movies galore

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Ontem, depois do jantar e enquanto tricotava:
– Breakfast at Tiffany’s
– Dial M for Murder
– Vertigo
– The Birds
O filme dirigido pelo Blake Edwards, com a Audrey Hepburn, me fez chorar, chorar. Quando vi que ele foi feito em 1961, fiquei impressionada com o fato de que eu e o filme temos a mesma idade! Quando Hepburn tomava café e comia uma pastry vestida de preto em frente da Tiffany & Co, eu nascia!
Adoro Vertigo, que é o meu segundo Hitchcock favorito [o primeiro é Rear Window], por causa da beleza e carisma da Kim Novak e por causa de San Francisco, que é praticamente o cenário do filme. Alguns lugares eu reconheço – não está igualzinho a hoje, mas dá pra reconhecer. Imagina uma San Francisco sem aquele monte de carros e com lugares de sobra pra estacionar? Só mesmo num filme e de 1958!
The Birds é interessante pra mim, pois além da história, revejo as paisagens de Bodega Bay – que está bem diferente hoje. Sem falar que algumas cenas de Bodega Bay foram mesmo feitas em Bodega, que é outra cidade ao lado e afastada da costa. Eu não canso de rever esses filmes do Hitchcock!

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um minutinho

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Quando não escrevo sobre um assunto na hora, vai ficando difícil escrever sobre ele depois que tudo já passou. Então não sei se vale a pena dizer que corri pra cima e pra baixo a sexta-feira inteira, que cheguei em casa podre e que o Uriel foi comprar uma sopa pro jantar. Vi An American in Paris em dvd, tricotei avidamente, dormi como uma pedra. Eu fico irritada quando vamos receber visitas e eu fico correndo pra lá e pra cá, enquanto outros cuidam da vida. No sábado preparei tudo – nos micro-detalhes – para um almoço no quintal. Fiz salmão na churrasqueira, aspargos no vapor, purê de batatas, saladas. Almoçamos com a Reidun, Marianne e Gabe. Mais tarde tivemos mais visitas. Fomos às compras nas antique shops de Woodland. Tomamos margaritas e mordiscamos nachos com salsa. Dançamos, aplaudimos e nos emocionamos num concerto de Gospel onde o David tocou guitarra. Jantamos pizza de-lite às 10 da noite. Dormimos como uma pedra. Eu só faço breakfast quando temos visitas. Normalmente cada um faz seu café solúvel, eu não tenho apetite pela manhã e o Uriel gosta de fazer quase um brunch e ler o jornal. Domingo fiz o café da manhã tradicional, com ovos mexidos, queijos, presunto, suco, café pilão, pães, geléia, manteiga… Caminhamos pelo Whole Earth Festival olhando os artesanatos. Esse é o final de semana onde quem não tem o hipongo life style, tem a chance de se vestir como tal. E quem tem, provar que o sonho não acabou. Pra mim essa festa anda perdendo a graça, a não ser pela música, que às vezes é boa. Almoçamos em família num restaurante. Tomamos chá de hortelã em casa, filmamos a Marianne dizendo ‘oi’ em Português, conversamos um pouco mais e falamos ‘tchau’. O Uriel arrumou as malas e eu o levei no fleet service. Caminhei com a Marília. Tricotei. Esqueci de jantar. Vi aquele filme onde o Harrison Ford se esconde na comunidade Amish. Achei o menino a cara do Pedro. O Uriel ligou da estrada. Dormi como uma pedra. Ainda não desfiz a mesa do almoço de sábado no quintal, nem ajeitei a cozinha com a louça suja do breakfast de domingo. E hoje vai ser um dia daqueles. Se der, volto amanhã!

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fim do finde

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Gato na janela
Gabe & Mari jogando D&D
Uriel dirigindo pra Los Angeles
Eu cansada, cansada, muito cansada…….

