Do I Move You?

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Do I move you, are you willin’
Do I groove you, is it thrillin’
Do I soothe you, tell the truth now
Do I move you, are you loose now
The answer better be (Yes, yes)
That pleases me
Are you ready for this action
Does it give you satisfaction
Are you hip to what I’m sayin’
If you are then let’s start swayin’
The answer better be (Yes, yes)
That pleases me
When I touch you do you quiver
Form your head down to your liver
It you like it let me know it
Don’t be psychic or you’ll blow it
The answer better be (Yes, yes)
That pleases me
[Do I Move You – Nina Simone]

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Sunday

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She loves you, yeah, yeah…….
Como sempre, o Ursão me levou para um passeio de índio no domingo. Ele olha a programação do jornal e fala ‘isso você vai gostar!’, mas ele nem sabe do que se trata. E eu sempre caio no papo dele… Desta vez era um tal festival dos tambores, barcos e dragões. O negócio era num lugar chamado FunHouse, em frente ao Zôo de Sacramento, no meio de um parque cheio de famílias fazendo picnic e barbecue e crianças pra tudo quanto é canto! Quando eu vi o lugar já me deu uma crise de mau humor. Eu não quis nem entrar… O lugar era deprê… com aqueles brinquedos dos anos 60….. E centenas de pentelhos gritando e chorando. Eu estava com aquela cara de enfezada quando ouvimos um grupo de meninas adolescentes se aproximar e no meio das risadinhas, uma delas nos chamou:
– Excuse me!
Nós nos viramos pra ver se era conosco e uma menina magrela e loira se separou do grupo e chegou até nós, falando desinibidamente:
– I’m playing Truth or Dare and I’m supposed to hug you and say I love you…..
E abriu os braços, sorrindo.
Nós nos entreolhamos, como que para nos certificar que tínhamos escutado o que pensávamos que tínhamos escutado…. Foram apenas alguns segundos de hesitação, enquanto a menina ficou parada de braços abertos, esperando para ser abraçada ou nos abraçar….. Eu devo ter feito uma cara de palerma total. Abraçamos levemente a garota, que pronunciou um ‘I love you’ com uma entonação teatral, enquanto nós nos desvencilhávamos dela rapidamente e nos virávamos, prosseguindo no nosso caminho de volta ao carro. Já de costas, ouvimos um ‘thank you’ que não foi respondido.
Hoje a tal menina deve estar contando pros amigos na escola, a aventura do domingo, jogando Truth or Dare num parque público. E eu estou aqui, contando o fato pra quem quiser ler.
Brazilian Chicken Salad
O Tower Café não tem um menu muito vasto. Ele contém uns três tipos de sopa, algumas saladas e uns sanduíches. O que me chamou atenção logo de cara foi a Brazilian Chicken Salad, que eu já fui pedindo sem pestanejar. Quis ver que raios de salada brasileira de frango era aquela, já que eu nunca vi nem comi nenhuma salada com frango, que não fosse o salpicão, em toda a minha vida no Brasil. A descrição dizia: uma base de folhas verdes, frango, abacate e mamão, temperados com um molho de laranja e gengibre. Tirando o mamão, o resto era invenção deles. Eu também nunca vi nem comi abacate em salada, até sair do Brasil e descobrir que dava pra fazer outras coisas além da vitamina com leite ou limão, com a gordurosa fruta verde. A salada estava boa, tirando o frango que tinha uma cara estranha [estava só cozido], apesar de ter um bom sabor e textura. O molho de laranja e gengibre também estava saboroso. Mas o que valeu mesmo foram as fatias de mamão, que é uma fruta que eu quase não como aqui. Bom, não sei da onde eles tiraram o nome pra aquela salada, mas ela é tão brasileira quanto a Rumba! 🙂
Sexy Beast
No Tower Theater vimos Sexy Beast, um filme inglês com o Ben Kingsley no papel de um vilão inigualável! Vai pra fileira dos vilões cult, com certeza! O filme é uma delicia! A trama é divertida, a edição concisa e criativa, a trilha sonora sacolejante. Excelente direção de Jonathan Glazer e atuações soberbas de Ben Kingsley e Ian McShane, que fazem bandidos muito, muito, muito, mais muito maus. O único problema do filme é o forte sotaque inglês e as gírias, que realmente pegaram pesado nos nossos pobres ouvidos acostumados com a ‘malemolência’ californiana e que não podem contar com o auxilio-muleta das legendas no cinema.

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Nina!

