longo e cheio

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Clouds and sun – hi15° C/ lo5° C
Vamos ver se eu lembro de ver Saturday Night Live hoje, que o host vai ser o Hugh Jackman e a atração musical será o Mick Jagger. Vou ter que deixar uma nota aqui, pra não esquecer!
Eu arrumei um ‘shortcut’ pra assistir a TV Cultura pela Internet. Ontem estava vendo alguns programas e nos comerciais – choque! – a Roseanna Sarney e o MALUF fazendo propaganda política. SenhorJesus, o Maluf??? Tenha dó, hein????
Mas vi umas coisas interessantes. Um balé com a Ana Botafogo, a peça de teatro baseada no livro O Evangelho Segundo Jesus Cristo, do José Saramago, uma entrevista com um pessoal sobre Aids [e o repórter era um que trabalhava no Canal Rural, quando eu trabalhei lá. Não consegui lembrar o nome do cara….]. Mas eu não consigo ficar ‘assistindo’ tv na internet, sentada aqui olhando pra telinha. Eu fico na maioria do tempo só ouvindo e fazendo outras coisas, e às vezes dando uma olhada nas imagens.
Ontem eu resolvi ir até downtown à pé, pra sair da toca e exercitar [respirar ar puro!]. Eu vou reto pela Russell Boulevard, que é uma avenida longuíssima, que se transforma na 5th Street chegando em downtown. Bom, todo o percurso da Russell é cheio de oliveiras. Ontem eu fiquei pensando no desperdício de tanta azeitona nas árvores e no chão. Cada azeitonão roxo de dar gosto! Eu ia pisando nelas e elas explodiam um caroção – ploft! Se eu soubesse como processar azeitonas, eu ia catar um balde cheio, porque elas parecem deliciosas. Só não dá pra usa-las assim… uma pena!
Em downtown, entrei numa loja de revistas que eu sempre vou e não conseguia sair mais de lá…. fiquei zanzando dentro da loja que nem barata tonta, porque eles estavam tocando o álbum Blood on the Tracks, do Dylan – um dos meus favoritos!!! Que sacanagem…. Invés de tocarem música de elevador, eles tocam Dylan e você fica preso dentro da loja…. Eu, felizmente, consegui sair na quinta música – sem precisar comprar nada!!! Uf! 🙂
Fui na GAP comprar um presentinho pros meus amigos que tiveram um nenê e depois passei na Borders [mais pra dar uma mijadinha, que eu andei à beça!! He he!]. Fico sempre impressionada com o desespero consumista da época de Natal. Me dá até um sentimento de tristeza. Aquele montão de gente comprando, comprando….. Eu não sei quando eu vou começar a ver essa história de presentes. O espírito natalino ainda não baixou em mim…. [sempre que falo isso penso no espírito da pomba gira baixando…. !!].
No banheiro, reparei numa coisa que eu tinha visto mais não tinha colocado a devida atenção. Eu sempre uso o banheiro dos deficientes físicos, porque tem mais espaço. Eu detesto banheiro apertadinho…. Tem uns que me dão claustrofobia. Bom, nesses banheiros para deficientes sempre tem um trocador de bebê, que você desconecta da parede e abre. No banheiro que eu usei ontem, o trocador estava aberto [alguma mãe atrapalhada]. E daí reparei que além do trocador, tem também uma cadeirinha com cinto de segurança e tudo, que você abre e coloca a criança lá, pra poder fazer seus xixizinho ou cocozinho sossegada, sem ter que passar a vergonha de ter o neguinho correndo pelo banheiro ou se metendo em confusão! Ótima idéia, não? Quem já não passou pela infeliz experiência de estar usando um banheiro público e levar um susto com uma criança espiando você por debaixo da porta??? Eu já!!! E não gostei nem um pouco….!! 😉

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presentes

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Decreasing clouds – hi15° C/ lo3° C
Tô com vontade de esganar um tal gato mião………
Recebi meu primeiro cartão de Natal – do meu irmão Paulo! Não foram somente as cartas que sumiram da minha caixa de correio. Os cartões de Natal também ficaram raros. Pacotes com revistas ou fitas de vídeo então….. nem sei mais o que é isso!! Anos atrás eu ouvi uma brasileira imigrante no Canadá dizer que com o passar do tempo a família vai esquecendo de você, não escreve mais, não manda mais nada pelo correio. Na época eu ouvi aquilo com horror e concluí que deveria ser só a família DELA, que a minha nunca iria me esquecer!! Hoje eu penso que a palavra ‘esquecer’, usada por ela, foi muito drástica. Acredito que o que acontece realmente é que todos se acostumam com a distância, com você viver em outro país. Você é que está fora da rotina de todo mundo! Já amadureci o suficiente na minha vida de expatriada para entender isso.
Não vou conseguir comentar um post que eu li na Meg , porque nem tenho retórica pra tanto. Só posso dizer que o maior presente foi ouvir as palavras da Clarice Lispector, lidas para mim em voz suave numa ligação telefônica. E quando eu, já com olhos cheios de lágrimas, murmurei ‘que lindo!!’, a voz dessa querida amiga me disse ‘é pra você!’. Nem sei se eu consegui agradecer direito……….
Hoje vou precisar de um ‘drink’…………… hihihi!