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é legal blogar da cozinha

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Ele me chama cutucando meu braço com a cabeça. Mas o potinho está cheio de comida, não sei o que ele quer. Quando ele veio pra minha casa, a ex-dona me avisou que ele gostava que ficassemos fazendo companhia ao lado dele, enquanto ele comia. Ele é um gato que não gosta de fazer refeições sozinho! E à noite ele enche tanto, tanto…… Chega ao cúmulo de sentar-se à mesa com a gente, numa cadeira extra, como se fosse uma pessoa.
Fui depositar um cheque no banco. Faço todas essas coisas à pé, porque moro em downtown. Fui com meus tamanquinhos Dr.Scholls – tléctléctléc. Alguém uma vez me disse que esses tamanquinhos eram ridículos, QUEM que iria querer comprar um. Eu respondi que EU tinha um. E adorava! Foram moda quando eu era adolescente. Hoje, felizmente, usa quem quer. E eu uso, todo verão.
Como já estava na B com a Second, resolvi dar um pulinho [looogooo aaaliii…] na I com a Third, na minha thrift store favorita. Tinha uns dólares separados pra gastar lá e ajudar os bichinhos do SPCA, mas NÃO consegui comprar nada. Não é que não pude, mas não quis, pois não achei nada legal.
No final gastei os dólares num newsstand, com drops de mel, chicletes de citrus e morango, balinha de melancia e outras bobageiras…
Na bancada da cozinha sempre tem uma pilha de revistas de receitas, revistas comuns, livros, cds e papeladas diversas. Hoje dei uma limpada em uma das pilhas. Achei jornais de três semanas atrás que separei pra ler e nunca li. Vai pro lixo ou não vai? Sinto uma pena terrível de jogar fora coisas não lidas. Mas se não for assim, minha vida vai se tornar uma enorme pilha de papéis e eu nunca vou conseguir dar conta de tudo.
Além do mais, agora estou entusiasmada fazendo tricô com agulhas gigantes e uma linha super funky! Não posso perder tempo lendo jornal velho.
O gato procura sempre os spots com sol. Esta casa deve ser um parque de diversões pra ele, com tanto espaço, lugarzinhos aconchegantes ou simplesmente interessantes. Mas como ele sempre está onde eu estou, agora ele toma sol na cadeira em frente da janela da cozinha, ao lado da mesa, onde eu estou escrevendo…..
Mas agora chega!

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$$$ não nasce em árvore

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Que raiva quando eu jogo dinheiro fora!
Terça-feira retrasada não fui ao espanhol porque fomos jantar fora e comemorar o niver do Gabe. Terça-feira passada eu simplesmente esqueci que tinha aula. Daqui a duas semanas vou ficar vinte dias fora e vou perder mais três aulas. Quando eu voltar, as aulas já terão se encerrado. Paguei um quarter e só aproveitei metade.
Também paguei por três stroke clinics na natação para os próximos três sábados. Neste sábado não vou poder ir, pois vamos receber a visita da Reidun para o finde. E no último sábado nem vou estar mais aqui – e onde estava com a cachola quando marquei essa clínica? Então paguei três e vou levar apenas um.
Vou ter algumas festas pra ir nas próximas semanas. Numa delas não conheço muita gente e não quero causar má impressão [e envergonhar meus acompanhantes!]. Então corri comprar umas roupetas. Dentro da loja eu quero comprar tudo e acabo sempre levando a coisa errada. Comprei duas túnicas de linho – uma beige e outra branca – que não combinam com nada e nem são apropriadas pro tipo de festa que eu vou. Voltei da loja já pensando em devolver as blusas. Mostrei pro Uriel e até ele torceu o nariz…. Que santo é esse que baixa em mim quando eu estou fazendo compras e tira todo o meu bom senso e a minha capacidade de raciocínio?
Outro dia fui fazer uns muffins pra usar umas bananas que já estavam quase apodrecendo. No fim teria sido melhor ter jogado as bananas fora e economizado em ingredientes, gas, trabalho e paciência. Mudei um pouco a receita, porque tinha mais bananas do que a receita pedia. Gastei um monte de outros ingredientes e os muffins ficaram uma porcaria…. E ainda tive que ralar pra lavar aquelas formas de assar muffins, super chatas de limpar! Quem mandou!
Deu pra perceber, que em matéria de economia doméstica, eu cabulei todas as aulas e passei colando, né?

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e-peste

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Pela quantidade de lixo que entra na minha mailbox diariamente, consigo ver os trends dos vírus acontecendo mundo afora….. Aqui eles chegam sem vida, só a carcaça, mas dá pena ver tanta gente com a máquina infestada…..
Nos meus tempos de windows, eu me orgulho de duas coisas: nunca tive um anti-vírus instalado e nunca peguei um! E felizmente o Gabriel fez o favor de me tirar dali antes que o caldo engrossasse. Hoje, pega-se vírus até navegando por sites. O que mais me assusta são esses programas de troca de arquivos, tipo kazaa, que todo mundo usa e nem se toca….
Já somos sufocados por e-mail não solicitados [a.k.a. spam], já temos que codificar nossos endereços, filtrar tudo, atualizar anti-vírus todo dia [windows users, of course!] e ainda tem gente que abre espontaneamente o seu computador pra gente estranha acessar, só pra poder pegar música [de péssima qualidade] e filmes [idem]. Eu ainda prefiro ouvir rádio e ver tevê……..

