many things

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Tive uma manhã corrida no meu plantão de docente na I-House. As horas passaram voando, felizmente! Mesmo assim tive tempo de ler o New York Times, o The California Aggie e adiantar muitas carreiras do meu tricô em preto & branco. Um rapaz da Holanda veio pedir dicas de como comprar um carro. Uma menina chinesa, estudante de PhD em engenharia elétrica, quis associar-se à casa e também preencheu o formulário de voluntariado. Encontrei um dos meus vizinhos, reencontrei uma das senhorinhas com quem conversei no almoço anual dos docentes, troquei idéias sobre tricô com o diretor, Patrick, tirei fotos das folhas. Algumas senhoras visitavam a exposição de quadros, pinturas em aquarela feitas por uma artista local. Transferi ligações, peguei recados, conversei com um monte de gente e vendi seis pacotes de cartões de Natal da Unicef para uma senhora simpática que sentou para conversar comigo sobre política na América Latina e seu calado filho, um monge budista vestido de túnica marrom e laranja.

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no quintal

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guris1.JPG

» abri um livro de receitas que eu não abria há anos e encontrei esta foto marcando uma página. que fofurice! sou eu, com uns cinco anos, já banguela e rindo sem mostrar os dentes [que acabou virando uma caracteristica minha] e meus irmãos, Paulo Eduardo [com a cabeça deitada na mesa] e Carlos Augusto. a Leandra, minha irmã, devia ser um bebê, nem apareceu na foto. eu me lembro dessa mesinha, pintada de azul clarinho, que usávamos pra tudo. neste dia estávamos fazendo algum artesanato. talvez não dê pra ver muito bem, mas eu tenho um curativo, com esparadrapo e gase, num dos pés. eu era a rainha dos acidentes e machucados. ainda sou, né?

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desânimo….

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Tem dias que eu acho que estou perdendo a guerra contra os spammers dos comentários. Eu ganho uma batalha, perco outra. A Blacklist segura bastante, mas não é suficiente. Trocar o nome do comments.cgi resolveu por um tempo, mas alguns robôs spammers já acharam o novo nome. Não é possível fechar os formulários de comentário dos arquivos e fazer à mão [quase 2 mil posts] é tarefa hérculea..não dá. Quero instalar o Scode, pra ver se esse acaba esse inferno de invasão diária. Enquanto não me organizo pra instalar os códigos, me descabelo com as porcarias que invadem diáriamente este singelo blog. Malditos spammers, desejo que todos eles queimem nos fogos do inferno!!!

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zen sunday morning

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» como é bom receber correspondência pelo correio, no papel, com envelope e selo. mas quem quer receber tem que enviar também, né? estou trabalhando nisso.
» it’s panettone time! rejoice!
» estou esperando alguém me mandar notícias. alow, estou vivo! enquanto isso, leio revistas, tricoto echarpes e vejo filmes.
» atenção, a temporada da NBA já está no ar. perigo, will robinson, perigo!
» ainda esperando pelo meu laptop.
» loção hidratante nas mãos nunca é demais. moisturize, moisturize, moisturize!
» bolo de nozes + chá inglês de frutas + amiga + tricô + papo&riso = um final de tarde de sábado muito gostosa.
» levei uma bronca por ser distraída. quem mandou?
» procurando por receitas para um menu indiano.
» relembrando passeios no passado, planejando outros para o futuro.
» gente que acha que tem sempre razão em tudo é um pé no saco. eu não tenho paciência e me aborreço fácil com os argumentos insistentes e verborrágicos. é delete e bye bye.
» você não manda nimim. assinado, o gato.
» domingo é dia de macarronada com frango ou de ir ao restaurante. onde vamos hoje?
» qualquer dia é dia de Urso trabalhar.
» qualquer dia é bom pra escrever qualquer coisa.

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here comes the sun!