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playing the piano

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Fui até um posto do INS em Sacramento, tirar minhas fingerprints para o green card [a.k.a. play the piano!!]. Eu tenho umas pré-concepções que beiram à ingenuidade. Eu juro que estava achando que eles iriam passar o rolinho de tinta nos meus dedos e carimba-los numa fichinha. Estava enganada, obviamente! Foi tudo super rápido. Eu mostrei meu passaporte e a carta da imigração, preenchi uma ficha e entrei num lugar cheio de máquinas high-tech. A pessoa que me atendeu passou um creme cheiroso nas minhas mãos e mandou eu esfregar bem. Daí colocou meus dedos numa das máquinas – os quatro dedos de uma mão e o dedão, depois da outra mão. E a máquina scaneava e imprimia as digitais numa telona… Eu vi cada micro risquinho nos meus dedos!! Depois passei os dez dedos, um por um, dos lados e de frente e a máquina scaneava e no final acendia um sinal verde que dizia: passed. Fiquei pensando o que aconteceria se eu tivesse a ficha suja com o FBI. Iria acender uma luz vermelha piscante, tocar uma sirene e um sinal iria dizer busted?? Há Há! Bom, to livre de mais essa, hein……………………uf! 😉

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Dez!

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A few showers – 13° C/5° C
No dia dois de novembro de 2000, estávamos em Carson City, Nevada, onde o Ursão foi fazer uma entrevista para um emprego – que graçasadeus não deu certo. Enquanto ele era entrevistado, eu fui até Reno e entrei numa Barnes & Noble qualquer, onde comprei um pequeno journal – desses fechado por um elástico, pra se manter dentro da bolsa. Eu estava no auge do entusiasmo pelo meu blog e no fundo do poço do tédio com o resto da Internet. Achei que um journal no papel iria ajudar a colher material para o blog e redirecionar meus escritos pra outros lados. Escrevi no journalzinho até o dia dezenove de janeiro de 2001. Depois disso fiz umas esparsas anotações dentro de salas de cinema [no escuro], sobre trailers de filmes e nada mais…..
Ontem peguei o caderninho e fui ler. No dia treze de novembro de 2000 eu escrevi que estava arrumando o blog do Moa e que estava curtindo fazer meu weblog. Disse também que o meu blog estava recebendo DEZ visitas por dia. Eu estava toda contentona!! Dez era um número altíssimo pra mim na época, porque não tinha todo esse mundaréu de blogs que existe hoje e porque eu ainda não tinha sacado que as pessoas poderiam se interessar em me ler. Hoje, eu continuo boquiaberta com o número de pessoas que vêem ler este blog! E não são mais DEZ……… 🙂
Eu tenho uma pessoa-talismã. Ela é o Binho . Eu estava num conversêzinho com ele no icq em julho deste ano, quando recebi uma notícia boa – daquelas BEM boa, MUITO boa, de você sair pulando pela casa, saca? Desde então toda vez que eu converso com o Binho eu fico com a impressão que alguma coisa muito legal vai acontecer!!! Não é ótimo ser amiga de uma pessoa assim, pra deixar tudo com um clima muito melhor, mesmo que nada de diferente realmente aconteça? 🙂

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the webcat

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F: Eu fiz um site para o gato……
U: É mesmo? Deixa eu ver?
F: Você acha isso brega?
U: Não. Acho bonitinho……
F: Não parece coisa de desocupada?
U: Não, está uma graça e com conteúdo.
F: Abri uma conta de e-mail pra ele também!!
U: Ha Ha! E já tem correspondência?
F: Sim! Tem!
U: De quem???
F: De um periquito e de um cachorro!
U & F: Ha Ha Ha Ha Ha Ha!

