raining cats & dogs

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Rain and drizzle – Hi 50° F, 10° C/ Lo 38° F, 3° C
Chove torrencialmente. Hoje com certeza vai anoitecer às 4pm……. Por alguns dias já tivemos fog. A cidade fica linda, mas não é muito seguro pra dirigir.
Estou com uma pena do Senhor Misty Gray, que vai ficar sozinho aqui por cinco dias. Água, comida e banheiro não são problemas. Mas ficar sozinho é. Ele sente falta da nossa companhia. No ano passado, quando nós chegamos do Natal, eu fiquei impressionada com a reação dele, que miava e se esfregava na gente desesperadamente. Já pensou, que judiação?
Eu fui comprar vinho. Obviamente escolhi a fila do caixa mais curta, com pessoas com menos compras nos carrinhos, o que conseqüentemente tornou-se a espera mais longa, pois três carrinhos na minha frente estava um cara comprando caixas e caixas de vinho. Não contei quantas caixas ele comprou, mas vi que tinham quatro no carrinho e funcionários do Trader Joe’s estavam ajudando a carregar outras, com aqueles transportadores de duas rodinhas! Como no Trader eles têm a mania de cantar os números enquanto digitam os preços – nunca entendi por que eles não têm scanners nos caixas – eu ouvia a funcionária dizer ‘thirty two ninety nine’ pra um monte de garrafas…… Quando o caixa deu a conta dos vinhos pro cara, eu espichei meu ouvido, porque queria saber quanto tinha ficado o total [êta curiosidade…!]. Escutei o caixa dizer ‘one thousand and…..’. O cara gastou mais de mil dólares em vinho. Comprou vinhos de trinta mangos a unidade, que pros preços do Trader Joe’s é muito caro [eles vendem os vinhos mais baratos da cidade]. Fiquei me sentindo uma pobre, comprando vinho Dão português por $2,99 e uns italianos por $7,99……..

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céu e pássaros [pics]

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Eu fui tentar fotografar os pássaros, que nesta época do ano parecem ter saído do cenário do filme do Hitchcock. Mas já estava quase noite e eu não consegui ser rápida o suficiente para pegá-los empoleirados aos montes nas árvores secas…. fica pra outra vez. Mas deu pra pegar o céu de inverno na hora do anoitecer…

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better go!

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Isso é que dá deixar tudo pra última hora. Caí na real ontem, quando percebi que vamos viajar no sábado e ainda não fiz nada para o Natal. Não comprei presentes, não arranjei as coisas pro gato, não embrulhei as coisinhas das meninas, não pensei em nada!!!

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Vanilla Sky

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A few good clouds – hi 11°c/ lo 5°c
Fomos ver Vanilla Sky do Cameron Crowe e eu achei o filme muito estranho. Mas duas coisas se destacam: a transformação do Tom Cruise num ‘monstro’, que dá até um pouco de nojo; e a trilha sonora. A história é meio confusa e só no final é que se revela o segredo crucial. Eu sinceramente não tava agüentando mais aquela enrolação – que numa hora o Tom Cruise tava desfigurado, noutra não tava mais e ele ainda tem um monte de cenas usando uma freaking máscara que dá um nervoso horrível. Eu não parava de pensar no suor e no vapor acumulando lá dentro, enquanto ele falava….. argh! Bom, o filme é propagandeado como um ‘erotic thriller’, mas eu não vi nada erótico em nenhum momento… Fora umas cenas de amor entre a Penélope Cruz e o Tom Cruise – que culmina numa cena imitando a capa do disco The Freeweelin’ do Bob Dylan – não consegui entender o por quê dessa classificação. E só a Penélope Cruz aparece nua. A Cameron Diaz só faz pose, com pernas, braços, caras e bocas. Fiquei com uma impressão de que já tinha visto um filme muito parecido com este antes – Eyes Wide Shut + The Matrix + The Elephant Man. Nada a ver com o estilo do Cameron Crowe.
Mas como boa fanzoca, gostei da homenagem que o Crowe prestou ao Dylan!!