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Sunshine and hot – Hi 95° F/35° C
Meu vizinho está solando uma guitarra e berrando uma música do Pink Floyd….
Eu falei pros meus pais que poderíamos ver a Nina Simone, quando eles vierem pra cá em agosto, mas o show dela será NESTA quarta-feira!!! Eu tenho que ir!!!! O Ursão já falou que no meio da semana não dá e eu to pensando em ir sozinha mesmo. A Nina Simone é IMPERDÍVEL…….. E ainda tem ingressos no ticketmaster – $46 + taxes. O show é em Oakland.
Li alguns blogs brasileiros comentando sobre o filme japonês Brother. Pelo jeito eu não vou ver esse filme, porque dificilmente ele entrará aqui nos EUA. Eles estão cheios de dedos com histórias de crianças se matando. No wonder….. Pegou bem no calo de uma das coisas mais assustadoras e bizarras que acontecem nessa sociedade. É realmente delicado. Eles se cagam que aconteça outro shooting por causa do filme. Bom, na minha humilde opinião não vai ser o filme japonês que vai detonar nenhum ato de violência. Os norte-americanos não precisam olhar pra violência alheia. Eles já têm Hollywood.
Muitos tomates frescos na minha cozinha! O que eu vou fazer com eles? Talvez tomates secos, porque esses estão bem firmes e vão secar mais rápido. Outro dia eu fiz um patê com os últimos tomates secos que tinha feito no verão do ano passado. Fiz meio inventado. Coloquei os tomates, ricota, basil fresco, azeite, sal e uma pitada de pimenta do reino no food processor. Ficou um arraso! Eu fiz três tipos de patês pra levar numa festa. Esse de tomates secos, outro de frango [aquele com picles e maionese] e outro , também inventado, de espinafre, que misturei com yogurte, nozes pecans e sal. Não lembro de ter colocado algo mais. Todos os patês foram devorados!!! 😉

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banho de espuma

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Brilliant sunshine – Hi 90° F/ 32° C
Eu vou postar umas fotos de banheiro, pra fazer coro com a Lu [e seu layout novo!]. Esse banheiro não é meu, mas fez parte da minha vida muitos anos. É um banheiro na casa dos meus pais. Nesta banheira de hidro azul, muita gente tomou banho. E ela foi a piscina de várias gerações de crianças. O primeiro a usa-la foi o Gabriel [pois ele foi a primeira criança da família]. Outros já nadaram lá e outros ainda vão nadar [em breve teremos fotos do Fausto, mergulhando!!]. A primeira foto é muito engraçada e os meninos retratados nela iriam ter um treco de vergonha se a vissem hoje, especialmente o Pedro, com o pirulito aparecendo! 😉 Os ‘espumosos’ da foto são, o Pedro [que hoje tem 16 anos] na frente [showing off!!] e o Gabriel [que hoje tem 19 anos] atrás!! 🙂
A outra foto já retrata uma geração nova. Nela estão a Isabela [à esquerda] e a Júlia [à direita]. A Paula também ‘nadou’ muito nessa banheira e agora, com a mudança delas pra Los Angeles, os atuais donos da ‘piscina azul’ são a Lívia e o Fausto!! 🙂

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Marisa Monte me faz chorar

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Clouds and sun – Hi 94° F/34° C
Botei uma bolacha da Marisa Monte pra rolar. No ano passado eu fiquei uns dois meses ouvindo o cd Memórias, Crônicas e Declarações de Amor, que minha mãe trouxe do Brasil. Eu tenho o Cor de Rosa e Carvão [que to ouvindo agora!] e juro que tinha o Mais, que deve estar com o Gabriel, ou ficou no Brasil, sei lá. Bom, entrei na LASA e comprei o Barulhinho Bom e o Mais [novamente]. Meus pais vão vir carregados, pois já comprei sapato, livros, cds! E ainda tenho que pedir minhas encomendas – biquíni novo [PELOAMORDEDEUS, Le!!], perfumes, etcetal…………… 😀
Eu queria ir dançar o Blues neste findi……………
Eu vou sair …….. escafeder-me por aí…….. tchau! 🙂