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Flannery O’Connor

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Depois de ler o conto A Good Man is Hard to Find, da escritora norte-americana Flannery O’Connor, eu perdi o sono. Levei um susto lendo as últimas páginas e quando fechei o livro, um sorriso de satisfação ficou congelado na minha cara. Um sorriso irônico e mórbido. Deitei, apaguei a luz do abajur e fiquei repassando as cenas da estória na minha mente. Cada cena que eu remontava mentalmente, me deixava mais excitada e eu cheguei à conclusão que iria acabar passando a noite em claro. Tudo culpa dessa mulher, que escreve afiado como o diabo! Critica mordaz de uma sociedade hipócrita, perspicaz, crua e simplesmente perfeita!
Flannery O’Connor nasceu no sul dos Estados Unidos – Savannah, Georgia – nos anos 20, numa família católica. Morreu cedo, aos 39 anos. Com essa biografia dá até pra se ficar com a pulga atrás da orelha, imaginando que ela escrevesse coisas como Gone with The Wind ou similares. Mas seu estilo é totalmente diferente, onde a religião, os costumes e preconceitos do sul dos EUA são atacados e analisados, de maneira surpreendente.
Trechos de A Good Man is Hard to Find pra ilustrar este comentário. Melhor mesmo é ler o conto inteiro – e comprar o livro, que contém mais nove pequenas estórias. Fiquei fã!

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click

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Ventania descabelante – hi 12° C/ lo 6° C
Hoje vamos ver o Gabriel fazer mais um exame no Tae Ken Dô [nunca sei como se escreve o nome desse esporte!!]…….
Minha coleção de postais diminuiu – que bom! Quem pediu, ganhou! 😉
Não tem coisas que você compra por impulso e no desenrolar dos eventos concluí que ter feito essa compra foi uma das coisas mais sensatas que você fez? Isso aconteceu comigo quando eu comprei a minha câmera digital. Eu comprei essa digital em março e desde então tenho me divertido muito com ela. E ela nem é uma das melhores, mas foi o que pude comprar – e ainda bem que comprei!!! Ontem, estava no ICQ com uma amiga que ama o outono e então peguei a câmera, tirei umas fotos da minha janela e depois de cinco minutos ela, lá no interior de São Paulo, em Araras, estava vendo as fotos e comentando comigo! Não é uma coisa fantástica?

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postais

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A lot of rain & wind……..
Hi 12° C/ Lo 7° C
Ontem fiquei umas três horas procurando uma foto, nos meus novecentos e vinte e dois files de imagens, e NÃO achei…… Que caos!!
Eu tenho mania de postais. Visito um lugar e não compro nada, mas compro uns postais. Vou numa loja qualquer e tenho que pegar aqueles postais de propaganda, mesmo que não vá envia-los pra ninguém. É uma compulsão! Então tenho uma coleção de postais… uns tão velhos, que já tinha até me esquecido deles. Outros eu mandei pra amigos…. Alguns são uma jecura total, mas eu não tenho preconceitos…. Postal é postal! E eu adoro todos!
Pois então aí vai um desfile da minha coleção californiana!!! Se eu tiver o seu endereço, é capaz de você, mais cedo ou mais tarde, receber um deles!!! 🙂

a bela golden gate
ola! Estou em SF!
Doubledeck em Davis
Gold Rush Sac
somewhere over the rainbow
Hi!!
Ola! Estou na California!
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pensar

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Deliriums Tremens
Você acha bom poder ser apenas um ‘ninguém’, pois assim fica fácil ser quem você quiser ser. Você acha ruim tornar-se um ‘ninguém’, pois assim fica complicado ser quem você pensa que é.
Uma das rádios que eu escuto – The Eagle – está tocando George Harrison e The Beatles direto. Eu sei que é uma homenagem, mas as rádios podiam tocar George Harrison todo dia, não só no dia em que ele morre…… 🙁
Li a opinião do caiocesar sobre o Buy Nothing Day e tive que mandar minha opinião pra ele. Resolvi coloca-la aqui também. Bom, eu acho válido que as pessoas que morem nos EUA e Canadá abracem essa causa, porque aqui e lá o consumismo é mesmo ferrado…. Nada comparado ao quanto os brasileiros compram, believe me! E aqui nos EUA há uma tradição institucionalizada, que transformou o dia seguinte do Thanksgiving no dia inicial das compras de Natal. Taí o porque do Buy Nothing Day deste ano ter caído no 23 de novembro [o Thanksgiving foi no 22]. Então há uma razão pra essa campanha aqui. Agora no Brasil….. Estou sendo ranzinza? É que a imitação desses modismos norte-americanos sem uma verdadeira conexão com fatos reais me parece descabida. No Brasil o frenesi do Natal envolve o décimo terceiro salário. Aqui não existe tal coisa e mesmo assim se consome enlouquecidamente, como em lugar nenhum do mundo. No Natal e durante todo o ano…… Comprar é esporte nacional. Por isso A revista Adbusters instituiu o Buy Nothing Day [que já existe há muitos anos], pra tentar fazer as pessoas pensarem um pouco e ir contra a tradição do consumismo……. Vamos pensar?

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quase…

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Toda vagabundice será finita……………….. tá quase, tá quase!

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o passado não condena