Mary Black

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Foi uma bola fora: não sei como eu acabei listada para trabalhar no show da irlandesa Mary Black. Eu acredito que deve ter sido um erro no sistema eletrônico que faz o sorteio dos voluntários no início de cada temporada, pois eu sempre checo cuidadosamente minhas opções e tenho certeza que não escolhi trabalhar na apresentação dessa cantora.
Procrastinadora que sou, enrolei por três meses num mal-me-quer-bem-me-quer indeciso, sem saber se procurava um substituto ou enfrentava o desconhecido. Não sou muito chegada em música céltica. O show dos Chieftains em janeiro já completou minha cota de folclore irlandês para o ano. Mas deixei chegar na beirinha, não mexi a bunda pra cascar fora da obrigação e acabei passando minha noite de sábado no Mondavi Center ouvindo a legenda irlandesa Mary Black cantar baladas tristes de amores perdidos e famílias emigradas e saudosas.
Vou te contar, minha perna pulava de irritação e ansiedade. Eu só queria ver o final daquele show. O teatro estava lotado, com muita gente fazendo pedidos de músicas, que eram acatados prontamente pela cantora. E ela ainda voltou duas vezes ao palco, fez dois encores! Eu já estava murmurando ‘jesus cristinho, chega, não??!!’. Mary Black tem uma voz linda e cantou acompanhada por uma banda muito talentosa. Mas isso não bastou para que eu apreciasse o show. Tem coisa que simplesmente não dá…. Não seduz, não toca o ponto certo, não rola nenhuma simpatia, não tem sintonia. E esse foi o caso do show de ontem….

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pedra rolante

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O blog que não cria musgo é o ímpar e inigualável Cinefilia, onde tem sempre um comentário interessante, sobre filmes e assuntos interessantes.

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saturação

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Ando por aí e não leio quase nada de interessante. A impressão que eu tenho é que os assuntos se amalgamaram, fundiram-se e tornaram-se um só. Tenho até dificuldade para discernir quem é quem, pois tudo me parece similar. É como se víssemos um grupo extremamente homogêneo, pessoas impressionantemente parecidas, cantando em coro a mesma marchinha, brindando uns aos outros, numa absoluta ausência de carisma e identidade.
Eu mesma ando caindo nessa armadilha, escrevendo coisas banais e batendo na mesma tecla, quase me tornando parte de uma tribo com a qual nem me identifico. Mas eu tenho momentos de sanidade e então escrevo com imagens. Não quero cair na mesmice, embora períodos desinspirados sejam perfeitamente normais e compreensíveis. Afinal, não é fácil ser sempre criativa e interessante. Por isso, já vou me desculpando por qualquer bocejo que por ventura eu tenha causado à alguém…

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do carro

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chinatown

chinatown

chinatown

chinatown

[* queríamos sair rápido da cidade, para não pegar trânsito na I80, então só deu pra tirar algumas fotos do carro, enquanto saíamos de Chinatown para pegar a Bay Bridge….]

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eleitores

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Aproveitamos o feriado administrativo da UCDavis [Cesar Chaves], pois o Gabriel iria ter folga do trabalho, para irmos até o consulado brasileiro em San Francisco e regularizar – finalmente – nossa situação eleitoral. O Gabriel não tinha nem se registrado ainda, já com quase vinte e dois anos e não tinha o título de eleitor brasileiro. Não é porque ele quer votar, nem nada. É porque somos cidadãos do Brasil e eu acho que devemos ter toda a papelada regularizada. Eu e o Uriel não votamos em nenhuma eleição, nem justificamos, desde que chegamos aqui. Nosso título já estava cancelado, assim como o nosso CPF. Quero deixar tudo certinho, porque um dia precisamos de um papel brasileiro e vai enrolar tudo porque não temos título de eleitor ou CIC. Bom, fizemos tudo rapidinho. As funcionárias do consulado brasileiro em San Francisco são sempre dez, super gentís e solícitas.
Enquanto esperávamos nossa vez de ser atendidos, a Leila e o Peter chegaram no consulado para registrar o Christopher. Foi legal, pois fomos juntos ao hotel ver a vista [argh!] e depois almoçamos juntos no public market. Corremos para não pegar o trânsito morfético da sexta-feira à tarde na I80. E deu tudo certo!