Agora, vou contar uma coisa: eu não tenho sorte mesmo com gente no cinema. Eu já não estava num bom dia. Chegamos no cinema em cima da hora – coisa que eu odeio e me deixa tremendamente irritada. Subimos até a última fileira, que é onde sempre sentamos pra não correr o risco de ter ninguém chutando as costas das nossas cadeiras. A fileira estava cheia, então sentamos em duas das quatro cadeiras do canto. Quando o filme já tinha começado chegou um casal e sentou-se nas duas cadeiras vazias do meu lado. A menina parecia que tinha formiga no corpo. Primeiro que sentou na beirinha da cadeira e parecia que não estava conseguindo ver a tela. Eu já previ problemas…. E dito e feito. A fulana se revelou uma daquelas chatonildas que ‘vivem’ o filme, sabe como? Sofrem, gritam, riem alto por qualquer coisinha, comentam cada cena agarrando o braço do namorado e olhando pra ele buscando simpatia. Ficam o filme todo murmurando reações. É o tipo de gente que precisa ser isolada numa sala de cinema, porque elas incomodam… E como se não bastasse toda a exuberância emocional da garota, numa certa hora eu escuto um barulhinho de zíper de bolsa se abrindo e logo em seguida o som de um pacote – daqueles de papel plastificado – sendo aberto e o CROC CROC CROC de gente comendo PIPOCA de boca aberta. O casal trouxe um pacote de pipoca dentro da bolsa. Eu fiquei numa posição na cadeira, meio de lado, com o braço segurando a cabeça e a perna pra cima, com o pé apoiado numa barra, pra ver se evitava fisicamente toda aquela annoyance….. E bufei de montão, porque eu não agüento. Sou mesmo uma CHATA, eu admito!!!!!

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afe…

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Ensolarado com nuvens – hi 13°c/ lo 2° c
Quando o meu mau humor matinal ataca, não tem café que resolva. Se a coisa já está ruim e alguém sem simancol, de papelzinho e canetinha na mão, resolve querer discutir business enquanto eu tomo meu café com leite e tento ler o jornal, daí o dia estraga de vez. São vinte anos sabendo que eu sou um bicho nas primeiras horas do dia e ainda não caiu a ficha, que não se cutuca esse monstro com vara curta….. grawnnnnn! Agora agüenta as patadas.
O Natal é daqui a dez dias e eu não tenho nada pronto. Comprei uns badulaquezinhos para a Julia e a Paula. Elas gostam de abrir pacotes, então vou fazer um monte de presentes separados, todos com coisinhas simples, que já comprei outro dia na Wishing Well. O que importa é a quantidade!!!
Agora tenho que responder a todos os telefonemas – e enfrentar na bucha os telemarketers – porque não posso dizer que não estou e o telefonema ser de um emprego, né? Que confa….. Hoje mesmo já tive que dispensar um. É um treino de firmeza.
Neste findi quero ver Vanilla Sky, que apesar de ser com o Tom Cruise, é dirigido pelo Cameron Crowe, que eu gosto muito!

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correio

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Frio e ventania descabelante – hi 12°c/ lo 1°c
Recebi o presente de Natal da minha mãe e meu pai: o livro sobre a Inveja, escrito pelo Zuenir Ventura. Já devorei até a metade. Hoje eu termino!
Tive que ir até o posto do correio duas vezes e enfrentar uma fila quilométrica duas vezes, pra pegar esse pacote. Tudo por causa da preguiça da carteira, que invés de bater na minha porta, só deixou um papelzinho rosa na minha caixa de correio – ‘sorry i missed you’. Pardon my French, but sorry my ass!!! É obrigação dela bater na minha porta. Eu fiquei muito brava…..
Só pra constar: com esse vento todo, a árvore da minha janela já está quase pelada!

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I Need Space!

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Na tevê canadense passava sempre um curta-metragem em animação que eu simplesmente adorava! Toda vez que eu via esse pequeno filme, eu morria de rir e me encantava! É uma animação de 1990 chamada Creature Comforts, criada pelo Nick Park, que também fez Wallace & Gromit e Chicken Run.
No filme vários animais de um zoológico inglês são entrevistados e eles comentam sobre diversas coisas do local. Alguns falando coisas boas, outros criticando, reclamando da comida e coisas do gênero. Mas o animal mais encantador de todos é justamente uma onça brasileira [realmente nunca consegui identificar que felino é aquele], que reclama de tudo e compara a vida dele ali no zôo do país desenvolvido, com a vida na floresta amazônica! Ele é a coisa mais engraçada do mundo! Enquanto todos os outros animais falam inglês com sotaque britânico, a onça fala gesticulando com um forte sotaque brasileiro [SIM, nós temos um sotaque!] que pra mim é a marca registrada dele e razão de todo o charme! Ele reclama do confinamento e diz que ‘ in Brazil we have spaceee….. we need spaceeee….’. Depois reclama da comida e diz que ‘I miss the fresh meat. In Brazil we don’t like potatoes, we like meat!’…. Ha Ha !
Muitíssimo fofo!!!
E dá pra assistir online AQUI .