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Nada com alguns dias de chuvarada e tempestade para nos fazer apreciar um lindo dia de sol! Ontem eu não tive desculpas, o céu estava azulzinho e eu tive que ir nadar. Quem me lê escrevendo assim pode até pensar que nadar é um sacrifício pra mim, o que é uma idéia totalmente equivocada. Eu AMO nadar e estar na água. O meu problema é a minha persona enroladora, que tem problemas decidindo e fazendo coisas. Pra mim o maior problema é me trocar, entrar no carro e dirigir até a piscina! É realmente o fim da picada…..
Sentamos no loveseat da salinha de tevê e o Uriel desligou a televisão, para podermos conversar. Ele me contou umas histórias e eu contei outras, enquanto costurava uns saquinhos de lavanda [os últimos, finalmente! este ano me atrasei pacas com essa função de verão]. Depois religamos a tevê e vimos parte do filme Chicago. Nós somos mestres em assistir filme começado…. Eu, então, faço isso o tempo todo. Outro dia liguei a tevê e estava passando a cena final de West Side Story, quando Tony morre e Maria chora sobre o corpo do namorado e se revolta contra a violência estúpida das gangues rivais. É uma cena forte e linda, mas eu nem tinha assistido ao resto do filme. Não importa, fui para o banheiro chorando, chorando, só por causa daquela cena. Minha memória cinematográfica tem uma parte que é toda picotada, um patchwork de cenas avulsas, filmes vistos só até a metade ou da metade pro fim.
O sol e o céu azul me chamam. Frio e uma caminhada, pois estou sem carro e se quiser nadar, vou ter que andar [quem manda não ter bicicleta!]. Água fria, aqui vou eu! Tchigunnnnnnnnnntchaaaaaaaaaaaa………………

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Angélique Kidjo

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Entrei na seção da orchestra do teatro e a diva africana Angélique Kidjo estava ensaiando com a banda. Vestida informalmente de calça e camiseta, ela dava ordens e dicas, treinava com a menina do backing vocal e cantou quatro músicas enquanto eu assistia em pé, entre as centenas de cadeiras vazias do Mondavi Center. Me senti privilegiada, pois ganhei um showzinho particular de quatro músicas!
O teatro não lotou, mas pra esse tipo de show um lugar lotado não iria ser legal, pois Angélique fez a platéia dançar. O repertório incluiu ritmos africanos, caribenhos e até rock n’ roll, com uma versão de Voodoo Chili do Jimi Hendrix. Além de cantar e dançar, a diva falou muito [um pouco demais]. Contou da sua infância inocente na Africa e do seu choque quando descobriu que os African Americans tinham sido africanos escravos levados à força para a América. Contou como ela decidiu abandonar a carreira de advogada, depois de estudar na Universidade de Paris, para usar a música como instrumento de união dos povos. Contou também que ficou muda e paralisada quando teve que visitar um orfanato de crianças infectadas com o HIV na Tanzânia como representante da UNICEF. Lá ela não quis cantar nem falar, mas as crianças a requisitaram – “queremos ouvir a sua música e preferimos as dançáveis”. Ela ainda falou de paz, terrorismo, que o mundo precisa se unir, que o amor é mais importante e eteceterá. Quase no final do show, ela desceu para a platéia onde cantou uma música caminhando e abraçando as pessoas e depois trouxe todo mundo com ela para o palco.
Tínhamos sido avisados que ela chamaria a platéia para dançar no palco, então foi montado um esquema. Eu estava na porta que dá entrada à uma das laterais do palco, para ajudar a levar os dançantes para lá. Foi um forfé, pois o Mondavi Center é um teatro razoavelmente careta e tradicional, com lugares marcados e mil e uma regrinhas. Apesar da programação do teatro incluir uma variedade impressionante de artistas de todos os cantos do mundo, o assunto ‘dançar’ ainda é meio tabu por lá, por causa da altura das seções e dos esquemas de segurança. Bom, eu já estava no palco junto com a muvuca, quando recebemos a ordem dada pela house manager para fazermos uma barricada na beirada do palco, para evitar que alguém mais entusiasmado caísse de lá de cima. Que bafão! que mico! Tive que ficar no palco por um tempão, dançando timidamente e morrendo de vergonha de estar lá em cima e ainda mais naquela posição idiota de proteger o público! A sorte é que escapei dos holofotes.
Mas tirando o desconforto de ser um ‘dois de paus’ no palco, enquanto todo mundo suava e se rebolava alegremente, fiquei encantada com Angélique Kidjo, que não só cantou e dançou, como pediu abraços de todo mundo que estava lá com ela. Somente no final, quando ela apresentou a banda, que vi que tinha três brasileiros tocando com ela. Li no programa que ela fez colaborações com o Gilberto Gil, além de outras figuras famosas da música brasileira, norte-americana e mundial. Quando terminou o show eu entendi porque ela é chamada de African Diva. Ela é diva pois é realmente grandiosa!

