rude

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bark

mushroms

bark

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last minute person

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Pelo menos eu sou consciente das coisas que faço. Sou procrastinadora, mas tenho pleno conhecimento dessa minha imperfeição. Claro que eu vou enrolar, claro que eu vou deixar tudo pra amanhã, claro que vou fazer tudo no último minuto. Estava contando pra minha mãe a história de ter pedido uma semana pra reescrever o paper e ter ganhado um dia. Eu barganhei conforme a minha personalidade e se tivesse recebido os sete dias, iria empurrar tudo com a barriga nos primeiros seis dias e só iria trabalhar duro no sétimo. Então a concessão de um dia foi perfeita, porque esse era o tempo que eu realmente necessitava. Sem folga pra embromar.
Ontem não fiz nada de escola à tarde. Fui caminhar. Tirei fotos das folhas de outono. Lavei verduras. Fiz uma sopa e joguei tudo no ralo da pia. Fiz noodles com frango e comi com desgosto, porque ficou horrível. Liguei pra minha mãe. Preparei pacotes de correspondência pro meu irmão. Escrevi e-mails [sempre atolada e atrasada]. Li o jornal. Lavei roupa de cama, mesa e banho.
Hoje, comecei a trabalhar. Parei. Li correspondência. Recomecei. Parei. Estou aqui escrevendo. Eu quero chegar lá na república das fulanetes bem preparada e calibrada, porque não quero deixar elas resolverem nada por mim. Mas até às oito da noite tenho tempo.
Pau que nasce torto, morre torto….

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outra vez

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Domingo à tarde eu estava lendo um texto, levantei pra espreguiçar e fui até a janela. Peguei um fulano no flagra tirando fotos da minha casa. Acho que até saí na última delas, de pé na frente da janela, com uma cara espantada. Não é a primeira vez que isso acontece. Eu sei que a minha casa é super lindinha, mas esse negócio de gente toda hora tirando foto é muito estranho!

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sorority girls

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Eu sempre olho as sororities e as fraternities de fora, com aquela curiosidade de quem nunca vai poder saber realmente como é a vida nessas “repúblicas” norte-americanas. E Davis é cheia delas. Todas com nomes gregos, a maioria em casas antigas, algumas muito bem organizadas, outras uma bagunça total. Às vezes, no sábado à noite, ouvimos festas nas fraternities da 1st street. As fraternities e sororities fazem parte da cultura universitária. Quem não se lembra da festa da toga do filme Animal House?
Pois amanhã vou entrar numa sorority! Primeira vez! E vou poder ver como é a vida lá dentro. Ou ao menos até onde me deixarem ver! Vamos fazer uma reunião de grupo e duas das garotas moram na sorority KAO. As duas com mais cara e atitude de cheer leaders, então já tô com dois pés atrás em como vai ser o ambiente nessa sorority.
O que está me deixando nervosa é que temos essa apresentação de grupo, uma leading discussion, na quarta-feira de manhã e vamos nos reunir terça à noite para organizarmos o trabalho. É muita folga! Mas esse grupo é assim. E uma das cheer leaders – a mais-mais antipática resolve tudo sem consultar ninguém e quando você fala com ela, ela te dá uma resposta rápida e nem olha pra sua cara. Mais tipinho de filmeco de high school impossível…. Bom, eu vou preparar a minha parte com antecedência e gastar meu tempo lá na reuniãozinha observando o ambiente da casa. Posso nunca mais ter uma oportunidade dessas na vida, né?

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minúcias

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Quem não acompanha as histórias desse blog há tempos, deve ficar um tanto confuso quando chega aqui e lê sobre escola, ursos, gatos, etc. Vou fazer uma listinha de esclarecimento, só porque novos amigos andaram me perguntando essas coisas e eu acredito que deve haver muito mais gente na dúvida.
* Meu marido Ursão e meu filho Gabriel são brasileiros;
* Tim é o gato do meu filho;
* Misty Gray é o meu gato;
* Eu tenho 42 anos;
* Eu chamo meu marido de Ursão só aqui no blog;
* O Ursão não é gordão, nem peludão;
* Eu estou estudando para entrar numa pós-graduação;
* Vivemos aqui em Davis, Califórnia há seis anos;
* Antes disso, passamos quatro anos no Canadá;
* Meu marido é professor/pesquisador na UCDavis;
* Eu quero fazer pós-graduação no departamento de Cultural Studies;
* Eu sou jornalista;
* Meu filho Gabriel tem 21 anos;
* O Ursão é engenheiro;
* Eu não sou parente do escritor…….
Agora vai dar pra entender melhor o meu papo. Qualquer outra dúvida, e-mail me, please!

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Corpo

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Dei uma paradinha no esquemão da semana e fui ao Mondavi Center para trabalhar na apresentação do grupo de dança brasileiro Corpo.
Foi uma apresentação bonita e emocionante, com coreografias inovadoras do Rodrigo Pederneiras. A primeira parte, entitulada Berenguelê teve visual simples, músicas africanas e do João Bosco e movimentos folclóricos. A segunda parte, entitulada Santagustin foi ultra-moderna, com figurino colorido e música do Tom Zé.
Foi um refresco sair de casa pra ver um show desses. E ainda ampliei minha visão de dança moderna, pois eu tenho pouca experiência com espetáculos de dança e menos ainda com dança brasileira. Eu já conhecia a fama do Grupo Corpo e agora entendi porque eles são tão conceituados mundialmente. Como entrei mais cedo no teatro, pude ver uma parte do ensaio. O grupo faz dança moderna, mas a base é toda do balé clássico e no final do ensaio eles fizeram dois sets de exercícios com todos os movimentos típicos da dança clássica.
E ainda teve um fator de diversão extra: quase todos os meus amigos brasileiros estavam lá no teatro. Alguns estavam na minha seção, outros lá em baixo na orquestra e na saída todos se encontraram no saguão. Os bailarinos do grupo abriram espaço para bate-papo com o público no final da apresentação. Eles são uma simpatia. Não poderíamos ter melhores embaixadores da cultura brasileira!

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razão

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Segunda, terça e quarta passaram sem eu nem conseguir tomar fôlego. Ando me sentindo um desenho animado, daqueles que correm com fumacinha ns pés e estão num segundo aqui, noutro segundo acolá. Bip bip bip….
No meio da movimentação supersônica ainda arrumo espaço pra um bode emocional. São tantas, mas tantas duvidas que eu me sinto massacrada.
Pedi uma semana pra reescrever meu personal statement e ganhei um dia e meio, acompanhado de um sorrisinho sardento. E ainda ouvi um jocoso “bem-vinda à América! aqui nós queremos saber todos os detalhes da sua vida. queremos ler coisas pessoais – personal – falou?”
Ah, se fosse tão simples assim….

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o passado não condena