revisited

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O novo Bob Dylan chama-se Jackie Greene, tem 23 anos e é californiano de Sacramento.
A nova Janis Joplin chama-se Joss Stone, tem 16 anos e é inglesa.

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dia molhado

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Minha intenção era nadar na fria manhã deste feriado de President’s Day. Mas meus planos se afogaram na aguaceira da chuva, que começou de madrugada e ainda não parou. Nadar com frio e chuva já foi uma coisa divertida, mas não é mais…
O João disse uma vez que os meus posts contando histórias de infância e minhas fotos amareladas de fuscas, anjinhos, piscina do clube da AABB e risadas faltando dentes, eram “proustianos”. Eu gostei desse comentário dele e sempre lembro disso quando escrevo histórias desenterradas do meu passado de criança travessa.
Pois a chuva e a vontade de nadar frustrada de hoje me fez lembrar de um episódio da minha infância. Água sempre foi o meu ambiente favorito [e o ar, onde viviam meus pensamentos, o segundo]. Eu me lembro nítidamente que tinha uns oito anos e meus primos paulistas e cariocas estavam passando férias com a gente. A casa virava uma bagunça. Minha mãe trabalhava fora e a gurizada ficava aos cuidados das empregadas. Num tal dia com uma tempestade horrorosa se aproximando – o céu negro, sons ameaçadores de trovões – eu decidi que queria ir nadar NUM RIO. Ninguém, nem o meu primo mais velho, inventor de modas e valentão topou me seguir. Eu resolvida disse que iria sozinha mesmo. Uma das empregadas me seguiu pela rua quase chorando, pedindo, implorando, não vai, sua mãe e seu pai vão me matar se eu deixar você ir. Mas quem é que conseguia mandar em mim ou me impedir de fazer qualquer coisa? Eu fui com a empregada caminhando junto e praguejando, enfrentei o escândalo dos raios e trovões, nem liguei pra chuva caindo, pulei do morrinho, nadei com os pingos do céu deixando a água mais quentinha, fiz o que eu queria fazer e só então voltei pra casa. A empregada, em estado quase histérico, só sossegou quando entramos em casa e eu fui pro chuveiro, tomei um banho quente e coloquei roupa seca. Nem sei se ela contou essa história pros meus pais. Acho que não contou, porque eu não lembro de ter apanhado de cinta – que seria o merecido – na frente dos meus primos!

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áspero

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o homem do Marlboro

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Lembram daquela propaganda do cigarro Marlboro com um cowboy loiro de chapéu? Pois um amigo me contou que aquele modelo é um brasileiro, gaúcho! Um dos ícones do ‘american way of life’ é personificado por um brasileiro! Será que é verdade? Se for, é uma baita ironia!

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Falsettos

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A house manager do Mondavi Center mandou uma mensagem dizendo que estava precisando de voluntários extras para um dos shows no Studio. Eu me voluntariei e fui sem nem saber do que se tratava. Achei que era um grupo de música clássica, mas na verdade era um musical, uma peça de teatro cantada, produzida pelo departamento de Teatro da UCDavis.
O musical Falsettos, escrito por William Finn e orquestrado por Michael Starobin no início da década de 80, conta a história de uma família de judeus – pai, mãe e filho. O pai descobre que é gay e deixa a esposa para viver com outro homem. Todos entram em crise. O psiquiatra que trata a família durante esse processo acaba casando com a ex-esposa do marido gay. No final a AIDS aparece em cena, ainda como uma doença desconhecida, e mata o amante do ex-marido. A história foi escrita originalmente em três peças separadas. No final eu achei que a compilação de três histórias em uma deixou Falsettos um pouco longo e acabou me dando um ataque de agonia nos últimos quarenta e cinco minutos. Mas a história é divertida, apesar do final trágico, e os atores seguraram bem a peteca cantando muito bem por três longas horas. Eu gostei bastante. Só achei que dava pra contar-cantar tudo em uma hora e meia, mas isso é palpite de quem não aguenta ficar sentada numa cadeira de teatro por tanto tempo…
Porque a peça era general admission [open seating] eu não fiz absolutamente nada, senão bater papo com minhas companheiras voluntárias. Uma delas eu já conhecia, pois trabalhamos juntas em outro show. Fiquei só no trelélé e vi a peça. O único trabalho que eu tive foi vestir o uniformezinho oficial do Mondavi Center!