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é chuva!

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rain, rain, go away
come again some other day
we want to go outside and play
come again some other day

Desde ontem que chove. E é chuva de fazer barulho no telhado. Nada de piscina pra mim, que ainda não assimilei a idéia de que nadar não tem nada a ver com o clima, se está chovendo, nublado, relampejando, o escambau. Ontem, parei no sinal da esquina da 5th com a B street e vi um pedacinho da minha piscina enquanto esperava o sinal abrir. Chovia e eu vi nadadores dando braçadas vigorosas, espirrando água da piscina que se confundia com a água da chuva. Me senti a pessoa mais indisciplinada e enroladora da história da humanidade. Me senti pufa, relaxada, preguiçosa, rainha das desculpinhas, uma sedentária recorrente, uma folgada sem força de vontade.
Hoje continua chovendo e você acha que eu vou nadar?. A culpa já passou, prometi repensar meus valores a admiti que nadar nos dias de sol já é uma grande façanha, uma vitória, uma conquista para mim!
Estamos em casa por causa de outro feriado cívico. É Veteran’s Day. E é também aniversário do meu querido amigo Guto. Se tivéssemos um feriado artistico neste onze de novembro, algo como Pollock’s Day ou Andy Warhol’s Day ou mesmo Woody Allen’s Day, combinaria mais com a personalidade do Guto. Dia do Veterano não tem muito a ver, né? Mas vou fingir que o feriado é em homenagem a ele! [pisc!]
Só pra constar, fui acordada num feriado chuvoso e frio às seis da manhã por dois gatos mimados. Eles querem comer e isto basta. Fazem todas as estripulias e barulheiras possíveis, sobem em cima de você e te pisoteiam nos lugares mais sensíveis, miam na sua cara, espateiam portas e janelas, derrubam coisas, aprontam todas, pois quando um gato quer comer, um gato quer comer e você faça o favor de levantar esse corpo mole imediatamente e servir o atum para os madames…. Donos de gatos, escravos…. Estamos perdidos!

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oráculo

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Fotos do Iggy Pop? Tem, mas acabou, meu filho. Brincadeiras no chá de cozinha? Vou ficar devendo, tá? Faz muitos anos que não vou num. Quando armar a árvore de natal? Não tenho a miníma idéia, só acho que não pode ser antes de setembro. Ajudou? Panetones for Christmas? Que eu saiba é só para Christmas. Roupa do thanksgiving? Qualquer uma, desde que quentinha e decente. Fotos de blusa de gola alta? Gola alta é chic, trés chic mon ami. Loja em São Francisco em Guimarães? Em São Francisco ou em Guimarães? Decida-se, meu caro! Blogger do Brad Pitt? Você quer dizer BLOG do Brad Pitt? Refaça a sua pergunta, gafanhoto. Fotos do Stallone? Aqui não tem, nunca teve, nem vai ter. Forget about it! Como funciona um chuveiro? Você liga, ele jorra água, você toma banho. Filmes sobre Thanksgiving? IMDB, meu filho. van gog? Gogh? Fotos marombeiros? Vá de rétrooo!!! Capsula de bronzeamento? Só conheço a espaçonave de bronzeamento e a tumba de bronzeamento. Mug década de 60? Thrift groovy stores e garage groovy sales. Roupa de músicos dance anos 80? Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!! Gravata rosa? Are you sure?? Famosos sem maquiagem? Este blog não é tablóide. Dermatologista calçada Sacramento? Um desempregado? Jogado na calçada? ou consultas dadas na calçada? Refazer a pergunta, si vous please. Coisas rosas para blog? Ugh! Guimarães Rosa? Sim? Fezocasblurbs Chatterbox? Sim? Fezoca? Sim?

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o passado não condena