navegando….
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…. de vento em popa no Cinefilia.
Ficamos no tal waterworld das dez da manhã até às quatro da tarde. Eu precisei implorar para irmos embora, porque até a minha pele já estava doendo de tanto sol e água. Minha mãe deitou numa cadeira debaixo de uma árvore e também pediu arrego. O negócio já estava um ‘caldo’, porque depois das três da tarde o ingresso é metade do preço. E não parava de chegar gente. O termômetro no meu carro marcava 102ºF…. no wonder tinha tanta gente naquele parque. Mas as meninas adoraram. Pra elas, estando calor e tendo bastante água na parada, não precisa de mais nada. A vida lá na foggy London não vai ser tão divertida…..!!
As lavandas do ano passado [antes de virarem sachês] e a deste ano [que já estão secando no quintal..!].
Hoje vou colher lavanda. Ela cresce como mato nas hortas dos domes e não tem dono. No ano passado eu e a Clau colhemos muito! Fomos lá munidas de luvas e tesouras e mandamos bala. Eu deixei secar, debulhei e fiz saquinhos com paninhos coloridos. Enchi todos com os grãozinhos cor de violeta e eles viraram sachês perfumadíssimos que espalhei por todos os armários da casa. Esse ano teremos mais!
Minha mãe chegou ontem exclusivamente pra me ajudar na tarefa de cuidar da Juju e da Paula. Eu sou cheia de regras e comigo não tem nhénhénhén. Eu amo essas neguinhas, sou abraçadeira e beijoqueira, mas sou da mesma raça galega que elas, então não adianta querer vir com história, porque embromação não vai funcionar comigo.
Engraçado que a Paula começou a fazer birras logo depois que a avó chegou…… Elas sabem muito bem quem é fácil de manipular.
Tivemos um final de semana agitadérrimo. Sábado eu fiquei imersa na piscina por três horas com elas. Foi duro tirar a sereia Paula da água. Mas o calorão estava de lascar, então elas aproveitaram. Domingo tivemos churrasco aqui em casa no almoço e outro churrasco à noite no parque, onde elas se acabaram de tanto brincar com amigas novas! Hoje foram ao Arboretum com a avó e à tarde tem piscina de novo. Entre almoço, lanchinho, jantar, entretenimento, apartação de brigas e etc, o dia está todo tomado. E eu vou ter que me rebolar pra conseguir encaixar a minha rotina no meio disso tudo. É agitado, divertido, bagunçado, exaustivo, e só vai durar duas semanas… !!
Fazendo comprinhas para a Juju e a Paula, percebi o quanto eu estou purfa com relação ao que as crianças comem [e todo o resto]. Fiquei feito uma barata tonta nos corredores do supermercado. Felizmente eu lembrei de alguns itens que vi na casa delas. Comprei Hi-C, popsicle de frutas, leite integral, cereal colorido, chocolate pro leite, presunto, salsicha pra hot dog e macarroni cheese! Esqueci de comprar cookies, mas isso eu resolvo depois.
Engraçado é eu estar comprando todas essas coisas pra elas como se eu acreditasse que isso fosse uma boa dieta de criança. Quem me conhece sabe que eu sou uma natureba, que dou preferência aos integrais, orgânicos e que criei meu filho sem açúcar, na base do arroz integral. Ele nunca reclamou…. coitadinho! Hoje, me dobro aos yogurts com pózinhos coloridos e aos sorvetes super-coloridos, que ofereço alegremente às minhas sobrinhas. Bom, elas não são minhas filhas. Então eu sigo a rotina que elas têm na casa delas. Mas que é uma situção digna de nota para mim, isso é!
Mais uma história bizarra tirada do meu livro texto de Media Effects Research.
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Anos atrás uma campanha publicitária da Domino’s Pizza lançou um personagem de cartoon para ilustrar a competência do serviço de entregas da rede de fast food. O personagem foi chamado de Noid, provavelmente numa analogia com a palavra annoy. O propósito do cartoon Noid nos filmes era impedir de todas as maneiras possíveis que a pizza fosse entregue quentinha na casa dos fregueses. Como num cartoon clássico, a disputa era entre o personagem mau e o herói – neste caso a rede Domino’s Pizza, que vencia o Noid em todas as estâncias e conseguia entregar a pizza ainda fumegante em tempo.
Mas o pessoal da publicidade do Domino’s Pizza nunca poderia ter imaginado que num centro urbano qualquer do país, vivia uma figura meio problemática e paranóica chamada Mr. Noid. No dia que o comercial da Domino’s Pizza foi ao ar, Mr. Noid viu e ficou furioso! Ele não podia acreditar que uma das maiores redes nacionais de pizza estivesse fazendo a cabeça das pessoas contra ele . Mr. Noid não estava entendendo o que ele tinha feito de errado para merecer tal tratamento em rede nacional de televisão. Aquilo era um ataque pessoal e ele tinha que fazer algo drástico.
O resto da história já deu pra imaginar: Mr. Noid invadiu uma das lojas da Domino’s Pizza, fazendo alguns empregados e fregueses como refens e exigindo que as propagandas com o Noid fossem tiradas do ar a tempo de evitar que ele perdesse toda e qualquer chance de ter um relacionamento amigável com outro ser humano.
Parece que estou descrevendo cenas de um filme …. mas elas realmente aconteceram e fazem parte de um capítulo exdrúxulo da história da tevê americana.