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chasings

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Abri as janelas da casa para ‘arejar’ e tive que fechar correndo, porque ta frio….. Eu não aprendo mesmo. Todo inverno é a mesma história!! 😉
Já estou na batalha, concorrendo à um emprego!! Ai, que nervius!!!! 🙂
Outro dia eu ouvi na tv uma notícia sobre um chasing em Los Angeles. Uma perseguição de um carro pela polícia que durou CINCO HORAS! O cara estava brincando de pega-pega com os cops! Só podia ser. Esses chasings são comuns aqui na Califórnia, não sei por que. Mas esse teve um toque extra de excentricidade, pois um pedestre vendo a correria toda e a parafernália da polícia e câmeras, simplesmente resolveu se jogar no vidro da frente do carro fugitivo, cobrindo a visão do cara com o corpo e com uma blusa. Bom, o zé mane teve que parar o carro, porque não estava conseguindo ver nada, com o outro fulano esparramado no vidro da frente propositalmente. E assim que ele parou, foi preso, é claro. Não pude deixar de rir! Sinceramente, só em Los Angeles pra acontecer um troço desses. Parecia cena de filme…..
Eu andei vendo tv! Primeiro esse programa da PBS, na tv comunitária daqui – a KVIE , chamado Three Mo’ Tenors. Obviamente, três músicos negros, num show lindíssimo, onde eles cantavam de tudo. Desde óperas [aquelas interpretadas pelos três tenores], até jazz, blues, números de musicais da Broadway, soul e gospel. Fiquei com vontade de comprar o cd.
Também revi pela enésima vez o Eat, Drink, Man, Woman do diretor Ang Lee. É um filme adorável, que eu deveria comprar, porque é pra se rever infinitas vezes! Eu adoro tudo na história. É porque eu adoro falar sobre comida! O duro é ver esse filme tarde da noite, quando não tem mais restaurante chinês aberto pra se encomendar um ranguinho!!! 🙂 Lembrei muito da Ca Mam . Uns meses atrás houve o lançamento da versão mexicana desse filme, chamada Tortilla Soup, com o Hector Elizondo, Elizabeth Pena e Raquel Welch. Não fez muito sucesso……..

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em público

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Saí do jornal, onde preenchi um formulário e deixei meu currículo e portfolio, com uma sensação de que tinha feito um erro de ortografia numa palavra. Como pode alguém ir pedir trabalho num jornal e fazer um erro destes no formulário?? Argh! Eu tenho um gene recessivo que me deixa assim tonta, de vez em sempre…. Agora fiquei com isso na cabeça. O Ursão diz pra eu desencanar, mas não dá!
Eu nunca tive um celular. Muitas vezes não sei se isso é bom ou ruim. Em algumas raras situações eu já senti falta de ter um. Mas eu acho que um celular não tem muita utilidade pra mim. Por isso nunca comprei um! O Ursão tem – que é pro trabalho. Faz falta ele não ter um. Mas pra mim, normalmente tanto faz como tanto fez. Além do mais que eu tenho uma personalidade ultra-super-hiper discreta [há há! E faz um blog, né??!!] e falar num telefone em público me dá uma sensação super estranha. Ouvir as pessoas falarem também é desconfortável. Na fila do correio [é Natal!] eu fiquei atrás de uma mulher que conversava pelo celular com a mãe. Não pude deixar de ouvir a conversa – só mesmo se eu colocasse os dedos nos ouvidos e cantasse lálálá pra evitar. Então levei uns minutos pra ‘figure out’ quem era e o que estava acontecendo. Resumo da ópera: a mãe tinha acabado de bater o carro e estava histérica. A pessoa do outro carro estava descontrolada e gritou com ela [vai ver ela fez a maior cagada]. O policial que fez a ocorrência tomou partido do outro carro. Injusto, disse a filha. E o pescoço da mãe doía e ela não sabia se pelo baque da batida ou pela tensão da confusão. Eu já estava com nó no estômago de ouvir a mulher falar com a mãe…. Que coisa chata. Realmente, um telefone celular não me faz falta.
O que eu estava fazendo neste mesmo dia, no ano passado ?

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The Man Who Wasn’t There

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Domingo nós acabamos indo ver o último filme dos irmãos Coen – The Man Who Wasn’t There . Eu gostei muito. Eu adoro todos os trabalhos desses diretores. Cada filme deles tem um jeitão diferente, mas sempre com um toque especial. Por TMWWT, Joel Coen dividiu o prêmio de Melhor Diretor – Palma de Outro – com David Lynch no Festival de Cannes deste ano. E mereceu – mais do que Lynch, eu acho.
The Man Who Wasn’t There é um filme noir. A trama rocambolesca e dramática é situada no ano de 1949, na cidade de Santa Rosa, na Califórnia. Billy Bob Thornton é um barbeiro caladão, casado com uma esfuziante Francis MacDormand. Por causa de uma traição, uma chantagem, uma morte acidental, uma acusação de crime, o barbeiro se vê enrolado numa roda viva de acontecimentos que beiram o non sense. Bom, o filme é noir. Denso e sombrio, mas com um toque especial, que só pode vir da cozinha dos irmãos Coen. Bem escrito [com narração da história pelo protagonista], bem editado, bem interpretado [Thornton dando um show] e com uma fotografia em P&B irretocável, os irmãos Ethan e Joel fizeram outro filme inesquecível.

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o passado não condena