sobrevivemos..

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Os gatos se encontraram e tiveram que conviver por três horas confinados numa casinha sem muito espaço. Não rolou amizade, infelizmente. O gurizinho Tim ficou curioso e até enfrentou o visitante de frente. Mas o Senhor Misty foi terrivelmente ranzinza, rosnou, ficou irritado, se plantou na porta dos fundos da casa, pronto e decidido a voltar para a casa dele. Os gatos não conseguiram ficar no mesmo espaço por muito tempo. Primeiro colocamos o Tim no banheiro e não deu certo, porque ele se pôs a miar. Trocamos, colocando o Misty no banheiro e o Tim ficou cheirando a sala toda, em busca do invasor. O Misty levou um tempão pra enxergar o Tim. Acho que ele não tem uma visão muito boa, sei lá. Mas quando ele viu o gatinho, ficou bravíssimo! O Tim, por outro lado, viu o Misty loguinho e esticava o pescoço longo, acompanhando as investidas do estranho visitante pela sua casa. Teve uma hora que o Tim encarou o Misty, mas a barulheira de gato eriçado foi assustadora. Bom, depois de três horas de tensão pros gatos e tédio pra mim e pro Gabriel, voltamos para a nossa casa e a paz foi restaurada entre a vizinhança. Como o Misty usa a comida pra se equilibrar emocionalmente, devorou uma lata de fancy feast em cinco minutos assim que entramos em casa e só então pôde ir dormir sossegado. Eu fui limpar a zona que o cara do pest control deixou na cozinha. Tenho até medo de comemorar antes da hora, mas [cochichando] as formigas sumiram…!!!

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cria cuervos

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Achei no site Poemas em Movimento da Li, um resumo perfeito para o que eu queria escrever hoje e não encontrava palavras:


Plagiando Saura
Quando se cria corvos
Eles não só te bicam os olhos,
como ferem e dilaceram
a alma…

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out

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Fiquei sem conexão desde ontem à noite. Hoje o Gabriel achou o problema: um dos cabos do servidor estava comido…. A conexão wireless fica na casa do Gabriel, onde mora também um tal gatinho que tem o hábito de comer fios de telefone, de computador, etc…. Nós demos umas risadas, mas o caso requer seriedade…. [hahaha!]
Chamei o pest control novamente e desta vez fiz o plano mensal [que na realidade é bimensal, porque a prefeitura proíbe que se jogue veneno mensalmente nas casas]. A situação das formigas na minha cozinha está assustadora…. Não posso mais com isso! O único porém é que depois da dedetização, os moradores da casa terão que evacuar o local por três horas. Eu e o Senhor Misty vamos debandar para a casa do Gabriel. Vai ser o primeiro episódio de convivência entre os dois gatos.

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pedidos

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Não foi só aquele post sobre o RHCP que virou um carnaval. Tem outros, tanto aqui neste blog, como lá no Cinefilia. É uma coisa impressionante. Neste aqui tem chovido pedidos desesperados. Agora reparem que o post não tem absolutamente NADA a ver com o filme que os pedintes procuram! Eles nem se deram ao trabalho de ler o texto. Eu vejo esses posts como pequenos shrines virtuais, onde as pessoas desabafam, pedem milagres, deixam suas queixas e alegrias. Só faltam mesmo as velas….

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swapping

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Eu já tinha decidido que iria mudar meu escritório para a sala de televisão e montar a sala de televisão aqui, onde fica o meu escritório. E iria fazer isso na primavera. O problema é que este quarto onde fica o computador é o lugar mais quente da casa, com sol entrando pelas janelas de manhã até a tarde A salinha de televisão é menor, mais isolada e mais fresca. Além do que não tem a distração da janela dando pra rua e vai ser o melhor lugar pra estudar.
Resolvi adiantar a mudança porque o Ursão está reclamando que a tela da tevê é muito grande e outro dia estava vendo o jogo dos Kings sentado no corredor…..É um pouco demais, não?
Então hoje tirei tudo do meu desk, que tem que ser desmontado em três partes – o trambolho – pra poder passar na porta. Não sei quando terei ajuda pra fazer isso, mas por enquanto levei meu PC velho pro storage room e instalei o Mac numa mesa extra que eu tenho aqui. Só espero que essa situação provisória não dure mais que uma semana.
Mas é incrível a energia que se gera quando se começa a mudar coisas, não? Dá um ânimo danado saber que vamos ter outra posição de sentar, uma nova visão da janela, disposição diferente das pequenas coisas. Quem pra variar ficou todo nervético com o meu trancetê pra lá e pra cá, foi o gato. Mas esse não tem jeito mesmo…não gosta de mudanças!

