many things

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Os eventos da semana foram brindados com Veuve Clicquot! Uma comemoração à altura. Um jantar num restaurante tailandês com nossos amigos e depois sobremesa e champagne aqui em casa. Nos eventos do green card eu comprei um champagne qualquer – nem lembro a marca. Mas dessa vez eu quis caprichar. Nós mereciamos o melhor!
A cidade está fervilhando com as graduações dos estudantes da UCDavis. Daqui uma semana vai ficar tudo vazio. Metade da população da cidade consiste de estudantes da universidade. O Gabriel estava feliz com a idéia de ter um pouco de sossego. Ele também terminou o quarter [e o ano! em setembro começa o terceiro ano! uau!].
Nós ainda não sabemos o que vamos fazer com relação à casa. Acho que vamos começar a ‘shop around’. O duro é que o mercado de casas em Davis está fechado por DEZ ANOS! É um absurdo o que o city council faz, não permitindo que a cidade cresça. A UCDavis já decidiu – contra as imposições do city council – que vai construir um complexo residencial para estudantes, staff e faculty, num dos grandes campos que pertence à instituição. O problema é que esse campo era usado pra pesquisa e agora vai ser usado para construir residências, o que não é problema da universidade e sim da cidade.
Os preços das casas aqui em Davis já estão competindo com os da Bay Area… Desse jeito vamos ter que ir morar em Woodland, Winters ou Dixon…
São tantas coisas pra se pensar. Quero fazer tanta coisa! E vou estar completamente ocupada durante o verão, substituindo para uma das head teachers. Tudo está caminhando macio. Até vou realizar uma vontade que eu sempre tive. O Ursão já esteve em Chicago umas três vezes e eu nunca pude ir com ele. Desta vez a minha passagem já está reservada! Eu vou pra Windy City!! Larilarala!!

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goin’ to chicago!

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Oh baby don’t you want to go
Oh baby don’t you want to go
Back to the land of California
to my sweet home Chicago.

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thank G is F!

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A correspondência está atrasada novamente. A casa está uma bagunça. Tem uma pilha de quase um metro de roupa suja. Eu nem consigo escrever aqui direito [e tenho tantas histórias pra contar e comentar]. But I can’t help it! Talvez eu consiga colocar tudo em ordem no finde.

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the new wave

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Está ‘chovendo’ boas novas por aqui. Eita lasca! E hoje teve mais uma! Tudo obra do Ursão – claro – mas que que nós também ajudamos a construir!

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very good news!

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Novidades maravilhosas aqui na Toca dos Ursos!
Mudanças grandes e boas chegando, resultado de anos de dedicação e trabalho.
It feels WONDERFUL! Estamos muiiiitooooooooo felizes!!!!
Fine job, professsor Rosa!!

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Eclipse

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Estamos tendo um eclipe solar neste momento. Eu ja olhei pro sol duas vezes e fiquei com a vista cheia de bolinhas. Depois olhei com óculos escuros e deu pra ver a lua passando na frente do sol. Fica uma luz estranha, prateada, é muito bonito!! E é o primeiro eclipse que eu vejo!

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pizza & movie & jazz

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Sábado é tradicionalmente dia de pizza, desde que eu me conheço por gente. Depois que saí do Brasil ficou difícil comprar pizza boa, então normalmente eu faço a minha em casa. Na máquina de fazer pão, faço a massa [que fica perfeita!]. O molho é só tomate e alho refogado no azeite [mais sal, pimenta do reino e orégano]. Muito queijo e os toppings, que podem ser tomates em fatias, azeitonas pretas e folhas de manjericão, ou aliche e azeitonas, ou pepperoni, ou qualquer outra idéia, como a de ontem – palmito, tomates e azeitonas.
E a pizza tem que ser degustada com cerveja super gelada [Tequiza, minha favorita] e vendo filmes!
Ontem, peguei parte de Deconstructing Harry e depois Wild Man Blues, o documentário feito durante uma turnê do Woody Allen com sua banda de Jazz pela Europa. Eu já tinha visto esse filme antes, mas não lembrava dos detalhes. É irritante ver a ex-filha e atual namorada [esposa?] do Allen, a feiosinha Soon-Yi Previn que é uma metida pentelha. Legal ver os quartos dos hotéis onde eles ficavam [com banheiro só pro Allen, que deve ser um chato cheio de manias] e a maneira com que o povo italiano o recebe, nas diversas cidades em que eles tocam. É uma coisa de super star e o Allen parece não entender por quê ele é tão cultuado na Europa e por quê os filmes que não fazem sucesso aqui nos EUA, fazem sucesso lá. A música que eles tocam não é grande coisa. Às vezes dava a impressão de que estávamos ouvindo uma dessas bandas que tocam no Jazz Festival daqui de Sacramento. Mas pros europeus, Jazz de New Orleans deve ser o máximo, mesmo tocado pelo Allen, que numa cena bota todos os bofes pra fora e não consegue manter o som do clarinete, que vai ficando cada vez mais baixo e abafado. A platéia ri, afinal ele é Woody Allen e pode até dar esse tipo de vexame.
Mas a melhor cena do filme é a final, quando o Allen, a irmã e a namorada feiosa vão à casa dos pais dele, levar os mementos da viagem, que o pai coleciona. A mãe do diretor – que é a cara dele – faz um monte de comentários sobre a infância dele e diz que não gosta que ele está namorando uma oriental e que preferia que ele estivesse com uma ‘nice jewish girl’. A cara de pateta que a Soon-Yi faz já vale o filme!!