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um dia estranho

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h.o.t – Hi 98° F/36° C
Acordei cansada e confusa e ainda não sei que dia é hoje. É quarta? É quinta?
Está parecendo segunda-feira…… E eu vou escrever sobre o quê? Filmes, tv, bobeiras filosóficas [nesse item eu sou fraca], a gata que entrou em outra casa de vizinho, os fireworks que vimos da janela do loft, o milho que o Ursão plantou que tá crescendo, os tomates frescos que vieram do campo do Toni e que eu fiz salada com vinagre balsâmico, o dilema de ir ou não ir pra Los Angeles, por que faz dias que eu quero ligar pros meus pais e não ligo, a saudades que eu já sinto da amiga que ainda não partiu, o calor que melhorou, as folhas de outono que eu quero fotografar, do medo, das contas pagas e dos cartões de crédito, por que eu não planejo o futuro, livros, música, links interessantes, blogueiros que escreveram isso ou aquilo, o ronco do estomago avisando que é hora de comer, cotidianidades, ou o quê?
Eu comentei com o Binho sobre o fato intrigante dos restaurantes chineses aqui nos EUA não oferecerem sobremesa no cardápio [pelo menos os que eu freqüento não têm]. E lembrei daquelas bananas carameladas que eu devorava nos chineses brazucas! Pois ontem nós estreamos num restaurante tailandês que já foi altamente recomendado, mas nós nunca lembrávamos de ir. Fica no basement de um pequeno shopping aberto em downtown. No Canadá nós éramos assíduos de um vietnamita e quando abriu um tailandês na esquina de casa, nós fomos lá com uma amiga fanática pela cozinha thai umas três vezes. Mas em nenhuma vez eu lembro de ter comido a tal banana. Desta vez eu vi no cardápio: fried banana e coconut ice cream. Resolvi tentar a banana e não é que era quase a mesma coisa da banana caramelada que eu tanto amava? Só que essa banana tailandesa é frita numa massinha, sem o caramelo. Mas tava boa!!! A comida também estava ótima. O perigo são as pimentas, mas nós tivemos sorte [pedimos tudo ‘mild’’!!].
Fizemos um pequeno passeio pelo campo experimental da UCDavis , onde o Ursão testa uns projetos. Ele quis me mostrar onde era o lugar, porque eu nunca sei onde ele está quando me diz que está no campo da Hutchinson. E também eu queria ir pegar uns figos, numa árvore lá no meio de uma das estações, que ninguém nem sabe que existe. Os figos são deliciosos e ficam lá apodrecendo se a gente não for colher. Os figos ainda estavam verdes. Fomos olhar a plantação de milho, que estava atrás das uvas e lá eu senti uma paz inexplicável. Caminhamos um pouco pelo campo, às nove horas da noite, com o sol ainda se pondo. O Ursão TEVE que descer do carro e ir olhar o milho. Eu não vi nada de especial ali, mas ele me explicou que o milho foi plantado em solos tratados de maneiras diferentes. O negócio não é bem o milho, mas sim o solo. Não sei porque eu reclamo tanto do verão, porque é nessa época que eu me divirto com os tomates fresquinhos, os figos docinhos, e este ano terei também pistachios! Se eu soubesse como processar as azeitonas, poderia aproveitar também as inúmeras oliveiras que estão por todo canto, lotadas de azeitonas roxas-carnudas. Alguém aí tem uma receita? 😉

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[pics]

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Fourth of July!
Um pint de sorvete de black cherries devorado no banco da praça em downtown…..



Amtrak – a estação de trem de Davis – south of the border style.




No campo experimental da UCdavis. Milho que o Ursão plantou. Yolo-Loam solo. Pôr-do-sol às 9pm. Carcaça de colheitadeira de cereais.



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4th of July

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Hot Fourth of July – Hi 105° F/40° C
Ontem o a/c trabalhou até as 12:30am. O bafão estava indescritível. Eu chupei um monte de popsicles de frutas. Como o pessoal vai fazer picnic hoje? Vai ter que ter coragem [ou dirigir até outro canto menos quente!].
Nós não fazemos as atividades tradicionais do Independence Day – picnic ou barbecue e assistir a queima de fogos à noite. Fomos ver os fireworks uma vez, mas aquilo não fez muito a minha cabeça. Eu queria ir ao cinema, mas só de pensar em sair de casa dá um desanimo brutal.
A Eli me emprestou um filme feito para a tv com a Sônia Braga e o Roy Scheider, chamado Money Plays. Ela faz a dona de um bordel…….. veremos!
Nós vimos na tv o filme Klute, com a Jane Fonda e o Donald Sutherland. É uma estória bem dark e cheia de toques psicanalíticos. Mesmo sabendo quem é o bandido [o assassino] sentimos tensão e apreensão pelo destino da personagem da Jane Fonda, call girl Bree. Ela ganhou um Oscar por essa atuação, mas ela está realmente ótima, mesmo com aquela cara de militante do PT. 🙂 Está bonita, sexy e convincente ….. chora com nariz pingando ranho e tudo! Eu amei as roupas que ela usa, especialmente a bota preta até o meio da coxa e a gargantilha [choker] enorme, que cobre todo o pescoço.
Olhem só essa galeria de arte de Los Angeles – La Luz de Jesus Gallery . Fiquei encantada com as tees e dools!!!! Ainda não decidi se vou pra L.A. , mas se eu for vou ter que dar uma passadinha lá! 🙂