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vertigo

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vertigoooo vertigoooo
vertigoooo vertigoooo
vertigoooo vertigoooo

Subimos até o último andar do hotel Mandarin Oriental em San Francisco, para olhar a vista do alto. Mas chegando lá tive um ataque de vertigo. O chão me saiu dos pés. A sensação de desconforto é indescrítivel. Só quem tem pavor de altura, como eu, que pode entender. Não consegui olhar pra baixo, nem consegui me aproximar do vidro. E esquecendo que me filho já é adulto e que não havia perigo nenhum de alguém cair dali, fiquei repetindo abestadamente “Gabriel, não chega tão perto da beirinha……!”. Como é ruim ter essa fobia, ainda mais numa cidade como San Francisco, que me deixou pensando alucinadamente o que iria acontecer se tívessemos um terremoto naquele exato segundo, naquela altura!
[* nas fotos: Uriel, Gabriel, Leila, Peter e baby Christopher]

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a vendinha da matraca

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Eu não tenho talento pra vender nada, mas não pude resistir abrir minha própria lojinha e vender meus produtinhos exclusivos.
Criei no CafePress a lojinha do Fezoca’s Blurbs.
Por enquanto ainda não tem muitos produtos, mas eu prometo colocar mais opções e designs. Mas já dá pra comprar. Quem quiser ter a exclusiva super mug ou o mouse pad ou o avental do The Chatterbox, vai !
Na minha lojinha moço bonito não paga! [mas também não leva! haha!]

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bons vizinhos

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A sogra do meu filho, que é norueguesa, foi outro dia com a filha na Ikea de Emeryville e voltou toda surpresa, dizendo que a loja sueca até que era muito boa, que os produtos tinham qualidade, elogiando de uma maneira estranha, como se estivesse dando finalmente o braço a torcer num assunto. Eu achei meio esquisito, mas não conectei.
Num sábado que ela veio nos visitar, passamos a manhã caminhando em downtown e a Marianne entrou numa loja de sapatos para comprar um par de sandálias. Encaroçávamos geral, quando eu vi uns tamancos adoráveis da Dansko e perguntei pra Reidun “será que esses tamancos são suecos?” [porque eu tenho uns suecos que me machucam]. A resposta foi rápida “não, eles são dinamarqueses. se eles fossem suecos, se chamariam DansKIA” e deu uma gargalhadona, que foi acompanhada macacossauramente por mim, que até ali ainda não estava sacando bolhufinhas.
Foi então que ela soltou a piada que fez cair a minha ficha:
“- você sabe o que é que a Suécia tem e que a Noruega não tem?”
“- não….”
“- bons vizinhos! ha ha ha ha ha!!”
Pois é, muda o nome dos países, mas as piadinhas e as rixas são as mesmas. Suécia/Noruega, Bélgica/França, Inglaterra/Irlanda, Portugal/Espanha, Brasil/Argentina…. O que falta mesmo para todos esses países é um bom vizinho!

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Camerata Sweden

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O meu trabalho de voluntária no Mondavi Center me dá a oportunidade única de conhecer coisas novas, estilos de música que eu nunca ouvi e ter acesso a uma diversidade e variedade de shows, que seria difícil acompanhar como espectador pagante.
Ontem vi um concerto especialíssimo de música barroca, com o Camerata Sweden. Os músicos suecos tocaram seis peças, cinco com violinos, violas, violoncelo e um cravo e um – Apollo Musagéte de Igor Stravinsky – somente com as cordas, que foi o mais moderno e o que eu mais gostei.
O grupo era muito classudo, chique mesmo. Eles se vestiam todos de preto e tocavam em pé [menos o cravo e as violas]. Acho que nunca vi um grupo de violinistas tocando em pé. Também nunca vi uma orquestra toda de preto [até as camisas eram pretas]. O violinista líder e solista, Terje Tonnesen, tocava e guiava o grupo de uma maneira divertida e espirituosa. Ao final de cada peça ele saia e entrava do palco, agradecia os aplausos e voltava. Me fez rir, pois ficou uma coisa graciosa, sem deixar a impressão de que ele era especial ou melhor que os outros membros do grupo.
O público era um pouco mais velho e sofisticado do que o dos concertos de jazz em que estou acostumada a trabalhar. Eu fiquei cuidando do balcão do Grand Tier, onde ficam os patronos do teatro. Ontem estava lá o chancelor da UCDavis, que eu reconheci do jantar de recepção em que fomos na casa dele dois anos atrás, quando o Professor Pardal se atrapalhou na conversinha e deu um pequeno fora que nos fez rir muito…..

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cores

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beads

flowers

socks

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o passado não condena