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crônica de um sábado qualquer

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Não parava de chover e ele disse “vamos até Sac, assim a gente areja e sai dessa toca um pouco.”. Ela respondeu “tá bom, eu queria mesmo passar no shopping.” Ele sentou pra ver tv e ela tomou banho e se arrumou. Ela perguntou “você vai assim?” e ele disse sorrindo “claro que não! vou me trocar” e subiu pra trocar a camisa de listras azul clara pela camisa de listras azul escura. Ela de saia de florzinha e ele de camiseta de listinhas. Ela pensou “como ele é relaxado com a aparência” e ele pensou “como ela tá chata hoje!”. Foram pra Sac debaixo de chuva. Ela queria comprar uns trecos e ele queria tomar café. Ela entrou na loja e ele ficou andando atrás dela. Ela disse “você tá me irritando, parece minha sombra, dá pra me deixar olhar o que eu preciso comprar em paz?” e ele disse “vou sentar pra te esperar lá fora, naquele banco de ferro.”. Ela suspirou aliviada.
Não sabiam muito bem para onde iriam. Ele sugeriu “vamos pra Old Sac?” e ela respondeu “o que vamos fazer em Old Sac debaixo de chuva?”. Resolveram dirigir sem rumo e parar em algum lugar interessante que avistassem. Uma mulher andava pela rua na pontinha dos pés, mãos na cintura, nariz empinado e gesticulando. Ele e ela olharam a cena, ela pensou “mais uma louca” e ele disse “olha, mais uma louca!”. Resolveram parar num Café e ele disse “não gostei da cara desse lugar.” E ela disse “ah, você não vai começar com essa história, né? vamos ficar aqui mesmo, Café é Café, tudo igual.”. Mas ela sabe que ele gosta de ir no Starbucks – “ele é tão convencional.”. Ele estacionou em frente de uma jardineira e ela não conseguiu abrir a porta do carro. “Isso é um sinal!”, ela pensou e então resolveram seguir em frente, procurando por um Starbucks. Logo em frente tinha um. “Que praga esse franchising!”, mas ele adora. Entraram e ele foi pedir seu mochaccino e ela foi olhar as prateleiras. Derrubou uns pirulitos de oferta dos restos da Páscoa. Um quebrou. Ela resolveu não mexer em mais nada e sentou pra ler o jornal. Foi procurar o que fazer no Guia de Sac. Ao lado, em pé junto às cafeteiras, uma mulher de casaco longo cor-de-rosa sujo e rasgado, com muitos anéis, óculos escuros, sombrinha e botinas de Mary Poppins tomava seu café numa xícara verde de cerâmica e ria muito, falava alto e gesticulava sozinha. Ele sentou com seu mochaccino e ela disse “outra louca” E ele respondeu “como tá cheio deles aqui em Sac, hein?”.
No Guia viram o anúncio de um filme. Ele foi perguntar onde era o cinema para um casal, que perguntou de volta “onde você comprou suas botas?”. Ele riu e ela respondeu “elas são do Brasil” e eles disseram “adoramos música brasileira!”. Ela pensou “provavelmente vão falar de Bossa Nova”. Ele disse “all righty!” e foram embora. Dirigiram pro cinema e ainda era cedo. Atravessaram a rua debaixo de uma tempestade e entraram numa loja de discos. Ele disse “você sabia que essa é uma das Towers mais velhas dos EUA?” e ela pensou “como ele sabe disso?”. Olharam os cds e ele deu muitos palpites. Ela e ele deram muitas risadas. Ela viu uns postais do Bob Dylan e disse “dá licença, mas esses postais eu tenho que comprar!” e ele respondeu ironicamente “mas pra quê que você quer postais do Bob Dylan? pra mandar pra você mesma?”. Mas ela nem deu bola e também viu um postal da Janis Joplin e pensou “esse eu vou mandar pra uma amiga querida!” e já foi entrando na fila do caixa.
O caixa, um rapaz gordinho com chapéu de veludo verde, disse “oi, tudo bem com você hoje?” e ela respondeu “sim, tudo okay e você?” e o rapaz gordinho de chapéu de veludo verde disse “estou me divertindo! mas tudo poderia ficar melhor se você me desse um sorriso!”. Ela riu alto mostrando os dentes, pagou os postais e foi encontrar-se com ele. Correram na chuva juntos e foram pro cinema. Ela foi ao banheiro e ele também. Ela saiu do banheiro e ele não. Ela andou pra lá e pra cá por um tempão. Foi até a sala do cinema antigo e não viu ele em lugar nenhum. Foi e voltou várias vezes e acabou prostrada em frente da porta do banheiro. Ela estava quase pedindo para um dos mocinhos da pipoca ir checar se tinha alguém passando mal no banheiro, quando ele saiu dizendo “acho que comi algo que não me caiu bem, pois tô com dor de barriga” e ela disse “ah, mas o que você anda comendo na rua, que eu não estou com piripi??”. Sentaram-se na sala do cinema e viram o filme.
A chuva ficava cada vez mais pesada e ele e ela resolveram voltar pra casa. Ela de saia de florzinha, feliz com as comprinhas no shopping, o postal do Dylan e da Janis e o filme, que a deixou pensativa. Ele de camiseta de listinhas, feliz por ter conseguido melhorar o mau humor dela, ainda encasquetado com o que ela iria fazer com o postal do Dylan e achando que o filme foi “muito interessante”. Seguiram rumo à I80 e pegaram a estrada em direção de casa, ele com a mão na perna dela, ela olhando pra ele enquanto ouviam Fleetwood Mac no rádio do carro.

