olhando pra ele, sorrindo, sorrindo. Primeiro erro: ligar a TV. Segundo erro: prestar atenção na imagem que estava sendo transmitida. Não podia ser! Aquela era Perpétua, sua antiga namoradinha. Mas ela era apenas… ela era apenas…Ela era caixa num supermercado. Todo dia ela só, só apertava os botões e aquelas máquinas cantavam.
Mas agora ela é uma estrela famosa. Se você quiser possuí-la novamente você precisa arranjar muito dinheiro, Durango, como era mesmo aquele anúncio no jornal? Procura-se rapaz para testar um novo produto. Paga-se bem.
Ele então saiu pra procurar sozinho o tal endereço e deu numa casa escura, sombria, que até dava medo mas ele entrou. Uma enfermeira bonita, gostosa falou assim pra ele: “Venha aqui, querido que eu vou te dar uma injeção especial, você vai flutuar”.
E ele flutuou. Sim… flutuou pra longe dali, envolvido numa sensação deliciosa. Mas, o que ele não sabia, é que estava sendo transformado num terrível monstro mutante, meio homem, meio réptil, vítima de um poderoso laboratório multinacional que não hesitou em arruinar sua vida para conseguir seus maléficos intentos. Os cientistas haviam calculado tudo, mas o que eles não sabiam era que aquele ser disforme conservava parte de sua consciência. E logo todo seu poder se transformou em fúria e violência sobre-humana. Os cientistas foram os primeiros a conhecer sua ira. Depois a cidade estremeceria ao ouvir falar em Clara Crocodilo.
….
São Paulo, 31 de dezembro de 1999. Falta pouco, pouco, muito pouco mesmo para o ano 2000 e você, ouvinte incauto, que no aconchego de seu lar, rodeado de seus familiares, desafortunadamente colocou este disco na vitrola, você que, agora, aguarda ansiosamente o espocar da champanha e o retinir das taças, você, inimigo mortal da angústia e do desespero, esteja preparado… o pesadelo começou. Sim, eu sei, você vai dizer que é sua imaginação, que você andou lendo muito gibi ultimamente, mas então por que suas mãos tremeram, tremeram, tremeram tanto, quando você acendeu aquele cigarro… e por que você ficou tão pálido de repente? Será tudo isto fruto da sua imaginação? Não, meu amigo, vá ao banheiro agora, antes que seja tarde demais, porque neste mero disco que você comprou num sebo, esteve aprisionado por mais de 20 anos, o perigoso marginal, o delinqüente, o facínora, o inimigo público número 1, Clara Crocodilo
Quem cala consente, eu não me calo não vou morrer nas mãos de um tira. Quem cala, consente, eu desacato não vou morrer nas mãos de um rato. Não vou ficar mais neste inferno nem vou parar num cemitério. Metralhadora não me atinge não vou ficar mais neste ringue.
Ei, você que está me ouvindo, você acha que vai conseguir me agarrar? Pois então, tome…
Já vi que você é perseverante. Vamos ver se você segura esta…
Meninas, vocês acham que eles querem mais? Querem sim!
Você, que então é tão espertinho, vamos ver se você consegue me seguir neste labirinto.
Clara Crocodilo fugiu. Clara Crocodilo escapuliu. Vê se tem vergonha na cara e ajuda Clara, seu canalha. Olha o holofote no olho, sorte, você não passa de um repolho.
Onde andará Clara Crocodilo? Onde andará? Será que ela está roubando algum supermercado? Será que ela está assaltando algum banco? Será que ela está atrás da porta de seu quarto, aguardando o momento oportuno para assassiná-lo com os seus entes queridos? Ou será que ela está adormecida em sua mente esperando a ocasião propícia para despertar e descer até seu coração… ouvinte meu, meu irmão?
……..
[* Clara Crocodilo e Tubarões Voadores foram vistos circulando incógnitos pelas ruas da pacata Davis, Califórnia. Estão escondidos no muquifo da Fezoca. O FBI e CIA já estão de butuca, mas a responsável por mais essa intriga internacional é a queridona . Feche as janelas Joãozinho ou seremos comidos pelos……………. ]