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na piscina

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07/03/2001 Entry: “na piscina”
Eu vivo no deserto. Onde há árvores, flores e graminha verdinha……
A Eli me convenceu a sair debaixo da cama [debaixo da cama mesmo, não das cobertas, Guto ! ;-)] e ir à piscina.
Está quente como o diabo gosta e estamos no meio das férias de verão, então a piscina da UCDavis está sempre repleta de criançada. Pentelhos pra todos os gostos. Não me entendam mal, eu adoro crianças e sou mãe de um lindão, que cresceu mas teve suas fases pentelhas também. Mas uma piscina cheia desses seres é realmente uma coisa assustadora. Com esse calorão você não consegue ficar na toalha…. e não consegue ficar na água, por causa da máfia de criançada que invade tudo e toma conta do pedaço. Uns brincavam de dar um tiro imaginário na testa, com o dedo fazendo o cano do revolver, e se deixavam arriar na água, espatifados, sem esquecer de gritar palavras simpáticas como ‘kill!’ ou ‘murder!’, antes de caírem ao meu lado e me afogarem na água supostamente sangrenta. Mudei de lugar. Estava então esticando e exercitando as pernas na água e pensando na vida, quando um ‘peixe’ passa por elas [as pernas]. O anfíbio de goggles olha bem para o meu corpo imerso, de cima a baixo, e não contente emerge, remove os óculos e me encara curioso. Eu reviro os olhos. Um animal aquático de uns oito anos me medindo….. e tirando sabe-lá-quais conclusões. Saí definitivamente da água quando um grupinho de pré-adolescentes começou a fazer guerra de cuspidas esguichadas por entre os dentes. Argh, aí já é demais, né? Hoje o sol quis nos surrar e não pude seduzi-lo com o meu biquíni verde-fluorescente-desbotado e convence-lo a nos acariciar. Tivemos uma tarde de S&M, torrando no sol, aturando os felizes malabaristas na água super azul da piscina clorada. Peloamordedeus, quanto tempo mais esse verão ainda vai durar?

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FORNOOOO!

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……….Hi 108° F/42° C……..
Vou ficar embaixo da cama hoje…… junto com a Misty Gray.
O calor me deixa de mau humor. Mas me deixa explicar como a gente se sente num dia quente [acima de 100°F] aqui em Davis, CA. É assim: você está no aconchego do a/c e quando abre a porta pra sair na rua sente um bafão de calor seco bater na sua cara. É a mesma coisa quando se abre o forno, pra ver se o bolo já está douradinho. Sabe aquele calor do forno? Pois é……. é o mesmo que está na rua. O cimento cheira….. o asfalto cheira…. o suor evapora em segundos….. dá uma tontura…. Deu pra sacar?
Mas eu tenho uma técnica ‘zen’ pra quando não posso evitar ficar outdoor e está um dia quente como hoje: eu me concentro e IGNORO o calor. Eu repito calmamente pra mim mesma – ‘não está quente, eu não estou passando mal, meu cérebro não está cozinhando…. está TUDO BEM, nada está acontecendo, é apenas um dia NORMAL..’. Muitas vezes essa técnica funciona. Mas eu faço backup, com uma garrafa de água gelada sempre à mão e uma bandana molhada amarrada no pescoço.
Recadinhos:
Pauli – a Bebel Gilberto vai estar no Bimbo’s em San Francisco agora em julho. O ingresso custa $25, mas como eu nem sei que tipo de música ela canta, acho que não vou. Mas vai ter o Eric Clapton aqui em Sacramento….. Custa o dobro pra ver ele, mas acho que vale à pena!
Vicky – sacando um pouquinho de html você mesma muda seu site a hora que quiser! O problema é que vicia e daí você fica querendo trocar tudo toda semana!!! ;-D
Grazi – o negocinho dourado é uma latinha de metal, com pastilhas pra garganta! É o Fisherman’s Friend! Uma menta fortona, que eu gosto de chupar mesmo quando não estou com dor de garganta! 😉 Essas tem um gostinho de maça com canela! 🙂 Tá aí duas fotos em close-up pra você ver melhor. Uma é a latinha original, que eu comprei já faz uns anos e a mais douradona é a atual, com sabor novo! 🙂

Nanda – eu achei que minha msg não tinha gravado no seu comments [deve ter umas três, porque eu fiquei insistindo!!], mas pelo jeito gravou, né? Quanta coincidência!!! 🙂

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o passado não condena