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descabelamentos

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A Cristine avisou que hoje iria ventar. Eu acordei de manhã cedinho com o barulho. São ventos de 30 mph! Uma coisa…
Por causa do meu schedule durante a semana, no sábado e domingo não consigo mais dormir até tarde. Oito horas e eu já enrolei o quanto pude embaixo dos lençois e preciso sartar fora da cama. Estou ficando uma ‘velhinha’, com horarios matinais! Quem diria, hein??!!
A ventania lá fora e o Senhor Misty fazendo yoga aqui do meu lado…
Eu estava podre de cansada ontem e então fomos jantar no Silver Dragon. Quando vamos comer fora fica sempre aquele jogo de peteca: onde você quer ir? escolhe você…. não, escolhe você…. Ugh, dá um nervoso. Então ontem já dirigi direto até o chinês – que eu adoro – e pronto!
O Ursão estava querendo falar só de um assunto, que sinceramente estava me dando crises de ansiedade. Então começei a contar umas histórias da escola, de como as crianças falam ‘sunscream’ invés de ‘sunscreen’ e da história que a Vanessa estava contando sobre as tranças que a mãe dela fazia nela quando criança. A Vanessa é negra [african-american – sempre esqueço!] e estávamos falando sobre os problemas dos cabelos das crianças negras [as meninas, que vêm com os cabelos todos cheios de trancinhas]. Porque é difícil de fazer todas aquelas tranças. E é difícil de lavar. Então eu perguntei pra Vanessa como se segura uma criança pequena por horas numa cadeira, até trançar todo o cabelo. Ela disse que no caso dela, era a mãe que fazia as tranças e não tinha muita paciência. Ela tinha uma técnica infalível de manter a filha quieta: se ela começasse a se mexer e/ou reclamar a mãe ameaçava de parar as tranças naquele momento e ela teria que ir pra escola com uma parte do cabelo trançado e a outra parte toda arregaçada!!! A Vanessa é muito engraçada e eu dou gargalhadas fenômenais conversando com ela! Estava contando essa história pro Ursão no restaurante chinês e quando a garçonete chegou com a conta eu estava chorando de tanto rir, limpando as lágrimas no guardanapo! Até esqueci dos outros assuntos…. ha ha!

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surpresa

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Uma coisa boa é receber um telefonema do seu irmão que diz estar entrando na I80, saindo de San Francisco e que estará na sua casa em menos de quarenta minutos.
Fiz um salmão, um arroz, legumes e salada. Ele chegou ainda estava um solão e um calorão. Jantamos, papeamos, bebemos vinho branco gelado e teve até sobremesa [cheescake new york style com amoras].
Ele dormiu aqui no loft e tomamos café juntos. Antes de ir trabalhar – carregando a minha ‘lancheira de primeiro mundo’ [um saco de supermercado!haha!] – fui acompanha-lo até o carro e dizer tchau .
Meu irmão é super cool. Nem tomou o café da manhã ainda e já está recebendo telefonemas de New York e Chicago no celular! E está sempre perfumado, com ternos e gravatas charmosas. Quem o conhece sabe do que eu estou falando…….!
Eu adoro essas surpresas!!

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o passado não condena