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trash

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Tem coisa mais trash que passar a noite de sábado vendo o especial de natal da família Osborne, na MTV? E nos comerciais eu pulava pro VH1, pra ver as cem melhores bandas de hard rock do século!
Esse foi o fechamento do dia, que se iniciou com um telefonema surreal. Eu mandei um e-mail para uma pessoa que estava recrutando web workers para trabalhar em casa em regime de meio-peíodo. Perfeito pra mim! O cara me respondeu pronto e combinamos que ele iria me ligar no sábado de manhã. Primeiro o zé mané atrasou o telefonema por meia hora, depois iniciou um papo verborrágico e ficou falando tolices sobre o seu lado espanhol, tipo tentando puxar o meu saco. Mas será o Benedito? Quando eu disse que meu espanhol era fraco, que eu falava português e que era brasileira, o cara desbundou, ‘oh, uau, você é brasileira? então preciso te conhecer!’. Sem noção, falar isso num telefonema de trabalho! Eu respondi ‘você vai ficar muito decepcionado, pois não sou o tipo de brasileira que você está imaginando’ e ele então meteu definitivamente o pé na jaca retrucando ‘por que? por acaso você é gorda?’ AHHHH! Respondi que não era gorda, mas era alta [não sou o seu tipo, jerk!]. Foi pro ralo qualquer possibilidade de trabalhar com esse energumeno.
Os acontecimentos do dia foram rolando morro abaixo a partir daí….. e terminou com o Ozzy & Family me desejando um Merry Christmas. Que dia lixo!

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repeteco

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Mais de três anos escrevendo neste blog já está começando a dar sinais de gastura. Vejo pelos arquivos que já estou recontanto as mesmas histórias. A chuva, a sogra, o inverno em Alaskatoon. Preciso me policiar, porque senão vou ter que acrescentar uma linha extra ao nome deste blog – The Chatterbox Deja Vú….
Mas todo inverno chove. E todo inverno aqui em Davis eu lembro dos meus invernos Alaskatoonais. Eles foram impressionantes. Mas felizmente viraram história!
Ontem fui à festinha de Natal do departamento de Engenharia Agrícola. Todo ano eu passo o convite, sempre feito displicentemente pelo Ursão.
– Você não quer ir, quer?
Como eu já fui em uma dessas festas logo que cheguei aqui, sei porque ele convida desconvidando. É porque essas festas não têm nada a ver comigo. Mas ontem, sei lá por que cargas d’água resolvi ir.
É sempre a mesma coisa. Todo mundo come, bebe, socializa. Depois o chefe do departamento faz discurso, o Papai Noel distribui lembrancinhas, a secretária loira faz piadinhas e todo mundo vai embora. Ontem foi exatamente assim, com a novidade que o Santa tinha um Elf ajudando a dar os presentes e fazendo caretas engraçadinhas. Eu bebi três copos de vinho branco, comi duas fatias de panetone, socializei com um casal de iranianos, outro casal de italianos e com a esposa do chefe do departamento, que eu não conhecia. Outras pessoas vieram dizer oi, me conhecer, porque eu nunca estou presente nessas sociais. Minha desculpa é que eu não tenho roupas apropriadas. Me falta um colete bordado com ornamentos, brincos de árvore de natal e broches de renas combinando com a blusa vermelha e a calça preta. Desculpa ai, hein? Prometo melhorar.

santa & elf
[Santa & Elf no Natal papo-firme do BAE]

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o passado não condena