é recíproco!

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Obrigada à todos que enviaram votos de Feliz Natal, pelo blog ou por e-mail. Fiquei contentona com tantas mensagens bacanas. Espero que o Natal de vocês tenha sido ótimo. O nosso foi bem alegre e tranqüilo, com um céu azul maravilhoso no dia vinte e cinco, que fez nossa caminhada na Pismo Beach um presente extra. Eu fiz o favor de dar um mal jeito no pescoço durante a viagem e passei o Natal feito uma robô. Mas isso não estragou a alegria da nossa festa em família!

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detalhes pré-natalinos

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Eu achava que estava com tudo pronto: presentes comprados, feitos e embrulhados. No final tive que ajudar o Ursão a comprar os presentes dele [e pelo jeito vou ter que embrulhar…. coisa que eu detesto fazer!] e fui inventar de fazer um presente extra para uma pessoa, que vai me consumir os dias de hoje e amanhã… Comecei uma touca de tricô e já fiz um errão feio e tive que desmanchar tudinho, fiquei estressadíssima. E quero comprar uma lembrancinha extra, putsz, tudo nas vésperas, quando as lojas estão naquele frisson.
Tenho recebido um monte de votos de Natal por e-mail, não sei como vou responder um por um. Todos sabem que eu sou super fraca nessa parte de responder correspondência eletrônica. Mas fico sempre feliz em receber cartões e mensagens! Obrigada à todos, responderei em breve!
Véspera de festa é sempre uma confusão pra mim, pois não sei por onde começar as tarefas básicas. Tenho que dar uma geral na casa, mudar as coisinhas quebráveis e perigosas o meu quarto e banheiro, pois os gatos do Gabe vão ficar hospedados lá por esses dias. Já comprei comida especial pros meus gatos, que vão ser visitados e cuidados por uma amiga, nos dias em que estivermos viajando. E ainda tenho que arrumar as malas!
Vamos para o sul – San Luis OBispo, onde parece que o tempo está ótimo, menos frio que aqui. San Luis é uma cidade de praia, o que já me anima!

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Alice Doesn’t Live Here Anymore

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A pior parte do meu trabalhinho voluntário na International House é atender o telefone. Eu detesto falar com gente que eu não conheço, que deseja falar com o fulano ou beltrano ou que quer deixar recado ou fazer perguntas. Detesto!
Essa minha repulsa teria explicação numa saia justa traumática pela qual eu passei na minha primeira semana vivendo fora do Brasil. Teimosa como uma mula, mesmo já sabendo que iria viver quatro anos num país estrangeiro, boicoitei todas as minhas oportunidades de aprender a língua inglesa. Cheguei no Canadá com o parco inglês que aprendi à força no colegial e tive que me virar, já que a única pessoa que poderia me ajudar imergiu num programa de estudos pesadíssimo de doutorado.
Não tínhamos ainda nem móveis na nossa nova casa canadense quando numa bela tarde de final de verão o telefone tocou…. E eu atendi…. Até hoje não sei o que me motivou a fazer essa burrada. Eu não entendia nada que a pessoa do outro lado da linha falava e, ainda pior, não sabia nem articular uma resposta intelígivel, por causa do meu vocabulário ridículamente escasso. Depois de uns minutos de conversa totalmente nonsense, eu consegui entender que o cara queria falar com a pessoa que estava morando no nosso apartamento antes de nós. Eu não sabia o novo telefone dele, nem onde ele estava morando, se era em outra cidade, outra província ou outro país, mas tinha certeza – pelo menos essa certeza – de que ele NÃO morava mais ali! E como dizer isso pro telefonante?
Nada como ter boa memória cinematográfica! No meio da suadeira e nervosismo, o nome do adorável filme Alice Doesn’t Live Here Anymore do Martin Scorsese me veio à cabeça. Pelo menos eu sabia o que essa frase queria dizer, mais ou menos! E mandei bala:
– He Doesn’t Live Here Anymore! He Doesn’t Live Here Anymore!
Salvou a patria! Depois disso, fiquei muito tempo pulando de susto quando o telefone tocava e até hoje não curto conversar com gente que eu não conheço.

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dindões

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Eu e o Uriel batizamos nossa sobrinha Júlia no sábado, lá no Brasil. Nós não estávamos presentes físicamente, mas enviamos procurações e fomos representados pelo meu pai e minha mãe. Foi um batizado coletivo de cinco crianças, cinco primos, sendo a Júlia a mais velha. Fiquei triste por não poder estar presente, mas estou feliz que finalmente oficializamos uma dindice que já era nossa, só faltava a aprovação do Papa!

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A Netiqueta

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Pronto! Agora ninguém pode argumentar que não conhece, que nunca leu [e dar uma de joão-sem-braço], pois a Ines me enviou dois ótimos links da Netiqueta. Um está AQUI e o outro AQUI. Vamos divulgar os bons modos na Net..