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docent lunch

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Falei sobre os potlucks ontem porque fui a um [mais um!]. Acho que essa é uma maneira ótima de confraternizar, especialmente porque não há muitos gastos. O potluck de ontem estava ótimo e eu comi muito!
E foi meu primeiro almoço oficial como docente da International House de Davis. No ano passado me inscrevi para ser voluntária lá, mas percebi que no meu caso era melhor um outro caminho: ser docente. Isso significa que vou ter um trabalho fixo lá na casa, trabalhar todo mês, quantas vezes estiver disponível. No mês passado resolvi ir de bicona no almoço que os docentes promovem toda primeira terça-feira do mês. Cheguei lá com a minha cara-de-pau sorridente e segurando um saquinho de supermercado contendo suco e sushi. Fui recebida com tanta alegria e simpatia! A maioria dos docentes são senhoras, esposas de professores da UCDavis. Todas umas gracinhas, umas queridas!
Fui treinada para me tornar uma docente na semana passada. E ontem fui introduzida ao grupo, juntamente com mais outras duas novas docentes; a Nancy e a Lyn. Na próxima terça-feira terei minha primeira tarde de trabalho na I-House, atendendo telefone, recepcionando as pessoas, ajudando o diretor em mil e uma tarefas. Sem esse trabalho dos docentes a casa não poderia oferecer tudo o que ela oferece. E tem MUITA coisa! Eu recebi uma pasta, que vou ter que dar uma estudada, porque a I-House mantém muitos programas a atividades.
Ontem no almoço dos docentes, vi que fiz a escolha certa decidindo participar desse grupo. Me senti muito bem-vinda. Conversei com muita gente, sobre muita coisa. Muitas das docentes têm experiencias de vida fascinantes, já viajaram o mundo todo. Ouvi muitas histórias e até conversei sobre política com duas senhoras que estão dedicadas na campanha para defenestrar no Bush nas próximas eleições. Gente finíssima! E agora também sou parte dessa turma!

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potluck

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Eu gosto dessa palavra – potluck – cada um leva um prato e todos dividem. Ás vezes a divisão não traz muita sorte pra uns ou outros, pois nunca se sabe que tipo de comida vai aparecer na mesa. Ainda mais quando o potluck envolve uma turma internacional. Eu já fui num potluck onde não consegui comer quase nada, pois tudo era estranho demais pra mim. Era uma confraternização entre os estudantes chineses do meu professor de inglês canadense. Eu sempre metida em tudo, me danei. Não lembro o que levei, mas tenho certeza que não fez o menor sucesso. Nosso gosto ocidental nem sempre agrada aos orientais. Mas eu lembro vivamente de um peixe com molho de feijão preto que me assustou pacas. E os ovos de pato esverdeados. Eu não como ovo nem normal, quem dera um que ficou ‘estragando’ envolto em ervas e folhas. Bom, eu também já tive minha comida rejeitada em potlucks, como nos banquetes internacionais da U of S, no Canadá, quando eu preparava a minha maravilhosa feijoada brasileira e muita gente torcia o nariz e dizia ‘no thanks!’ quando eu oferecia sorridente os ‘brazilian black beans’. Uma vez eu levei refresco de guaraná num potluck, desses de pacotinho da TANG, que misturei com água gasosa e acrescentei gelo e rodelas de limão. Quando eu falei que era guaraná, alguém me perguntou se a bebida era apropriada pra crianças. Nem todo mundo tem a obrigação de saber desses detalhes culturais, né? Mas essas situações são ótimas pra gente contar no blog e dar bastante risada. Pode ser que a minha cara de nojo e susto olhando pro peixe no molho de feijão tenha virado uma história divertidíssima, contada em cantonês, entre gargalhadas de desprezo pelas babaconas ocidentais.

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trilha sonora

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Tem dias que eu acordo e só quero ficar ouvindo o silêncio. Noutros eu estou com apetite pra Blues, outros pra Jazz. Faz tempo que não ouço MPB ou Rock ‘n ‘Roll. Eu vivo em ciclos maníacos. Agora é Jazz de Etta Jones e Lionel Hampton na boombox da cozinha, enquanto faço os afazeres chatos de limpeza e preparo a comida. No carro, nem poderia confessar, mas vou: ouço Hip-hop bem alto. No computador, somente Jazz no ITunes. Sou eclética, mas fico presa em fases, ouvindo a mesma coisa, o mesmo cd por meses e meses.

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o passado não condena