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update nadação

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Hoje sim vamos ver se eu tô preparada ou não pra esse desafio. Estou indo nadar, como fiz quarta e quinta, só que hoje está um tempo nubladão e com jeito de chuva. A piscina é aquecida, mas é outdoors. A temperatura lá fora está 52ºF [11ºC]. Nada mal pra pleno inverno, mas se estivesse ensolarado daria mais ânimo.
Estou contente que não estou tão mal quanto pensava. Tenho uns defeitinhos fazendo respiração e fico sem fôlego muito rápido, mas o coach disse que em duas semanas já vou estar muito melhor. Ontem nadei com uns goggles velhos do Uriel que mais atrapalharam que ajudaram. Entrou água e me fez nadar torto e bater na senhora que dividia a raia comigo. Felizmente todo mundo lá é bacana e não passei carão.

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pela porta dos fundos

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O Fábio ofereceu uma solução provisória para nós, os excluídos nas terras estrangeiras, podermos acessar os blogs hospedados no blogger.com.br. Eu testei e dá certo, só que fica tudo muito lento e requer um tantinho de paciência. Mas é melhor do que ficar de fora, sem poder ler os amigos….

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excluidos

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Hoje eu não consegui acessar nenhum blog hospedado no blogger.com.br e agora li no Cris Dias que a Globo BLOQUEOU os acessos internacionais aos blogs hospedados no serviço deles [como eles já faziam com o famigerado kit.net]. Isso quer dizer que não vou mais poder ler um montão de blogs que eu gosto…. Estou desolada…….

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caminho

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verde

verde

verde

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ele acordou a monstra

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Eu não tenho críticas com relação ao meu marido, que é um cara super amoroso, carinhoso, responsável, gentil, bem humorado, dedicado, divertido, trabalhador [se bem que workaholic seria o termo mais exato no caso dele], eteceterá. Mas tem uma coisa nele que me irrita muito e que está justamente relacionada ao trabalho. Quando ele tem que terminar alguma coisa, não tem horário. Ele vara a noite, fica sem dormir, não importa, mas faz o que tem que fazer. O problema é que isso acontece muito freqüentemente. Ontem tivemos um desses episódios. Fui levar um rango pra ele às seis e ele disse que iria voltar pra casa lá pelas onze, meia-noite. Eu sempre dou uma gargalhada quando ele estipula uma hora, porque vinte minutos no meu relógio são duas horas no relógio dele, a frase ‘já estou saindo’ traduz por ‘chego aí daqui a 50 minutos’, quando ele diz que só vai mandar um e-mail, pode esquecer porque a história vai longe. E eu já sei que quando ele precisa terminar um paper, uma aula, uma proposta, uma apresentação, qualquer coisa, ele só vai chegar de madrugada. E ele tem dois horários: 1:30am, quando o bicho tá pegando leve e 3am, quando o bicho tá pegando pesado. Ontem o bicho devia estar grave, pois acordei com o barulho da porta às três da madruga. Daí são vinte minutos na cozinha e mais vinte no banheiro, escovando os dentes, fazendo a barba [eu ouço todos os barulhinhos nessas horas!] e tomando banho [porque se não tomar, vai ter que enfrentar uma tempestade ainda maior… ele sabe].
Quando ele deitou eu já estava bem acordada, enjoada, irritada e soltei os trovões, porque essa história é completamente insuportável…. Ser acordada de madrugada, ainda mais eu, que demoro pacas pra pegar no sono de novo. Eu fico muito brava. E é sempre assim, inverno, primavera, outono e verão, entra ano e saí ano, nada muda. Mas não dá pra me conformar, então vira e mexe tenho esse xilique deja vú às três da matina. Uma grande chatice!

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o passado não condena