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parece que só acontece comigo

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Fui à um encontro de tricoteiras num pub em Sacramento na quarta-feira à noite e sentei, tricotei e socializei com o grupo errado, até descobrir que o meu grupo estava na outra sala. Ops! Isso acontece.. não foi só comigo, além do mais eu não conhecia ninguém, era a minha primeira vez nesses encontros.
Resolvi comprar uma estante para a cozinha, pois não tenho mais lugar para os meus livros de receitas, que ficam empilhados de uma maneira não muito prática num móvel pequeno que já não serve mais pra essa função de biblioteca culinária. Combinei de me encontrar com a Cath em San Francisco e aproveitei a viagem para passar na Ikea, que fica no caminho. Lá no meio da loja, eu estava olhando umas coisinhas e deixei o meu carrinho, ainda vazio, parado num canto. Quando me virei para pegar o carrinho, vi um idiota levando ele embora à passos largos. O cara simplesmente ‘roubou’ o meu carrinho no meio da Ikea, que é uma loja imeeensaaa e pra pegar outro carrinho você tem que andar pacas. Ainda saí correndo atrás do fulano, mas ele se pirulitou tão rapidinho, que não consegui alcançá-lo. Fiquei puta lá no meio da loja, carregando um monte de coisa nos braços, com uma expressão incrédula na cara, pois nunca pensei que isso pudesse acontecer. Fui falar com um funcionário, pra perguntar se tinha jeito de pegar outro carrinho sem ter que voltar pro início da loja e ele me disso que isso [roubo de carrinho alheio] acontece sempre. Não foi só comigo.
Passei a tarde em San Francisco passeando com a Cath. Fomos à vários lugares, especialmente nos cenários de filmes. Chegamos alí na beirinha da baía, debaixo da Golden Gate onde Madeleine, a personagem de Kim Novak em Vertigo, se joga na água e é salva por James Stewart. Fomos até a Ocean Beach e Cliff House, voltamos para o centro e decidimos ir para North Beach visitar a City Lights, a adorável livraria dos beatniks onde eu ‘bato ponto’ toda vez que vou à cidade. Estávamos cruzando a Union Square cheia de luzes, gente e carros, enquanto eu dirigia, falava pelos cotovelos e pensava como iria chegar em North Beach dali. Passei um sinal vermelho em grande estilo, quase atropelando os pedestres, quase batendo o carro, ouvindo xingos do pessoal na rua e o ataque dos nervos do marido da Cath, que estava sentado quietinho no banco de tras do carro. Levei uns cinco minutos para me tocar da cagada e começar a tremer e me sentir a maior estúpida do universo. Parece que só acontece comigo, mas os semáforos em San Francisco ficam ofuscados pelas luzes e é fácil se distrair alí na Union Square, com tanta gente e movimento. Bafão total, me desculpei até não poder mais….
Voltei para Davis já bem tarde para não pegar trânsito pesado na I80. Tinha uma batida de uns cinco carros perto de Berkeley e eu fiquei um tempão dirigindo a 10 milhas por hora. Cheguei em casa cansadérrima, mas quis montar logo a estante com a ajuda das mãos hábeis do Ursão, para já poder reorganizar os livros hoje. Êpa, alguma coisa está errada….. Faltou comprar uns ferrinhos para cruzar atrás da estante e mantê-la fixa. Cacilda, que confa! Parece brincadeira, só acontece comigo, mas vou ter que voltar lá na Ikea hoje, só pra comprar os dois ferrinhos!!

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cine-papito

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Eu preciso escrever sobre cinema, pois tenho assistido coisas interessantíssimas. E afirmo que não é preciso viver nas salas de cinema ou nos eventos cinematográficos para poder escrever sobre o assunto. Minha diversão e cultura são providos por duas caixas que ficam ao lado da minha cama: a da tevê e a do cable!
Numa noite tive uma sessão corrida de filmes mudos: Buster Keaton, Harold Lloyd e Charles Chaplin. Keaton em The General de 1927, um filme de ação. Lloyd em The Freshman de 1925, uma comédia de costumes. E Chaplin em City Lights de 1931, uma comédia romântica. Três comediantes soberbos.
Agora tudo é Scorsese, por causa do novo filme do diretor The Aviator, que relata episódios da vida de outro diretor, Howard Hughes. O filme estréia nesta semana nos cinemas daqui e apesar de ter o Leonardo DiCaprio no papel de Hughes, parece ser um filmão. Pelo que vi em algumas cenas de divulgação, Cate Blanchett está simplesmente fantástica como a maravilhosa Katharine Hepburn, que eu revi dias atrás no clássico The Philadelphia Story.
Scorsese está então em todos os canais dando entrevista ou sendo o astro de documentários como Scorsese on Scorsese, produzido pelo canal Turner Classic Movies onde o diretor fala sobre a sua infância e família e alguns dos seus principais filmes. Fiquei surpresa quando vi que no seu primeiro filme, de 1967 chamado Who’s That Knocking at My Door? tinha o Harvey Keitel como protagonista. Keitel, De Niro e Joe Pesci são atores que batem ponto nos filmes de Scorsese.
Revi Raging Bull e concluí que não gosto das cenas ultra-violentas dos filmes do Martin Scorcese. Não sei se conseguiria rever Goodfellas e foi por isso que nunca quis ver Gangs of New York.
Descobri, nessas minhas maratonas de filmes antigos que o James Stewart me irrita. Só gosto dele nos Hitchcocks Vertigo e Rear Window. Revi Bell Book and Candle e me enervei com a chatice do Stewart, apesar de sempre gostar de ver a Kim Novak brilhando, tão linda!
Só agora que me toquei que estou escrevendo para o blog errado. Este post deveria estar no Cinefilia.

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o passado não condena