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pet peeves [revisited]

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[* things that make me go awgh!]
Torneira pingando, barulho de gente mastigando com a boca aberta, gadgets tecnologicas que não funcionam como deveriam, gente que te deixa falando sozinha, papo hipocondríaco, caixa de correio vazia, generalizações, chegar atrasada à lugares, perder coisas, roupa apertada, receber conselhos não requisitados, telefone que toca na hora errada, gritaria, monólogo sem chance de virar diálogo, criança mal educada, bagunça no banheiro, porta de armário e gaveta aberta, tentar falar com o Ursão na UCDavis e não conseguir, viajar longas distâncias de carro, água quente que acaba no meio do banho, copy cats, caixa de leite ou suco vazando, patrulhamento [de qualquer tipo: direita, esquerda. em cima do muro], falta de tempo, papo de dinheiro, spams, ter que esperar…. esperar…. esperar….., sala de cinema lotada, caixa eletrônico que cobra $1,50 para fazer retiradas, ficar com o pé molhado, alça de sacola de supermercado que arrebenta, água quente que acaba no meio do banho, criança dando escândalo dentro de loja, imitonildos que não têm idéias próprias, caixa de e-mail que dá pau toda hora, aquela laranja podre no meio do pacote de oferta fechado, não encontrar lugar pra estacionar, recibo de loja com códigos indecífraveis para descrever as mercadorias, livro de referência que você não pode retirar da biblioteca, caneta que falha no meio da assinatura, qualquer bebida sem gelo, gato que fica no seu pé o tempo todo e mia quando você acidentalmente pisa no rabo dele, acordar às 7am no domingo, perder cds no ‘buraco negro’, esquecer de pagar contas e receber cartas de cobrança, vendedor de loja que fica toda hora te perguntando se você quer ajuda, ouvir briga de vizinhos, mentiras esfarrapadas, faca que não corta, colocar gasolina no carro, caneta falhando, toalha suja de migalhas de pão, gente que não saca que enquanto eles estão indo com o fubá você já está voltando com o bolo

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mutts

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– What’s on my list today?
1. I hate Monday.
2. Complain about it being Monday.
3. Do nothing to make it better.

– I can’t wait to get this day started!

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Gooding

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A primeira banda que tocou era a local Sugar Bones. Um som legal, dançante – funky psychedelic!! Todo mundo na banda era baixinho, como bem notou a Leila! O vocalista, que cantou umas quatro músicas, fez todo mundo dançar com sua verve de hip-hop. Eu gostei.
Mas adorei a banda principal – Gooding , com o tal guitarrista que é realmente um virtuoso. Nos deixou de queixo caído! Eles são um trio [guitarra, bateria e baixo] que cruza o país tocando, mas são originais de Kansas. O baixista – que encarna um Che Guevara look – é californiano de L.A.

gooding

Segundo o Peter, Gooding toca guitarras acústicas com cordas de nylon. Uma delas não tem corpo. Ela fica num tripé e tem uma armação de ferro e a base de madeira que sustenta as cordas. O som que ele tira daquela guitarra [alternando com as outras duas – uma toda ralada, de tão velha] é incrível. Nós comentamos que o cara realmente tem talento, MUITO talento. Ele toca de uma maneira quase enlouquecida, como se estivesse num transe. O baterista e o baixista acompanham tranqüilos. Até o Ursão não parava de dizer ‘uau!’. Ficamos fãs! Eu até assinei a mailing list da banda. Agora não tem mais jeito!!

gooding
[*Gooding: guitarras e vocal; Jesse Reichenberger: bateria; Billy Driver: baixo]

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o passado não condena